quarta-feira, 14 de abril de 2010

EVANGELHO DO DIA

Ano C - Dia: 14/04/2010




A luz veio ao mundo
Jo 3,16-21



Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.  
Quem nasce de pais humanos é um ser de natureza humana; quem nasce do Espírito é um ser de natureza espiritual. Por isso não fique admirado porque eu disse que todos vocês precisam nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que ele faz, mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai. A mesma coisa acontece com todos os que nascem do Espírito. 

Comentário do Evangelho
Jesus reparte o pão com a multidão

Esta narrativa do pão partilhado por Jesus com as multidões se inspira no Primeiro Testamento, segundo o qual o povo que caminhava no deserto, sob a condução de Moisés, foi alimentado pelo maná que caiu do céu, enviado por Deus. O maná, com Moisés, é entendido como uma prefiguração de Jesus que, agora, reparte o pão com a multidão, sendo o próprio Filho de Deus entre nós, atento e atendendo a todas as nossas necessidades, educando para a partilha e nos conduzindo para a comunhão com o Pai, na vida eterna. O fato de Jesus recorrer aos poucos pães e peixes que um menino trazia, e partilhá-los com os presentes, dá a entender que não se trata de uma manifestação de poder; caso contrário seria mais espetacular se transformasse pedras em pães.

Autor: José Raimundo Oliva

Fonte: Paulinas.com

COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS



O discípulo embriagado


Um mestre tinha centenas de discípulos. Todos rezavam na hora certa - exceto um, que vivia bêbado.

O mestre foi envelhecendo. Alguns dos alunos mais virtuosos começaram a discutir quem seria o novo líder do grupo, aquele que receberia os importantes segredos da tradição.

Na véspera de sua morte, porém, o mestre chamou o discípulo bêbado e lhe transmitiu os segredos ocultos.

Uma verdadeira revolta tomou conta dos outros.

- Que vergonha! gritavam pelas ruas. Sacrificamo-nos por um mestre errado, que não sabe ver nossas qualidades.

Escutando a confusão do lado de fora, o mestre agonizante comentou:

- Eu precisava passar estes segredos para um homem que eu conhecesse bem. Todos os meus alunos eram muito virtuosos e mostravam apenas suas qualidades. Isso é perigoso; a virtude muitas vezes serve para esconder a vaidade, o orgulho, a intolerância. Por isso escolhi o único discípulo que eu conhecia realmente bem, já que podia ver seu defeito: a bebedeira.

O carteiro e o Poeta


No ano passado a equipe de ação social nos apresentou o filme "O carteiro e o poeta", dentro do projeto cinema na comunidade que logo, logo estará de volta !

O poeta chileno Pablo Neruda foi, sem dúvida, uma das vozes mais altas da poesia mundial do nosso tempo. Ao mesmo tempo, o poeta engajado nas causas da liberdade, o exilado, o resistente, é protagonista de uma das aventuras mais expressivas da lírica em língua castelhana. Seus poemas de amor - Cem sonetos de Amor são um dos seus legados mais perfeitos - emocionaram e emocionam várias gerações. Poeta admirado internacionalmente ( é personagem do filme), recebeu a consagração definitiva com o Prêmio Nobel de Literatura em 1971.


Fica para os nossos internautas um soneto retirado da obra;

AMOR, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em Taltal não amanhece ainda a primavera.

Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.

Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações 

tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos,
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa os cravos.

Pablo Neruda