segunda-feira, 4 de abril de 2011

PELO AMOR DE DEUS !

A gente (católicos) imita tanto... Nunca fomos tão parecidos com os nossos irmãos evangélicos (protestantes) no que há de pior: A busca incessante pelo número (fiéis); a necessidade de aparecer; a busca pelo "sucesso" (exacerbação da individualidade - celebridades); a importância do êxtase em contraponto a razão e a reflexão...

Não queremos dar ideia, mas pelo amor de Deus, não imitemos o vídeo abaixo em nossos templos. Será que já é tarde demais ?


Ah !!!


No BLOG GLM aumentamos o coro dos insatisfeitos com os salários aviltantes dos nossos políticos - principalmente, infelizmente, quando a maioria não nos representa com honestidade e zelo pela coisa pública. Agora é a vez de falar do Judiciário, das nossas excelências, os senhores Juízes , os  nossos "Doutores", representantes do Poder que está longe de ser exemplo de eficiência e prestação de serviço público com qualidade,  que o diga os inúmeros processos que tramitam a passo de tartaruga.

No país do salário mínimo de R$ 545,00, os nossos magistrados ameaçam greve se não lhes for concedido um aumento de 14,79%, o que representaria o aumento salarial dos Ministros do STF,  dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 30,6 mil com efeito cascata a todos os outros juízes do Brasil.

Isso mesmo caros leitores, é rir para não chorar!  Não concordamos com este aumento salarial, principalmente em tempo de economia, inflação e contenção de despesas. Não é essa a bandeira da nossa Presidenta ?



 A greve dos juízes e o exemplo de Rogério Ceni


Falar o quê, caro leitor, diante da ameaça das excelências de parar o Judiciário, se não lhes for concedido um aumento de 14,79%, o que elevaria o atual salário dos ministros do STF de R$ 26,7 mil para R$ 30,6 mil (base da remuneração dos juízes que é escalonada a partir deste teto) num país onde o salário mínimo foi recentemente reajustado para R$ 545,00?

Na verdade, desde ontem eu estava querendo escrever sobre os 100 gols de Rogério Ceni, um sujeito que, na contra-mão do oba-oba e do vale tudo no Brasil do BBB e da marquetagem, prova aos mais jovens que ainda vale a pena ser honesto, trabalhar muito para alcançar seus objetivos e vestir de verdade a camisa de quem lhe paga o salário.

São dois exemplos oferecidos em extremos opostos da grande geléia nacional _ o da inacreditável greve dos juízes e o da dedicação fora do comum do goleiro são-paulino ao seu oficio. 
 

Ricardo Kotscho

PAPA AMERICANO !

DESABAFO !

Ação do Ministério Público Federal pede a retirada de símbolos religiosos nos locais públicos federais de 
São Paulo

“Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas. Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada!”

Nunca gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas…

Não quero ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte…

Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados…

Não quero ver a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas (pobres) morrem sem atendimento…

É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa da desgraça dos pequenos e pobres.”

Frade Demetrius dos Santos Silva * São Paulo/SP

 Fonte: FOLHA de SÃO PAULO, de 09/08/2009.

SÁBIA DESPEDIDA



 "Até que a morte os separe, ou, até que as três décadas se consumam."







Pois é, e tudo passou como se fosse um verdadeiro sonho de 3 segundos, trinta dias, ou mesmo de trinta anos. Não, aqui, nada é como se fosse, verdadeiramente, tudo é, foi e existirá mesmo entre sonho, desejo, expectativas, conquistas, decepções, realizações, afirmações e negações; renúncias constantes, opções únicas e exclusivas, prioridade unilateral, onde não se pode questionar o óbvio ululante, por que o que se foi acordado, acordado estar pelo compromisso da existência temporal de trinta longos anos ou mais, enquanto vividos intensamente, porém quão efêmero, quando extrapolado pela constância da não ansiedade e tudo renasce para uma nova existência de dor, de perda, ou, de amor e de ganho.

Contudo, quem vai determinar essa linha é o próprio tempo dentro do preenchimento das lacunas inexoráveis que irão existir e que deverão ser administradas ou, que já deveriam vir sendo administradas com bastante antecedência, senão, o choque da perda é muito maior do que o impacto do ganho.

Dependendo do referencial, para uns, a grande maioria, tudo é uma grande perda. É possível, se conviver como se fosse matrimonialmente com um ser e de repente se ver largado, mesmo acordado que esse laço estava determinado a ser desfeito? (até que a morte os separe, ou, até que as três décadas se consumam). Assim é a realidade dos que doam a sua vida em nome do seu ofício, após labutarem trinta, ou mais anos, como funcionário público civil ou militar. Quantos e quantos terminam por preencher a perda, a lacuna com a doença mais clássica do nosso tempo, o tal estresse, ou senão, a melancolia, a depressão, o aperreio e outros males tantos, cada vez mais inusitados, nesse contemporâneo mundo no qual vivemos denominado de nova era.

O problema é a falta de eco àquilo que antes se fazia com tanto zelo e esmero, onde tudo estava programado para dar certo, igualmente a uma máquina, um trem, sobre os trilhos do sempre programado e estabelecido “destino”, onde as curvas não precisam de esforço nenhum para se atingir o objetivo. E quando se veem a guiar o seu próprio destino diante uma infinidade de tempo disponível para administrá-lo, se tornam incapacitados e vencidos pelo monstro da rejeição! Diga-se de passagem, que tudo não passa de uma rejeição psicológica, porque é justamente nesta hora em que o mundo espera por uma boa e sábia resposta individual ou pessoal, digo ainda, um posicionamento autônomo, uma atitude inusitada e independente, para mudar tudo que há a seu redor, porque agora, tem um trunfo poderoso que é o belo e maravilhoso TEMPO inteiro a seu inteiro dispor.

Sabe aquela história do passarinho que viveu o tempo todo preso, e quando se abre a porta da gaiola ele continua, ali, “preso”, como se não mais tivesse asas para voar no espaço infindo da liberdade; e aquela outra, do elefante que é preso quando pequeno, por uma corrente e, cresce e fica forte, mas continua com a mesma corrente de quando era pequeno, desconhecendo o poder da sua força hercúlea. Certamente, muitas vezes somos todos passarinhos e elefantes presos em gaiolas e correntes socialmente imaginárias, impostas pelas convenções.

O outro referencial ainda muitíssimo raro são os que quebrarão os grilhões e verão as portas da caverna, da caserna, da taberna, literalmente abertas para resgatarem o tempo perdido naquilo em que o ofício ou o mito lhe “cerceou”, (por vezes, um compromisso selado e/ou por juramento até), muitas vezes num átimo de devaneio, em querer ser, enquanto pessoa sonhadora e inacabada de desejos e realizações, algo mais e mais daquilo que todos somos capazes de sermos por nós mesmos, em nome do amor, da simplicidade e da solidariedade naquilo que quisermos ser. Isto é, tudo na hora em que está a se despedir da amada ou do amado, do emprego, da ilusão ou da própria vida de um ente querido nosso.

Há de se ter sabedoria para aceitar as despedidas que a própria natureza nos impõe. Mas afinal, quem é que se prepara para a morte de seu ente querido? Que eu saiba, nem eu, nem ninguém! Mas assim, é que é despedir-se sabiamente.

M. C. GARCIA é poeta e filósofo
http://essenciasemparadoxo.blogspot.com - gaciamc2001@hotmail.com