quarta-feira, 9 de março de 2011

Questão ecológica, questão moral


 Cartaz da Campanha da Fraternidade 2011
Tema: “Fraternidade e a Vida no Planeta” e lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22)


Sempre mais nos damos conta de quanto o nosso planeta é precioso e único no universo. Sem excluir que possa haver vida em algum outro lugar na imensidão do cosmo, o certo é que, com todo o seu potencial para esquadrinhar o espaço sideral, os estudiosos ainda não conseguiram detectar nada que se pareça com a vida no nosso Planeta Azul; nem mesmo com suas formas mais elementares.

A Terra é a casa da vida, o espaço privilegiado que abriga uma diversidade enorme de seres vivos. 

Ela é o condomínio da família humana, com suas raças, povos e culturas diferentes; lentamente, e com certa relutância, vamos aprendendo que ninguém é dono absoluto de pedaço algum desse globo e que todos fazem parte de uma imensa comunidade humana, que tem tanto em comum.

Todos são responsáveis por todos nesta comunidade e o bem de cada um só será completo, se também for o bem de todos os demais; da mesma forma, o mal de um, é o mal de todos. Comum deve ser também o zelo para que este condomínio não seja descuidado e tornado inabitável com o passar do tempo. Está em jogo o bem de todos.

Embora a questão ambiental entre, aos poucos, nas preocupações diárias, ainda estamos longe de ter alcançado uma consciência coletiva que seja capaz de frear os estragos causados pela intervenção humana na natureza; no âmbito dos comportamentos individuais, há muito que fazer para que o zelo pelo ambiente se torne habitual e cultural; no campo das decisões políticas, em todos os níveis, está difícil chegar a consensos que levem plenamente a sério a questão ambiental; de fato, procura-se salvar, geralmente, mais os interesses imediatos e particulares do que a sustentabilidade, a médio e longo prazo, desta casa comum que nos abriga.

Cardeal Odilo Pedro Scherer - Arcebispo de São Paulo
Artigo publicado em O ESTADO DE SÃO PAULO

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

Quarta-feira de Cinzas, início da Campanha da Fraternidade que neste ano reflete o tema : “Fraternidade e a Vida no Planeta” e lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). O BLOG GLM reproduz entrevista de Dom Dimas Barbosa, secretário-geral da CNBB, dada à radio CBN. Intervenção esclarecedora e bem didática do bispo que ajuda também aos nossos leitores a entender melhor este importante tema que trabalharemos em nossa Paróquia.

Dom Dimas Barbosa

HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

Natal sediará lançamento regional da Campanha da Fraternidade

A Arquidiocese de Natal viverá uma intensa programação, a partir de quinta-feira, à noite, até sábado, dia 12. Será o lançamento da Campanha da Fraternidade 2011, em nível de Regional Nordeste 2, da CNBB, formado pelas 21 Arquidioceses e Dioceses dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. A programação iniciará no dia 10, às 19 horas, no Hotel Imirá, na via costeira de Natal, com jantar oferecido para autoridades, imprensa e bispos do Regional.

Na sexta-feira, 11, das 8 às 17h30, também no Imirá, será realizado um Seminário, cujo tema é: “Quem desmata a terra, semeia inferno”, uma frase do Pe. Cícero Romão Batista. Os palestrantes serão Pe. Zezinho, cantor e compositor; Gabriel Chalita, deputado federal paulista e apresentador de programa na TV Canção Nova; Ivo Poletto, teólogo, sociólogo e assessor de Cáritas Brasileiras; e Francisco Alexandre, professor do Departamento de Física e coordenador da pós-graduação em mudanças climáticas, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. Só poderá participar do seminário quem fez, antecipadamente, a inscrição.

No dia 12, às 8h30, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, com a participação dos bispos das dioceses do Regional. Após a missa, os fiéis sairão em caminhada até à Pedra do Rosário.

Nas paróquias, a coordenação arquidiocesana sugere que o lançamento aconteça no domingo, dia 13.


FONTE: Arquidiocese de Natal/RN

Aconteceu neste carnaval...

Neste carnaval, o BLOG GLM flagrou a nossa Coordenadora Leandra Melo, o clero de nossa paróquia (Pe. Silvio e Diácono João Manoel) e alguns outros fiéis jantando em uma famosa pizaria de nossa comunidade ao som de marchinhas de carnaval. 

Num dado momento, ao se ouvir: "Meu amor, olha só hoje o sol não apareceu. É o fim da aventura humana na Terra...", travou-se um debate para saber quem primeiro gravou este sucesso que os mais jovens, coitados, atribuem a cantora baiana das pernas grossas... O nosso pároco  Pe. Silvio lembrava que a famosa música surgiu na década de oitenta, mas não recordava quem a gravou.

