segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Relacionamentos baseados em privilégios não têm lugar na comunidade dos seguidores de Jesus

A história contada por Jesus chama a atenção dos que querem ocupar os primeiros lugares e questiona o desejo de se autopromover e de parecer importante. Relacionamentos baseados em privilégios não têm lugar na comunidade dos seguidores de Jesus. É que ele mesmo indicou, com palavras e com a própria vida, que o maior é aquele que serve, e não quem é servido. Querer ficar em último lugar, porém, na ambição de ser convidado a ocupar o primeiro, é continuar na mentalidade que impede relacionamentos verdadeiros. Jesus exige mudança de mentalidade e de atitudes. Ficar em último lugar é pôr-se no mesmo lugar dele, que veio servir e se doar a todos, sobretudo aos mais necessitados.

Relacionamentos gratuitos – baseados não no desejo de retribuição, mas no amor desinteressado e livre de quem serve – fazem-nos, de fato, últimos. O verdadeiro amor leva o discípulo não à busca de retribuição, mas ao dom generoso e desinteressado. Daí o convite a relacionamentos diferentes com pessoas diferentes, com os que não podem retribuir: os pobres e doentes, aqueles que nada contam na sociedade e, já no tempo de Jesus, eram considerados amaldiçoados por Deus.

É fácil dar importância a quem na sociedade já tem importância. Mas o que importa é que nos importemos com quem não tem importância. É assim que experimentamos a gratuidade de Deus, à medida que somos gratuitos com os outros. É assim que tomamos consciência da salvação de Deus em nossa vida e da salvação que ele quer estender a todos, sobretudo aos mais necessitados, por meio de nossas ações e de nossos relacionamentos.

É preciso abrir mão de privilégios e honras, portanto, para que os preferidos no reino sejam levantados. Queremos lugar de honra ou lugar de serviço? Somente o lugar de quem serve nos aproxima dos mais necessitados. A atenção a eles não é algo opcional na missão, mas uma questão fundamental de justiça.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp

Uma coisa liga a outra?

É como a gloriosa Vereadora Sargento Regina nos informou: "O Vereador como o menor número de cargos na Prefeitura tem 150 cargos". Imaginem a capacidade deste pessoal.; imaginem o compromentimento deste pessoal; imaginem o nosso dinheiro gasto com este pessoal. Será que isso explica um pouco a falta de recursos para pagarem os nossos professores em GREVE ? Os professores  contratados não recebem há mais de dois meses!  Como todo sofrimento é pouco para os pobres de nossa cidade, leiam abaixo o artigo da Tribuna do Norte de ontem. 

É como se ouvia dos professores em coro na semana passada em frente a Escola Yapissara Aguiar  no Panatis III : "Borboletinha cadê você, educação não é programa de tevê! Será que podemos acrescentar  e cantar também: "Borboletinha cadê você, educação e saúde  não é programa de tevê!


Médicos entram em greve hoje

A população ficará sem atendimento na rede municipal de saúde da capital, a partir de hoje. A paralisação nas unidades de saúde foi a forma encontrada pelo Sindicato dos Médicos (Sinmed) para pressionar a Prefeitura a alterar o projeto de lei que versa sobre o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) dos funcionários da Saúde, encaminhado à Câmara Municipal em 10 de agosto passado.

Com os cerca de 700 médicos da rede municipal de braços cruzados, a população não deverá encontrar médicos nos postos de saúde. Já nas unidades de pronto atendimento - como as localizadas nos bairros de Mãe Luiza, Pajuçara e Cidade Satélite – não deverá haver alteração, já que nesses locais os médicos são contratados através de cooperativas ou empresas e o serviço é terceirizado.  De acordo com o Sinmed, será mantida a quantidade mínima exigida por lei, de 30% de profissionais trabalhando.

Segundo o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, a paralisação visa pressionar a Prefeitura por salários justos, melhores condições de trabalho para os profissionais da categoria, para que seja possível oferecer um atendimento digno à população.

Ferreira lembra que a atual gestão, assumiu a administração municipal com a promessa de resolver questões ligadas à saúde pública em um período de 100 dias. Entretanto, em mais de um ano de mandato, não é possível perceber qualquer melhora no que diz respeito ao atendimento à população ou às condições de trabalho dos profissionais de saúde. “Queremos dar um basta no caos em que a saúde pública se encontra atualmente e tomamos a iniciativa de realizar a suspensão do atendimento, por acreditarmos que a administração municipal não tem dado a devida atenção ao problema”, afirma.

O presidente do sindicato explica que as alterações reivindicadas pela categoria e rejeitadas pelo Gabinete Civil se referem à Gratificação de Atividade Médica – R$ 3 mil - que, na opinião da categoria, deve ser estendida a todos os médicos, inclusive os municipalizados, do Samu e do Programa Saúde da Família. “Entendemos que a atribuição de médicos é comum e buscamos isonomia”. Serviços como Samu, deverão funcionar com 50% do efetivo, enquanto os demais com apenas 30% de acordo com a alei de greve.

Na manhã de ontem, um grupo formado por 15 médicos realizou uma mobilização, em frente ao Hospital dos Pescadores, nas Rocas. Entre discursos inflamados, os integrantes do Sinmed pintaram o rosto, fazendo duas linhas preta em cada bochecha. De acordo com Geraldo Ferreira, a iniciativa foi tomada para simbolizar que a categoria está entrando em uma guerra, lembrando o antigo hábito dos índios.