A nossa volta, vemos milhares de jovens. Alguns, por seu modo de ser no mundo são identificados como jovens mesmo, na sua condição de juventude, e outros, já inseridos em grupos com presença de adultos, nem sempre são vistos como jovens, mesmo que a idade, as características e as buscas específicas possam nos levar a situá-los como tais. O papel da igreja, nos seus mais diversos serviços é possibilitar processos que ajudem o sujeito jovem a crescer na fé e na vida, independentemente de tê-lo identificado jovem num grupo ou isoladamente.
Pensar em juventude hoje é olhar para os territórios que dão sentido e direção a grupos específicos de jovens. Por território, entendemos os espaços que privilegiam o encontro grupal: pastoral da juventude, time de futebol, movimento cultural, grupo de teatro, grupo de crisma, amigos do colégio, jovens rurais e enfim, espaços tais que marcam a vida do sujeito e lhe orientam a direção a seguir.
É grande o número de jovens, hoje, e também são imensas as propostas territoriais que os acolhem. Algumas, dando direção de vida e outras, aproveitando os momentos em que eles se encontram sozinhos, sem amigos, sem grupo, sem proteção para lançá-los em situações trágicas e perigosas que, em curtíssimo espaço de tempo, provocarão morte, violência, ódio, ganância. O que nos move não é saber a existência dos territórios ruins ou a luta contra eles, mesmo que eles nos indignem cotidianamente. Chamamos a atenção para a valorização dos territórios que podemos oferecer para acolher os jovens e lhes dar garantia de vida digna, despertar e realizar seus sonhos.
Já é longa a trajetória da igreja com jovens. Desde a década de 1980, tem se destacado, especialmente pela proposta clara de formação integral, um território eclesial chamado Pastoral da Juventude (PJ). Ele é o espaço de vivência grupal para o crescimento na fé conforme as orientações da igreja no seu conjunto. Forma jovens para liderar a própria igreja e também para cumprir com a missão cristã na sociedade, tendo como horizonte missionário uma sociedade justa, fraterna e solidária concretizada na proposta da nova civilização do amor. Dentre tantas belezas da PASTORAL DA JUVENTUDE faz-se necessário olhar para o grupo de base. Ele é o território seguro que fortalece os/as jovens em suas comunidades. Nele a amizade acontece, a solidariedade floresce, a missão torna-se cotidiano.
Pe. Gisley Azevedo Gomes - Assessor nacional do Setor Juventude da CNBB
Pe. Gisley Azevedo Gomes - Assessor nacional do Setor Juventude da CNBB
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