quarta-feira, 16 de março de 2011

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011



‘A multiplicação de carros no Brasil é uma bomba relógio ambiental de grandes proporções’


Por IHU - Unisinos - Instituto Humanitas Unisinos



"Não existe mais hora do rush e isso significa perda de mobilidade”, constata Trigueiro, ao avaliar o trânsito caótico das cidades. Segundo ele, a engenharia de tráfico do país tem que mudar e, "em bom português”, diz que isso "significa que os investimentos públicos em transporte de massa eficiente, barato e rápido devem ser superiores, devem suplantar os investimentos públicos que abrem caminho para o transporte individual”. De acordo com o jornalista, a maioria dos impostos pagos pelos brasileiros ainda beneficia o transporte individual. "Isso é um desajuste, um desacerto e é injusto, porque a maioria dos brasileiros não tem carro”, reitera.

Em entrevista à IHU On-Line, por telefone, Trigueiro defende a ideia de investir em transportes públicos que atendam centenas de pessoas, como o metrô, que, apesar de caro, é o meio mais indicado para solucionar problemas de tráfego e mobilidade urbana. "Chegamos a um ponto em que não é opção ter metrô; ele é fundamental, porque é o meio de transporte que irá reduzir, no longo prazo, a bomba relógio do crescimento desordenado das cidades e das suas frotas automobilísticas”.

André Trigueiro é jornalista, pós-graduado em Gestão Ambiental pela COOPE/UFRJ e professor do curso de Jornalismo Ambiental da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Na Globo News, apresenta o programa "Cidades e soluções”, tratando da questão do meio ambiente. É autor de Mundo sustentável (São Paulo: Globo, 2005).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Qual sua reação diante da notícia de que um motorista atropelou diversos ciclistas que participavam de manifestação em prol da consciência ambiental?

André Trigueiro – É evidente que houve um crime, houve dolo e é evidente, de acordo com as imagens, que houve a intenção deliberada de atropelar. Nesse sentido, não há defesa, não há justificativa.
Por outro lado, o caso mostra que uma manifestação do gênero, evidentemente, haverá de requerer, em qualquer lugar, autorização prévia ao município para que os ciclistas sejam escoltados. Quer dizer, é muito arriscado realizar uma manifestação de bicicleta ou a pé, em uma avenida, contando com a boa vontade das pessoas. É importante que as manifestações sejam planejadas, que se avise a polícia e a guarda municipal. Cada cidade tem o seu protocolo e não é preciso arriscar a vida dos ciclistas.
Gostaria de fazer uma ressalva sobre o radicalismo, pois ele nunca é um aliado. Os movimentos extremistas, apaixonados, independente da causa, não agregam; pelo contrário, eles segregam. Não podem ser entendidos como uma ferramenta inteligente e, assim, não ganham musculatura e densidade.

Em sendo verdade a hipótese de que um motorista estressado, querendo atravessar a via, justificou a agressividade de alguns manifestantes, isso também merece atenção. A causa dos ciclistas é justa e nobre, é importante abrir espaços na cidade para a bicicleta, entendendo o veículo como meio de transporte consagrado em vários países do mundo, reduzindo as emissões de gases estufa, o ruído, aumentando o nível de conforto, de qualidade de vida das pessoas. Agora, perder a cabeça por uma razão qualquer, ficar impaciente e partir para a agressão não condiz com a nobreza da causa.
Há tantas outras maneiras de lidar com motorista impaciente, com pessoas que não atribuem importância ou consideram até uma ideia descabida uma manifestação do gênero. Não podemos impor aos outros a nossa visão de mundo, não podemos replicar uma visão monolítica do mundo e medi-lo conforme a nossa régua. O grande barato de viver em um país democrático como o Brasil é a possibilidade de organizar uma manifestação com ciclistas na rua, sem agravar o estresse que já existe e que confronta motoristas e ciclistas. Sou a favor da paz e penso que o movimento ambientalista não combina com guerra. Ele é muito criativo quando quer chamar atenção da opinião pública, da mídia, defendendo causas nobres e não consigo imaginar que a nossa estratégia seja outra, senão a de usar a criatividade, o bom senso, sem violência.

HISTÓRIA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE (Clique abaixo)





"A Campanha da Fraternidade é uma forma concreta de interagir FÉ e VIDA, com ousadia profética e ardor missionário"







HUMOR ! (No tempo em que Daniel era solteiro...)

ABAIXO A DANIEL




RECEBEMOS ALGUMAS RECLAMAÇÕES QUE NOSSO CARO AMIGO DANIEL NÃO VEM SENDO NADA DISCRETO EM SUAS APARIÇÕES REPENTINAS, COM ISSO VIEMOS A PÚBLICO COM IMAGENS DE SUAS APARIÇÕES PEDIR COM MUITO CARINHO: CAI FORA DANIEL! DEIXA O POVO FAZER SUAS FOTOS. TERÁ SIDO VOCÊ TAMBÉM UMA VÍTIMA? OU SERÁ A PRÓXIMA? CUIDADO AMIGOS!!! 
 
Natal, 30 de novembro de 2007