Há nove anos, no dia 22 de setembro, o mundo, especialmente a Europa, celebra o dia mundial na Cidade Sem Meu Carro, uma concepção diferente de mobilidade urbana que propõe às pessoas se libertarem do automóvel por um dia. Seria pedir demais que os cidadãos, do dia para a noite, deixassem seus carros em casa, principalmente no Brasil, onde ele tem valor social, e passassem a andar de ônibus, de bicicleta ou a pé para que o País alcançasse a tão sonhada mobilidade sustentável. Mas o momento merece, ao menos, uma reflexão. As estatísticas mostram que no Brasil ainda cabem muitos carros. Para cada oito habitantes, apenas um tem carro. A frota brasileira de automóveis hoje é de 23 milhões de unidades, contra 191 milhões de pessoas. Estamos, por exemplo, bem distantes dos EUA, onde a equação é bem diferente: um carro para cada habitante. O problema, entretanto, é o uso. “Estamos alimentando um tubarão branco e as ruas estão vivendo um processo de atravancamento. A questão é o uso exacerbado e inadequado do automóvel. Exacerbado porque as pessoas querem ir de carro até a porta da loja onde vão comprar, não admitindo parar a cem metros de distância. E inadequado porque ele deveria transportar cinco pessoas, mas leva apenas uma. É essa utilização que deve ser revista”, defende César Cavalcanti, vice-presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com vasta experiência no setor de transporte e trânsito.
Fonte: Jc online
Um comentário:
Luiz
Uma oportunidade para irmos ao açaí caminhando hoje ;) que tal?
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