dono da cadeia de lojas G. Aronson.
Não tive o prazer de conhecê-lo, mas ouço seus amigos falarem dele com o maior respeito. Respeito que aumentou quando do episódio de seu seqüestro em fins de setembro de 1998. Seu comportamento e o que ele disse mostram a estatura moral desse venerável ancião, cuja vida tem sido trabalhar e servir os amigos. Aos 82 anos, Girz Aronson, seqüestrado e ainda traumatizado pelo sofrimento, tinha algo a dizer e o disse aos jornalistas e ao povo brasileiro:
"Tive muito medo, mas o que me deu forças foi eu pensar o tempo todo na minha mulher".
Ele sofria a brutalidade do seqüestro e o tempo todo, em vez de pensar em si, pensava nela, que estava sem ele, e no sofrimento que ela poderia estar passando ou poderia vir a passar.
Amor, quando é amor, raciocina desse jeito. Quando o casal é um para o outro, na dor dele ele pensa na dor dela. Torturado, ele ainda pensa na dor dela. E é nesse amor que ele sente forças para esperar. Para chegar aos 82 anos com esses sentimentos, deve ter havido muitos dias de ternura. Olho para os casais de outras religiões e louvo a Deus também por eles. Este amor deve ter sido alicerçado na fé. Felizes os casais que, na dor, pensam mais no outro do que em si mesmo.Quando o amor é verdadeiro, é exatamente isto que acontece.
Ele pensa: "Se alguém tem que sofrer, sofra eu, ela nunca!".
Ela pensa o mesmo: "Prefiro que seja eu do que ele".
E os filhos dizem: "Deus, poupe meus pais!"
E eles: "Senhor, poupe nossos filhos!".
Não há nada mais bonito do que uma família que ama a esse ponto. Não diga que elas não existem. Padres, pastores e médicos sabem que existem!
Pe. Zezinho, scj
Que Deus abençoe as futuras esposas.