Gravidez de menina de 9 anos causa polêmica em Pernambuco
A Igreja Católica tentou impedir o aborto da menina, que estava grávida de gêmeos. Ela foi estuprada pelo padrasto no interior do estado. Nesta tarde a gravidez foi interrompida pelos médicos.
Uma história muito comovente e polêmica também. A Igreja queria impedir a cirurgia, mas os médicos e vários grupos de proteção à criança defendiam que o processo de aborto fosse feito rapidamente para salvar a vida da menina, que corria risco e iniciar um tratamento psicológico.
O caso foi descoberto na semana passada. A menina, que mora com a mãe em Alagoinhas, interior de Pernambuco, se queixava de dores e estava com ânsia de vômito. Os médicos fizeram uma ultrassonografia e constataram a gravidez.
Chocados, eles ligaram para a polícia e acionaram o serviço de proteção à criança. O padrasto dela confessou o crime e está preso.
A mãe diz que não sabia do assédio e nem que a outra filha de 14 anos também era abusada pelo marido.
A menina foi transferida para um hospital aqui no Recife e hoje pela manhã tomou um medicamento para estimular a expulsão dos fetos. No início da tarde, a menina está na sala de cirurgia, onde está sendo feita uma curetagem, que é um procedimento para retirar o resto da placenta.
De acordo com a Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público, neste caso o aborto não é ilegal, já que foi fruto de um estupro, e que a menina estava com quatro meses, dentro do prazo permitido pela lei, que é de cinco meses para interrupção da gravidez.
O arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho disse por telefone que considera o aborto um crime e defendeu a excomunhão.
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