sábado, 13 de agosto de 2011

As lições da orfandade.


Dia dos Pais quase nunca foi dos mais alegres em minha infância. Perdi meu pai aos nove anos de idade e a partir daí essa data era um tanto tabu, onde todos procuravam fazer-me esquecer a única dor que já experimentara em uma vida coberta de carinho: eu não tinha pai. Era órfã. Palavra que soava como um soco no estômago ou um dardo no coração: órfã, órfã, órfã.

O câncer levara meu pai, homem bonito, alto, risonho e carinhoso, aos 46 anos de idade. Deixou um rastro de luto e lágrimas a marcar para sempre rosto e olhar de minha mãe, que largou um pedaço de si própria no enterro do esposo profundamente amado. Diziam-me as coisas mais desajeitadas e odiosas sobre o tema: que eu devia aceitar a vontade de Deus, que havia sido melhor para ele, que agora eu tinha que ser muito boazinha para mamãe etc.

Nunca fui de entregar-me facilmente e baixar a guarda. E com esse importante episódio de minha vida não foi diferente. Resolvi que se eu não tinha pai, podia viver sem ele. E que não ia dar a ninguém o gosto de me ver triste e chorando. Trinquei meus pequenos dentes com raiva, apertei os punhos e parti para a luta pela alegria que parecia me haver sido roubada para sempre com o desaparecimento do princípio da realidade do meu horizonte.

Não foi fácil. O coração apertava quando via as amigas e colegas com seus pais, celebrando o Dia dos Pais e aniversários e Natais, povoados da força e do carinho que não eram presentes em minha casa e em minha vida. Embora minha mãe tentasse ser ao mesmo tempo pai e mãe, não conseguia. E a falta da presença paterna era duramente sentida como uma amputação irreparável.

Continue lendo aqui.

Maria Clara Bingemer é autora de "A Argila e o espírito - ensaios sobre ética, mística e poética" (Ed. Garamond), entre outros livros.



CANTAR E REZAR !

Em tempos de divisão; de despedidas; de novos rumos; de reflexão de quais caminhos a seguir... Quem neste vida, em alguns momentos, não se assemelha ao filho pródigo? Quantas tentações; quantas vezes optamos pelo conforto, vaidade, gozo, prazeres que nos afastam do pai e da missão a nós imposta (1Cor 9,16).  Mas o Pai sempre se alegra e nos acolhe em nossa volta...




Muito alegre eu Ti pedi o que era meu, partir!
Um sonho tão normal.
Dissipei meus bens, o coração também.
No fim, meu mundo era irreal.

Confiei no Teu amor e voltei.
Sim aqui é o meu lugar!
Eu gastei Teus bens ó Pai e Te dou,
este pranto em minhas mãos.


Mil amigos conheci disseram adeus.Caiu a solidão em mim.

Um patrão cruel levou-me a refletir:
meu Pai não trata um servo assim!
 
Nem deixaste-me falar da ingratidão;
morreu no abraço, o mal que eu fiz.
Festa, roupa nova, anel, sandálias aos pés; voltei
à vida, sou feliz.



ÓTIMA OPORTUNIDADE !



Pascom terá Escola de Comunicação

A Pastoral da Comunicação, da Arquidiocese de Natal, está organizando uma Escola de Comunicação. Um grupo, formado pela coordenação arquidiocesana e agentes da Pascom e pelo professor da UFRN, Juciano Lacerda, está trabalhando na organização do projeto da Escola, bem como do primeiro Curso de Comunicação para a Pastoral. As aulas acontecerão uma vez por mês, num final de semana, no Centro Pastoral Dom Heitor de Araújo Sales, na Cidade Alta. O início está previsto para março de 2012.

Arquidiocese terá mais uma paróquia


Padre João Farias

Há alguns anos atrás, este blog não sabe ao certo, conhecemos em nossa paróquia o Padre João Farias que substituía Padre Thiago de férias. Homem simples, alegre que cativou o nosso povo com o seu jeito de ser. Mesmo estando conosco em período curto, implementou práticas, até então, nunca vivenciadas em nossa paróquia. Ele conviveu muito perto com o Diácono João Manoel com quem tem uma grande amizade. 

O padre João Farias será empossado como primeiro administrador da novíssima paroquia  São João Batista, na Vila de Ponta Negra, desmembrada da Paróquia de Santa Rita de Cássia dos Impossíveis, de Ponta Negra. 


Parabéns ao Padre João Farias e que Deus lhe ilumine nesta nova missão !