sexta-feira, 30 de maio de 2008

NOVIDADES DO LUZ DO MUNDO NA INTERNET

Caros leitores:

Há pelo menos oito anos alimentamos a esperança, o propósito de entramos neste mundo da internet. Pensamos o quanto este instrumento pode ser valioso no objetivo de evangelizar pessoas, compartilhar experiências e fazer amigos por "este mundão de meu Deus."

Graças ao talento e a obstinação de alguns componentes do grupo, não vou citá-los para não dar azo a vaidade, o nosso blog foi o primeiro passo e continua sendo a materialização deste nosso sonho de estar na internet.

No próximo domingo, após a missa, a equipe de internet se reuniará com o objetivo de aperfeiçoar o nosso blog e , quem sabe, o nosso site.

Leitores, aguardem novidades !!!!!!

Movidos pela esperança e determinação nesta nossa nova empreitada, ouçamos a música "Pela Internet", deste gênio da música popular brasileira Gilberto Gil :


Pela Internet

Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje

Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu velho orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé

Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer

Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut

De Connecticut acessar
O chefe da Macmilícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão

Eu quero entrar na rede pra contactar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar




O BOM DA INTERNET !

Como usar a internet para o bem?

Mais que usar a web como uma mídia para divulgar programas de responsabilidade social, que tal transformar a web em um ambiente para realizar ações positivas?

Por Cezar Calligaris


A internet tem aparecido nos últimos meses em mais páginas policiais do que deveria. Só para citar alguns exemplos, são roubos de senhas de bancos, pornografia, pirataria, contrabando, spam, notícias falsas, pedofilia, racismo e apologia a todo tipo de crime no Orkut.

O que acontece, porém, é que poucos crimes atuais são exclusivos da internet. Eles já aconteciam no mundo real e apenas encontraram na internet um ambiente propício à sua realização. Existem, é claro, aqueles crimes exclusivos online, como propagação de vírus, divulgação de informações sigilosas ou perigosas e os suicídios coletivos.

Como notícia ruim chama a atenção, é essa a imagem que as pessoas estão associando à área online: uma terra de ninguém, onde se faz o que se quer. Com certeza existem muitos pontos a melhorar para tornar a internet um lugar mais seguro, mas enquanto a solução para os problemas online não aparece, o jeito é aprender a conviver com eles. E, sendo realista, os problemas nunca serão totalmente eliminados, afinal, são praticamente os mesmos crimes que não conseguem ser combatidos no mundo real.

A internet, ainda bem, também tem muitos usos positivos. Só para citar alguns exemplos, temos compartilhamento de vagas de trabalho, capacitação à distância, desburocratização, eliminação de papel, fortalecimento de relacionamentos, transparência na administração, conteúdo colaborativo e divulgação de informações de interesse público. Os processadores do Playstation 3 serão usados em rede para colaborar na pesquisa de curas para o câncer e Alzheimer (curiosamente, esse mesmo processamento poderia ser usado para o mal na descoberta de senhas complexas).

Infelizmente a lista de usos negativos é muito maior que a de usos positivos. Mas isso também é uma oportunidade: ainda existe um campo aberto para a criação de usos dos meios digitais para o bem. Mais que usar a web como uma mídia para divulgar programas de responsabilidade social, que tal transformar a web em um ambiente para realizar ações positivas?

Poucas empresas fizeram isso até hoje e existe, no meio de tanta coisa ruim, muito espaço para se diferenciar. Assim como no mundo offline as ações sociais têm se tornado um diferencial, no mundo online existe um espaço imenso para realizar desde doações até programas de inclusão digital.

Você pode começar fazendo um exercício nesse fim de ano: que tal, ao invés de forçar um viral a se espalhar, fazer com que ele se espalhe naturalmente por meio de uma boa ação?

Padre é condenado a 24 anos de prisão por exploração sexual no MA

SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha


O padre Félix Barbosa Carreiro foi condenado a 24 anos de prisão em regime fechado pelo crime de exploração sexual contra seis adolescentes no Maranhão. Cabe recurso.

O padre foi preso em novembro de 2005 ao ser flagrado em um quarto de motel em São Luís, acompanhado de dois adolescentes e dois jovens.

Durante o inquérito, a Polícia Civil localizou outras supostas vítimas do padre. Segundo a denúncia do Ministério Público, o padre conhecia os adolescentes na internet e os convidava para programas em motéis em troca de dinheiro, roupas ou entradas de shows. Segundo a acusação, o padre promovia orgias em grupos com adolescentes.

Logo após a prisão em flagrante, a Arquidiocese de São Luís suspendeu o padre por tempo indeterminado.

O juiz Itaércio Paulino da Silva, da 11ª Vara Criminal da capital, considerou na sentença que a conduta do padre era "extremamente reprovável". "A função que exercia [sacerdócio] exigia que se pautasse de maneira totalmente diversa, com retidão de caráter e comportamento, consoante os padrões morais socialmente aceitos e esperados para uma pessoa em sua posição."

O juiz determinou, contudo, que o mandado de prisão contra o padre seja expedido após o trânsito em julgado da decisão (quando não cabem mais recursos). O padre, que chegou a ficar preso durante quatro meses, pode recorrer da sentença em liberdade.

A reportagem não conseguiu falar nesta quinta-feira com o padre ou com o advogado dele. Durante o inquérito, Carreiro negou ter mantido relações sexuais com adolescentes. Afirmou que ia ao motel apenas para conversar com os garotos. Disse ainda que os adolescentes eram garotos de programa que faziam plantão perto da igreja e da casa paroquial em que morava, e que eles o constrangiam a levá-los ao motel.

No dia em que foi flagrado no motel, o padre chegou a afirmar à polícia que saía com os adolescentes. Na época, Carreiro vinha sendo monitorado pela Polícia Civil em razão de denúncia sobre aliciamento de adolescentes.

O DESABAFO DO ATOR WAGNER MOURA

CHEGA, BASTA, FORA!

Vale a pena ler o artigo que o ator Wagner Moura escreveu ontem em “O Globo”.

Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior.

Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo.

Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo “que coisa horrível” (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles.

Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.

O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice

O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador?

Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando.

O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.

Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência

Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio.

Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso?

Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente?

Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV.

Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.

No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a “cagada” que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?