quarta-feira, 5 de novembro de 2008

VIVA A DEMOCRACIA !

EU TENHO UM SONHO
Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."


Leia um resumo da vida de Martin Luther King

LITURGIA


Uma das mais dúvidas mais comuns refere-se ao que rezar durante a apresentação da hóstia consagrada e do cálice após a narrativa da instituição eucarística.


Quero, em primeiro lugar, esclarecer que não sou dono da Liturgia, essa é um dom preciosismo do Espírito Santo à Igreja de Cristo.


Na oração eucarística toda intervenção espontânea, devocional é inoportuna e proibida. A Igreja é muito ciosa dela. Há algumas intervenções da assembléia que são previstas, em especial, uma das mais importantes é aquela logo após a narrativa da instituição. Nesse caso temos três intervenções com as fórmulas previstas.


Não convêm introduzir na Santa Missa, mormente na oração eucarística, elementos devocionais, mesmo os relacionados à eucaristia. Importa estarmos ouvindo atentamente, com o coração, o memorial, a recordação de todos os benefícios divinos a toda humanidade e a seu Povo Santo. É a história da Salvação, é o Testamento da Aliança que é narrado, e há de ser ouvido com todo cuidado, para que não se perca uma única palavra.


Este não é o momento de se rezar jaculatórias com a assembléia, introduzir devoções pessoais, é Cristo e sua esposa, a Igreja, seu Corpo, que se dirige ao Pai de infinita bondade. No instante da apresentação do Corpo do Senhor e do Cálice com o seu Preciosismo Sangue o que fazer?


Será importante participar, olhando, tudo o que se passa no altar. É o Mistério Pascal que estamos celebrando na força da fé, pela atuação do Espírito Santo sobre as oblatas, somos chamados a fazer a experiência fundante de nossa Vida Cristã: 1- Somos levados, misteriosamente, aos pés da Cruz de nosso Redentor para contemplar o Traspassado, que “elevado da terra”, nos atraiu a Si e, com o coração agradecido, reconhecemos o Infinito Amor do Pai que nos deu seu Filho Único; 2- Somos transportados até o sepulcro vazio e encontrando o Ressuscitado, temos a certeza de que o amor venceu a morte; 3- Celebramos o Mistério Pascal para, imbuídos de sua força, reproduzir em nossa vida, a vida do Senhor, viver na fraternidade, aprender que Missa é Missão e, Eucaristia, Fração do Pão, Comunhão.


Penso ser oportuno apresentar um pequeno texto de Jesús Castellano na sua obra Liturgia e Vida Espiritual: “Contemplar a Eucaristia não é fixar o olhar no pão e no cálice, mas também se deixar maravilhar pela fragilidade dos sinais e pela plenitude da realidade salvífica que contém, ouvindo, concentrados na Eucaristia, todas as palavras da revelação que dão sentido a esse mistério do pão partido e do vinho derramado no cálice, mistério pascal do corpo e sangue gloriosos do Senhor, no qual toda a história da salvação se concentra e se oferece, como toda se concentra e se oferece em Cristo crucificado e ressuscitado que nele próprio torna-se presente.


Mas, diante de tanta beleza celebrada, que fórmula vou rezar? – Na apresentação da Hóstia consagrada nenhuma. A profunda admiração deixa-nos boquiabertos e, o silêncio torna-se adoração. Após a consagração, sim, a Igreja convida a assembléia a se manifestar mediante uma aclamação do Mistério da Fé. Aqui convêm recordar o que foi escrito no Guia Litúrgico – Pastoral, editado pela CNBB: “Ao menos nos domingos e nos dias festivos, cante-se em tom de exaltação a aclamação memorial. Esta aclamação nunca pode ser substituída ou seguida por cantos e expressões devocionais (“Bendito, louvado seja”; “Deus está aqui”; “Eu te adoro, hóstia divina”; “Graças e louvores se dêem a todo momento” etc.).


Dom Paulo Francisco Machado