segunda-feira, 14 de junho de 2010

AMOR SEM LIMITES

O rosto misericordioso de Deus se manifesta nos gestos concretos de perdão. Este rosto é Jesus Cristo, que não veio para condenar, mas para dar a vida e vida com dignidade. Às vezes temos atitudes de condenação, de intolerância e de destruição de quem erra. O perdão de Deus acontece sempre, e até “setenta vezes sete”.
As relações humanas são imprevisíveis. Há aquelas que até mexem com a identidade das pessoas, desviam seu perfil normal de vida, ocasionando consequências desastrosas. Acontece que sempre existe possibilidade de reintegração e retorno ao bem. Mas é importante o reconhecimento de ter caído no fundo do poço.
O orgulho, a vaidade e a auto-suficiência enclausuram as pessoas, não permitindo seu reerguimento. O caminho é a humildade, é enfrentar os próprios condicionamentos e abrir o coração para um mundo pessoal diferente. A isto chamamos de abertura para a graça de Deus e de conversão pessoal.

EVANGELHO DO DIA

Ano C - Dia: 14/06/2010


Não se vinguem dos que fazem mal a vocês

                                                                      Mt 5,38-42

- Vocês ouviram o que foi dito: "Olho por olho, dente por dente." Mas eu lhes digo: não se vinguem dos que fazem mal a vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Se alguém processar você para tomar a sua túnica, deixe que leve também a capa. Se um dos soldados estrangeiros forçá-lo a carregar uma carga um quilômetro, carregue-a dois quilômetros. Se alguém lhe pedir alguma coisa, dê; e, se alguém lhe pedir emprestado, empreste. 

Comentario do evangelho
Não retribuir o mal recebido com outro mal
O princípio do "olho por olho e dente por dente" (lei do talião), com um caráter jurídico-social (Ex 21,23-24), abre as portas para a vingança pessoal. A prática da vingança gera uma espiral de violência. Não retribuir o mal recebido com outro mal é uma maneira de resistir ao círculo vicioso da violência. A questão se coloca também ao nível de relações internacionais. O terrorismo de estado com imenso poderio militar empreende violentas e cruéis guerras de ocupação,
visando a ganhos financeiros, que geram a reação terrorista dos pequenos, precariamente armados, com sacrifício de suas próprias vidas. Permanece acesa a chama da violência. O "não resistir" ao malvado não significa a submissão passiva ao mal que se propaga. Trata-se de não resistir violentamente. Entende-se que se sugere uma resistência não violenta ativa.