segunda-feira, 21 de junho de 2010

Charge

Em clima de São João
 

Santo do dia

São Luís Gonzaga
1568-1591
Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia.

Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares. Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje santo da Igreja.

Desejava ingressar na vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para convencer-se de sua vocação. Até que consentiu; mas antes de concordar definitivamente, ele enviou Luís às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza dessas cortes.

Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de Roberto Belarmino, o qual, depois, também foi canonizado.

Lá escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma, em 1590, esquecendo totalmente suas origens aristocráticas. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade.

Luís Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 21 de junho de 1591. Segundo a tradição, ainda na infância preconizara a data de sua morte, previsão que ninguém considerou por causa de sua pouca idade. Mas ele estava certo.

O papa Bento XIII, em 1726, canonizou Luís Gonzaga e proclamou-o Padroeiro da Juventude. A igreja de Santo Inácio, em Roma, guarda as suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte. Enquanto a capa que são Luís Gonzaga usava encontra-se na belíssima basílica dedicada a ele, em Castiglione delle Stiviere, sua cidade natal.

Evangelho do dia



Ano C - Dia: 21/06/2010



Não julgar 
 
Mt 7,1-5
- Não julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus. Porque Deus julgará vocês do mesmo modo que vocês julgarem os outros e usará com vocês a mesma medida que vocês usarem para medir os outros. Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", quando você está com uma trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão. 
 
Comentário do Evangelho
O amor de si só se realiza no amor ao próximo
O "julgar" tem aqui o sentido de um juízo condenatório. A reflexão crítica sobre a realidade é necessária. O que se descartam são a discriminação e a condenação a partir desta avaliação crítica. O amor de si próprio só se realiza no amor ao próximo. Assim também a condenação. Quem condena os outros traz em si alguma autor rejeição ou auto condenação. O outro é o espelho de cada um. Na compreensão, aceitação, perdão e acolhida ao outro cada um está encontrando a paz e a harmonia com o seu próprio eu. Também uma crítica sistemática sobre os defeitos dos outros impede que se tenha uma avaliação do próprio comportamento. A qualificação de "hipócrita" era feita para caracterizar a prática dos fariseus. Aqui estas palavras são dirigidas às comunidades de discípulos. Os discípulos que se inclinam a condenar e criticar os demais assemelham-se aos fariseus em sua prática elitista e excludente.
A percepção de falhas e erros deve mover cada um a contribuir para a superação dos mesmos, sem condenações. O amor impele a acolher e integrar a todos na harmonia e na paz da vida comunitária, a qual se torna irradiante para o mundo.
 
 
Autor: José Raimundo Oliveira
fonte:paulinas.org