terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A Visão do AMOR!

Bom dia!

Devoção é um mistério do coração. Nenhum tipo de argumento poderá nos persuadir a ter devoção ao Senhor, pois ela é uma ligação entre o criador e a criatura que supera a compreensão racional. Talvez seja de nossa natureza sentir e expressar devoção. Na realidade, a devoção é composta de vários sentimentos, emoções e idéias, incluindo gratidão, reverência, adoração, amor, reconhecimento ao Senhor, e até temor ao pecado. Mas, no final, todas as definições parecem falhas. A verdade é que devoção só pode ser entendida quando é vivenciada.

Se aspiramos a realização em Deus, ampliamos nossa percepção de forma a abranger tudo o que temos dentro de nós mesmos. A dependência acaba quando compreendemos que não há nada que não seja parte de nós, e que somos o absoluto universal.

Para se ter devoção não é necessário seguir um credo ou religião em particular: basta que o devoto aja com amor para com todas as pessoas. Esse amor, não importa qual seja seu nome, chega até Deus. Se cumprirmos com nossa obrigação espiritual, a graça Divina naturalmente flui até nós. Quando a devoção se manifesta em ação e caráter virtuosos, podemos estar certos que ela é autêntica. É preciso que pratiquemos as mensagens de amor e paz, e que não nos limitemos a pregar a virtude.

A devoção cheia de fervor ao Senhor é o primeiro passo, mas de pouco alcance se não for temperado com disciplina e dever. Nosso amor pelo Senhor é importante, mas para Ele nos amar é ainda mais importante. Atraímos seu amor Divino quando praticamos nossas obrigações e observamos as normas de conduta correta.

Se restringimos nosso culto a uma ida semanal à igreja ou ao templo, o sucesso alcançado será limitado. A devoção é uma busca permanente, que exige dedicação para se atingir a meta de reconhecer a divindade em toda parte, o tempo todo. A autotransformação requer prática constante e deve ser firme perante qualquer obstáculo.

Para conhecer o amor universal, devemos trilhar o caminho do amor individual. Não há uma forma única de relação com o Senhor que sirva a todos os devotos, mas todos podem amar a Deus a sua própria maneira. Uma pessoa pode assumir o comportamento de uma criança com seus pais, outro pode ver Deus como um companheiro ou um amigo querido. Qualquer tipo de relação ou atitude positiva nos aproxima de Deus. Todas as formas de devoção são aceitas pelo Senhor, quando expressas com amor.

A devoção começa com amor desinteressado que, com o tempo, se transforma em amor universal. Quando nada mais esperamos em troca de nosso amor, podemos amar todos os seres como manifestações da onipresença divina, pois Deus habita todas as criaturas. Ao descobrirmos Deus em nós, descobrimos, também, que Ele está em todas as coisas e criaturas. Quando nosso coração se abre ao amor divino, nos tornamos amor e vemos o mundo através das “lentes” do amor. A devoção pode brotar quando se adora uma imagem num templo, mas ela desabrocha perante a visão do amor infinito. É essa visão que nos confere fé e força e que nos impulsiona até nossa meta.

É com lento e continuado esforço que se cultiva a devoção. Para ser o alicerce do caráter ela deve crescer forte e segura. De nada adianta se regredimos quando nosso empenho é posto à prova. O desenvolvimento deve ser acompanhado de discernimento que conhece sua própria força.
 
João Teixeira

Loucura Sagrada


"Sonhei que o Papa enlouquecia.
E ele mesmo ateava fogo ao Vaticano
e à Basílica de São Pedro.
Loucura sagrada!
Porque Deus atiçava o fogo que os
bombeiros, em vão, tentavam extinguir.
O Papa, louco, saia pelas ruas de Roma
dizendo adeus aos embaixadores
credenciados junto a ele,
jogando a Tiara ao tibre.
Espalhando pelos pobres, todos,
o dinheiro do banco do Vaticano.
Que vergonha para os cristãos!
Para que um Papa viva o Evangelho
temos que imaginá-lo em plena loucura"

Dom Helder Câmara