Em tempos de atrapalhadas papais, hoje o que mais se lê na mídia foi a infeliz homilia do pregador do Papa, Raniero Cantalamessa, religioso franciscano, que comparou os ataques à Igreja pelos casos de abusos sexuais ao antessemitismo, é importante relembrar que a Páscoa do nosso Senhor Jesus é uma festa de origem judaíca que guarda muitas similitudes com a festa mais importante do calendário cristão.
Este ano, coincidentemente, a Páscoa cristã e a Pessach judaica serão comemoradas na mesma semana. A Páscoa cristã iniciou com a festa do Domingo de Ramos, no dia 28 de março estendendo-se até o Domingo da Ressurreição, no dia 04 de abril. Já o 1º Seder da Pessach, cuja data é fixada pelo calendário hebraico, o dia 15 de nissan, lua cheia, foi no dia 29 de março. Depois, seguem-se outros sete dias de comemoração.
Mas o que se comemora nessas celebrações cuja memória, de origens comuns, remonta a um mesmo gesto, ou seja, uma passagem, uma travessia?
Para compreender melhor não apenas a festividade, mas também suas origens e sua atualidade, depois de tantos milênios desde seus primeiros registros históricos, a IHU On-Line entrevistou um líder religioso judeu, uma luterana e um católico. Em foco, a origem comum da celebração: o Êxodo dos israelitas do Egito, que os cristãos irão reviver e reatualizar com a "nova Páscoa", a paixão, morte e ressurreição de Cristo.
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