De perto de ninguém é normal, já dizia o poeta. Outro amigo nosso diz ou dizia: "Quer saber quem é alguém? Pergunta a mãe dele". No seio da família a gente realmente se revela e mostra toda a nossa absurdeza. Na tevê eu ouvia um escritor português que, desculpem, não lembro o nome, fazer uma ode ao "deserto" como forma de se desvencilhar do auto personagem que criamos e que, muitas vezes, nos martiriza, nos aprisiona.
Aquela imagem da beata, "religiosa", atuante nas coisas da igreja, mas uma verdadeira cobra de malícia, puritanismo e preconceito é o meu arquétipo. Como ser alguém verdadeiramente ético, moral e cristão neste mundo? Como não cometermos o pecado de sermos o que não professamos? Como não ser "beatos" em nosso meio?
Os questionamentos me remetem a dificuldade de nos aperfeiçoarmos constantemente como pessoas, como ser seres espiritualizados etc. Alguém sempre, quando quer me atingir, diz: "Mas você não é da Igreja?" "Ah! Na igreja acontece isso também?" É aquela história de pôr todo mundo no mesmo saco. Complexo de inferioridade. Costumo dizer que na Igreja estão os piores, mas que se sobresaiem pela busca do aperfeiçoamente, pela busca de se assemelharem a Deus.
Mas fazendo a mea culpa, será que buscamos realmente atingir aquela grau de espiritualidade? Um famoso teólogo dizia que basta de cristãos que vivem os sacramentos, mas estão longe de serem pessoas amáveis, pacíficas e justas.
O poder do exemplo como forma de educar e evangelizar. Propagar a Boa Nova é a ordem que temos que cumprí-la, que não se prende ao falar, posto que é chama, mas através de obras (mudança interior e mudança deste mundo injusto).
Na tevê um rapaz diz: "Compre os nossos "produtos" de evangelização !
-- Por favor, quero ser evangelizado. O vendedor me dirá: "Na segunda prateleira, pode pegar! " Pagarei o preço devido e sairei feliz da vida! Pelo menos eu.
Luiz Teixeira.