sábado, 26 de junho de 2010

FESTA DE SÃO JOÃO

Ganhar e perder

Ninguém gosta de perder nada. Ao contrário, nosso impulso instintivo corre na direção da conquista de algo bom. Mas, dependendo da natureza do bem buscado, podemos nos enganar e perder todo o esforço quando erramos o alvo. Se, por exemplo, lutamos para conquistar um prêmio e este for uma quimera ou ilusão, percebemos que não valeu a pena tanto sacrifício e esforço nessa direção. Ao invés de obtermos algo de grande valor, como o de um valioso diamante, percebemos que era apenas um material de vidro lapidado. A decepção é grande! Quantos erros de enfoque estamos sujeitos a cometer, muitas vezes levados pela propaganda enganosa!
Jesus, o Filho de Deus, nos dá verdadeira lição de busca do verdadeiro tesouro. Alcançá-lo exige renúncia, sacrifício, exercício ou contínuo treinamento, boa escolha, remar contra a correnteza dos instintos, da propaganda, espírito crítico adequado, avaliação... Nossos sentidos são continuamente aguçados, provocando apetite para termos atitudes e optarmos por aquilo que é mais cômodo e traz prazer ou bem estar sensível imediato, nem sempre coerente com a busca de valores mais consistentes da vida. Continuamente a mídia nos oferece estímulo para comprarmos ou buscarmos o que é mais atraente no momento. Se não soubermos discernir ou avaliar o que nos oferecem e agradam nossos instintos, podemos não acertar com a boa escolha. Por outro lado, o condicionamento de nossa mente para realizarmos determinadas ações ou planejamento de conduta depende muito de como o aprendemos desde a infância ou influências posteriores.

Evangelho do dia

Ano C - Dia: 26/06/2010



Jesus cura o empregado de um oficial romano

Mt 8,5-17


Quando Jesus entrou na cidade de Cafarnaum, um oficial romano foi encontrar-se com ele e pediu que curasse o seu empregado. Ele disse:
- Senhor, o meu empregado está na minha casa, tão doente, que não pode nem se mexer na cama. Ele está sofrendo demais.
- Eu vou lá curá-lo! - disse Jesus.
O oficial romano respondeu:
- Não, senhor! Eu não mereço que o senhor entre na minha casa. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz.
Quando Jesus ouviu isso, ficou muito admirado e disse aos que o seguiam:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel! E digo a vocês que muita gente vai chegar do Leste e do Oeste e se sentar à mesa no Reino do Céu com Abraão, Isaque e Jacó. Mas as pessoas que deviam estar no Reino serão jogadas fora, na escuridão. Ali vão chorar e ranger os dentes de desespero.
E Jesus disse ao oficial:
- Vá para casa, pois será feito como você crê.
E naquele momento o empregado do oficial romano ficou curado.
Jesus foi à casa de Pedro e viu a sogra dele de cama, com febre. Jesus tocou na mão dela, e a febre saiu dela. Então ela se levantou e começou a cuidar dele.
Depois do pôr-do-sol, o povo levou até Jesus muitas pessoas que estavam dominadas por demônios. E ele, apenas com uma palavra, expulsava os espíritos maus e curava todas as pessoas que estavam doentes. Jesus fez isso para cumprir o que o profeta Isaías tinha dito:
"Ele levou as nossas doenças
e carregou as nossas enfermidades."
Algumas pessoas que queriam seguir Jesus 
 
Comentário do Evangelho

Os possessos e doentes vão a Jesus
Estes dois milagres, da cura do criado do centurião e da sogra de Pedro, integram um bloco de dez milagres coletados por Mateus, em preparação ao envio missionário que se segue no capítulo 10. O primeiro milagre destaca a fé de um gentio que supera a fé de Israel. No segundo, a casa, oprimida pelo sistema religioso, é libertada para ser o lugar de serviço e encontro das comunidades. Os possessos e doentes vão a Jesus, na casa, e não ao Templo, buscando a libertação da dominação ideológica e das privações da exclusão.
Autor: José Raimundo Oliva
fonte:paulinas.org

Santo do dia

São Sigismundo (Zygmunt) Gorazdowski
1845-1920Fundou a Congregação das
Irmãs de São José
Irmãs Josefinas

Sigismundo Gorazdowski nasceu em 1o de novembro de 1845, em Sanok, Polônia, numa família muito religiosa, tendo saúde frágil desde a infância.

Após concluir o segundo grau, entrou na faculdade de direito da Universidade de Lwow. No segundo ano de faculdade, descobriu a vocação para o sacerdócio, interrompeu o curso de direito e entrou para o Seminário Maior em Lwow. A sua ordenação sacerdotal foi suspensa por causa do seu grave estado de saúde. Os seus amigos escreveram em suas memórias: "A não admissão à ordenação sacerdotal foi para Sigismundo um golpe muito doloroso, sofreu moral e fisicamente, mas não perdeu a confiança no Senhor Deus". Dois anos depois, o seu estado de saúde melhorou tanto que pôde receber o sacramento da Ordem na catedral de Lwow, no dia 25 de julho de 1871. Seu lema: "Ser tudo para todos, para salvar pelo menos um".

Seu trabalho pastoral foi reconhecido pelo carisma excepcional de unir o trabalho sacerdotal com o trabalho caritativo. Descobrindo a grande pobreza espiritual de seus fiéis e várias dificuldades no anúncio da mensagem evangélica, elaborou e editou "Catecismo", que teve a tiragem de mais de cinqüenta mil exemplares.

Para os jovens, preparou e editou "Conselhos e admoestações". Valorizando muito os sacramentos, especialmente o da eucaristia, iniciou na arquidiocese de Lwow a prática da primeira comunhão comunitária para as crianças. Foi também o grande propagador de lembranças da primeira comunhão e do sacramento da crisma. Padre Sigismundo nunca excluiu ninguém de sua ação de caridade, dedicando-se, especialmente, aos marginalizados pela sociedade e aos doentes vítimas de cólera.

Em 1877, padre Sigismundo iniciou suas atividades sacerdotais e beneficentes em Lwow, e como vigário assumiu o trabalho de catequista em várias escolas, continuando, sempre, o seu trabalho de editor e redator. Preparou e editou "Princípios e normas de boa educação" para os pais e educadores. Publicou, também, muitos artigos, principalmente pastorais, sociais e pedagógicos. Criou a "Sociedade Bom Pastor", para auxiliar os sacerdotes, e fundou a Casa de Trabalho Benévolo, para os mendigos. Como consta nos relatórios dessa Casa, "muitos pobres abandonaram a mendicância e, recuperando a sua dignidade, voltaram à vida decente".

O abrigo para incuráveis e convalescentes foi uma obra de misericórdia cristã em resposta às necessidades de pessoas sofredoras e doentes, vítimas de uma lei do governo que obrigava os enfermos a abandonarem o hospital após seis semanas de internação, independentemente do estado de saúde. Escreveram na época: "Quando ninguém soube acolher os infelizes e doentes desenganados... ele pensou em construir um abrigo aos infelizes".

Não se pode esquecer do "Instituto Menino Jesus" para as mães solteiras e as crianças abandonadas. Atuou, ainda, na Sociedade de Santa Salomé, auxiliando as viúvas pobres com seus filhos, e também na Sociedade das Costureiras Pobres. Foi co-fundador da Associação das Sociedades Beneficentes na Galícia, que coordenava e dirigia todas as obras cristãs de misericórdia.