Desculpem-me pela falta de originalidade, mas sendo brasileiro que sou não há como não falar hoje de copa do mundo e da derrota de nosso futebol para os neerlandeses. Antes de tudo, vejamos o lado bom que sempre existe, bastando boa vontade: passada a copa, a vida volta a sua normalidade; já podemos trabalhar mais tranquilamente; as repartições públicas (vergonha...) voltarão a funcionar; não veremos a bagunçada ostentação de nossa linda bandeira; e, falo sério, diminuirão os riscos de morrermos numa urgência do “Walfredo Gurgel” por falta de atendimento porque os servidores estavam a assistir um jogo de futebol.
Agora, falando de seleção brasileira, não me senti derrotado ontem, pois já o era desde o momento em que a seleção tinha sido convocada conforme o dissera aqui mesmo neste blog. A mística do futebol se impõe por sua imprevisibilidade, mas não exageremos...
No mundial passado, perdemos o título porque tínhamos os maiores talentos, os melhores jogadores, o maior número de craques reunidos, os mais badalados atletas, dentro de um contexto de falta de planejamento, falta de treinamento, farras, indisciplina e ausência de comprometimento com a causa.
Na África do Sul, perdemos a copa porque tivemos uma rígida disciplina, um técnico durão, um grupo de histórico “vencedor”, uma equipe de amigos com vontade de vencer..., mas sem craques, sem um exímio articulador, sem atacantes matadores...
Com craques fora de forma não se ganha copa, mas, definitivamente, sem eles (craques) não há graça alguma no futebol, tampouco, se ganha um mundial.
Tot een volgende keer !
Luiz Teixeira.