O BLOG GLM ajuda o nosso pároco e informa que a famosa música, apropriada pelo axé, foi gravada pela banda RADIO TÁXI. Vale a pena lembrar da música que vem a calhar neste inicio de Campanha da Fraternidade.




MENSAGEM ÀS MULHERES




 “Mulher, tu és a origem de ti e até de mim. Por isso, és o princípio sem fim do amor, no amor e pelo amor”





Há coisas pequenas na vida que são de um valor incomensurável e de suma importância para as pessoas. Às vezes, até a necessidade de extrapolar o óbvio mesmo diante de tanta obviedade existente é o suficiente para se conquistar esse valor quão desmedido.

Reflitamos, pois, sobre o Dia Internacional da Mulher, 08 de março. Data em que as mulheres no mundo inteiro são lembradas. Diga-se, apenas, lembradas. Porém, sabe-se que ainda há muitas, muitas e muitas mulheres que apesar de serem lembradas não se lembram, não sabem, não entendem o sentido e a importância dessa data, posto que, tudo parece quão midiático e propagandístico e menos prático e ágil enquanto realidade pura existente.

Porém, nada disso impede do que vou discorrer aqui. Porque importa saber que o Dia Internacional da Mulher existe e é propagado pelo mundo todo, mas não para todo mundo. Diga-se, para toda mulher.
Ciente, dessa data, emito pelo celular a seguinte mensagem: “Mulher, tu és a origem de ti e até de mim. Por isso, és o princípio sem fim do amor, no amor e pelo amor”. Isto é, para vinte e cinco mulheres, inclusive, à mãe dos nossos filhos. Todas elas, sem exceção, se sentiram arrebatadas, a priori pela surpresa do teor da mensagem que a coloca como superiora a tudo e todos só pelo ato sagrado de conceber a vida e de amar, mas que, por nenhum momento, não se vangloria disso, por isso mesmo é que reina então o seu poder em sapiência e taciturnidade de mulher.

Desta feita, outras, extasiadas de prazer e de satisfação pela exclusividade de se verem elogiadas, por um ser não menos homem, porém mais poeta, por dotar-se de sentimento às coisas sensíveis da mulher e perceber, como homem, e da sua des-importância no reino e no poder de conceber a vida. Digo, elas, ante a mensagem óbvia, mas dita, com poder de sentimento poético, elas deixam fluir o sentimento-mais-que-sentimento de mulher, mãe, concebedora da vida através de mensagens várias mais ainda arrebatadoras: “Nossa, um anjo em forma de mensagem!” “Obrigada, por me colocar nesse universo tão fascinante da poesia” “Obrigada pela mensagem!” “Obrigada pela poesia. É linda!

Desculpe pela demora. Foi a correria do dia-a-dia que me fez esquecer!” “A cada dia agradeço a Deus pelo amigo que tenho. Você mora no meu coração e me faz muito bem!”. Sem falar daquelas que me ligaram a me encherem de palavras bonitas e agradáveis a qualquer ego humano fascinadas pela mensagem. Quanto à mãe dos nossos filhos, esta me agradeceu em ato de mulher mais-que-mulher por me dar o privilégio de perceber a origem da minha vida através dela e em dois filhos saído do seu ser carnal.

Certo de que fazia o meu papel de poeta solidário ao Dia Internacional da Mulher ao enviar a mesma mensagem para todas as mulheres da minha agenda telefônica, não sabia o poder de exclusividade que cada uma teria ao obter a mensagem. Foi quando obtive de uma delas a cobrança para que eu a enviasse para si também a mesma mensagem; e de uma outra, a carga de ciúme por não admitir que a sua amiga - e também minha -, obtivesse a mesma mensagem.

E para aquelas que não dispunham de aparelho celular para que eu a enviasse essa mesma mensagem, li, em plena sala de aula e falei por telefone para várias delas; e a muitas outras mulheres que muito devo e muito tenho de agradecer muito mais pela minha existência de ser. Destaco aqui aquela que me tirou das suas entranhas e me fez antes de tudo existência humana repleta de virtudes e de falhas; assim como as que estão na minha lista telefônica, quanto as que não estão e sequer as conheço, mas que certamente irão dá origens há tantos outros homens fracos, recalcados, crápulas, machistas e tirânicos – promotores da guerra demasiadamente psicológica - nesse dia e em todos os dias da sua vida, independente do internacional dia da mulher. 


M. C. Garcia (Natal – RN)