quinta-feira, 12 de março de 2009

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009


Nós que lemos e estudamos o TEXTO DA BASE da Campanha da Fraternidade sabemos que a Igreja denuncia o instituto da PRISÃO ESPECIAL como privilégio de poucos, gerador de injustiça. Em um Estado Democrático de Direito que tem como um dos princípios basilares a IGUALDADE, é inadmissível que nossa lei endosse tamanha injustiça, qual seja: PRISÃO "ESPECIAL" para quem tem curso superior. Portanto, quem tem curso superior e que se conluia com alguém de nível médio para ambos cometerem um crime e, eventualmente, são presos em flagrante tem o seguinte resultado: O letrado fica em prisão especial e o desletrado vai para a "vala comum".

A verdade é que de fato esta prisão especial no Brasil está longe de ser "especial", no entanto, o texto legal é imoral e injusto.
Parece que as coisas vão mudar um pouquinho...

CCJ do Senado aprova novas regras para prisão especial

O direito a prisão especial para quem tem curso superior completo, padres, pastores e bispos evanagélicos pode estar com os dias contados. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, na quarta-feira (11/3), Projeto de Lei Complementar que põe fim a este direito. O projeto, agora, segue para votação no Plenário do Senado. Se aprovado, volta para a Câmara dos Deputados por conta das alterações no projeto inicial. A CCJ aprovou um substitutivo mais rigoroso do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Clique aqui para ler o projeto

A proposta mantém a prisão especial para ministros de Estado, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores, membros das Forças Armadas, juízes, delegados, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública, membros dos tribunais de Contas e, também, de pessoas que já colaboraram com o Estado na função de jurado.

O projeto é resultado de uma proposta elaborada há nove anos, ainda no governo FHC, por uma comissão de juristas criada pelo Executivo. O objetivo é sistematizar e atualizar o tratamento da prisão, das medidas cautelares e da liberdade provisória, com ou sem fiança. “Principalmente com a finalidade de superar as distorções produzidas no Código de Processo Penal com as reformas que, rompendo com a estrutura originária, desfiguraram o sistema”, diz o projeto aprovado pela CCJ, que teve 10 emendas apresentadas, todas pelo senador Álvaro Dias, mas apenas uma acatada.

O texto prevê também aumento nos valores de fiança para quem cometer crimes financeiros: o juiz poderá fixar fiança máxima de R$ 93 milhões. O projeto estabelece também a necessidade de a prisão ser comunicada ao Ministério Público, além de aumentar de 70 para 80 anos a idade para que uma pessoa possa cumprir pena em prisão domiciliar.

O senador Demóstenes Torres falou à revista Consultor Jurídico que o projeto é muito mais que restrição à prisão especial. De acordo com ele, o PLC veio para corrigir imperfeições na lei. O senador explicou que a prisão especial para pessoas com curso superior e representantes religiosos só existe aqui no Brasil e está na hora de acabar com essas exceções.

Questionado sobre o motivo de manter a exceção apenas para ministros, policias, políticos, entre outros, Demóstenes explicou que é para preservar a integridade física dessas pessoas, evitando possíveis linchamentos. “Já pensou prender um policial militar junto de um preso que ele mesmo ajudou a colocar na cadeia”?, exemplificou o senador.

O advogado Eduardo Mahon classificou como infeliz a proposta do senador. Para ele, não parece crível que, diante de uma crise de credibilidade política, haja coragem para chegar a tanto. Mahon destacou que, no Brasil, não há prisão especial. “O que há são salas de repartições adaptadas, prisões provisórias onde se reúnem os maganos e o resto da massa carcerária que não consegue dormir num mesmo cubículo porque, todos juntos, tomam mais espaço do que a metragem quadrada das celas.”

O advogado acrescentou que a prisão provisória deveria ser, por si só, especial. Hoje, segundo ele, não há qualquer diferença entre a detenção provisória e os locais de execução de pena, afora um ou outro caso de penitenciária ‘tipo exportação’.

Para Mahon, o projeto despreza todas as profissões, como “médicos, engenheiros, sociólogos, contadores, jornalistas, em detrimento da classe mais desacreditada da nação: o político”.


"Homem é ser humano ou bicho?"


EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 12/03/2009


A parábola do rico e de LázaroLc 16,19-31


Jesus continuou: - Havia um homem rico que vestia roupas muito caras e todos os dias dava uma grande festa. Havia também um homem pobre, chamado Lázaro, que tinha o corpo coberto de feridas, e que costumavam largar perto da casa do rico. Lázaro ficava ali, procurando matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do homem rico. E até os cachorros vinham lamber as suas feridas. O pobre morreu e foi levado pelos anjos para junto de Abraão, na festa do céu. O rico também morreu e foi sepultado. Ele sofria muito no mundo dos mortos. Quando olhou, viu lá longe Abraão e Lázaro ao lado dele. Então gritou: "Pai Abraão, tenha pena de mim! Mande que Lázaro molhe o dedo na água e venha refrescar a minha língua porque estou sofrendo muito neste fogo!" - Mas Abraão respondeu: "Meu filho, lembre que você recebeu na sua vida todas as coisas boas, porém Lázaro só recebeu o que era mau. E agora ele está feliz aqui, enquanto você está sofrendo. Além disso, há um grande abismo entre nós, de modo que os que querem atravessar daqui até vocês não podem, como também os daí não podem passar para cá." - O rico disse: "Nesse caso, Pai Abraão, peço que mande Lázaro até a casa do meu pai porque eu tenho cinco irmãos. Deixe que ele vá e os avise para que assim não venham para este lugar de sofrimento." - Mas Abraão respondeu: "Os seus irmãos têm a Lei de Moisés e os livros dos Profetas para os avisar. Que eles os escutem!" - "Só isso não basta, Pai Abraão!", respondeu o rico. "Porém, se alguém ressuscitar e for falar com eles, aí eles se arrependerão dos seus pecados." - Mas Abraão respondeu: "Se eles não escutarem Moisés nem os profetas, não crerão, mesmo que alguém ressuscite."


LEITURA ORANTE



Preparo-me para a oração, rezando: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo. Trindade Santíssima - Pai, Filho, Espírito Santo, presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser, eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade) - O que a Palavra diz? Começo lendo atentamente o texto do dia: Lc 16,19-31. Nesta parábola que Jesus contou está um forte apelo à conversão. Enquanto vivemos é tempo de conversão, mudança de vida, solidariedade, tempo de viver as propostas do Reino que é amor, justiça, fraternidade. Depois da morte este tempo não existe mais.

2. Meditação (Caminho) - O que a Palavra diz para mim? Pergunto-me se não estou deixando o tempo passar, deixando a conversão para depois. O bem-aventurado Alberione recebeu de Deus e comunicou à Família Paulina, o apelo a viver em "contínua conversão".

3. Oração (Vida) - O que a Palavra me leva a dizer a Deus? Jesus me recomenda a dar aos outros o melhor,a partilhar, a viver a fraternidade. Começo meu gesto concreto, pedindo por todas as pessoas de meu relacionamento, a bênção de Deus: Bênção A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar, a bênção do Filho, nascido de Maria, a bênção do Espírito Santo de amor, que cuida com carinho, qual mãe cuida da gente, esteja sobre todos nós. Amém!

4. Contemplação(Vida/ Missão) - Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? Meu olhar de contemplação é um olhar de conversão que cancela tudo aquilo que em minha vida é omissão, evitar ver e me envolver com as pessoas que precisam de mim.