Por M.C. GARCIA, poeta e filósofo
NUMA decrépita Biblioteca margeada por várias mangueiras, onde raras vezes aparece alguém para estudar, apesar do espaço agradável para leitura, termina atraindo outra espécie de animal: morcegos. Estes, atraídos pelo doce cheiro dos frutos, competem com um único leitor: Memor. Homem aposentado de meia idade que faz da leitura o seu lazer exclusivo.
NUMA decrépita Biblioteca margeada por várias mangueiras, onde raras vezes aparece alguém para estudar, apesar do espaço agradável para leitura, termina atraindo outra espécie de animal: morcegos. Estes, atraídos pelo doce cheiro dos frutos, competem com um único leitor: Memor. Homem aposentado de meia idade que faz da leitura o seu lazer exclusivo.
Naquela época do ano a velha biblioteca é um lugar que atrai apenas os noctívagos que se abrigam durante o dia. Visto que o espaço fica sempre fechado eles se sentem seguros nas salas escuras.
Ao cair da tarde, Memor gosta de desfrutar a vida lendo bons livros de literatura, de preferência romances modernistas como de Jorge Amado e outros.
Certa vez estando a sós no seu taciturno mundo de de leitura, Memor sentiu um vento frio soprar-lhe a nuca.
Um frio que lhe correu toda espinha deixando-o com os nervos a flor da pele e o coração aterrorizado, a palpitar com o súbito. Seus cabelos e pelos dos braços arrepiados eram a denúncia do seu terror. Mas logo à sua frente, descobriu a causa de tudo aquilo.
Era um morcego que num rasante de bicho alado, peitado e danado, fora pousar num caibro,