Há alguns anos em minha vida tenho ouvido de muitas pessoas: "Sejas equilibrado", "tenhas controle emocional", "sejas racional", "controle suas emoções" etc. É freqüente ouvirmos expressões do tipo: "Não serve para isto ou aquilo, pois não contrala as suas emoções"; Fulano ou sicrano é muito estressado"; "Aquele atleta na hora "H" treme nas bases".
Desde a minha ascensão ao serviço de Coordenador do Grupo Luz do Mundo , aqui ou acolá, me ponho a pensar sobre o quanto o nosso estresse pode causar o desserviço que atenta contra a nossa união, a nossa solidez como grupo e, sobretudo, a nossa missão de evangelizar e ser exemplo a ser seguido.
Somos um grupo que tem o carisma do serviço. Acreditamos que amar a Deus se prova através da prática dos valores cristãos da amizade, fraternidade, do trabalho, da doação, da dedicação aos mais necessitados, do compromisso com os grandes temas que afetam o nosso mundo, o país e nossa comunidade.
No afã de alcançar todas aqueles objetivos, não raro nos vemos envolvidos no estresse salutar da busca do objetivo, da concentração necessária da excelência, do aprimoramento dos nossos dons e serviços prestados. Graças a Deus, todas as equipes têm este "problema" da constante tensão do esforço em alcançar os seus propósitos que têm em comum a evangelização.
Em anos de caminhada e experiência de vivência em comunidade, não temo em dizer que os maiores problemas que geram sofrimento, desentendimentos, palavras mais ásperas e descontroles emocionais são provenientes da excitação emocional (estresse). Um grupo que é formado pela união de quatro grupos, com funções diferentes, frontes distintos é compreensível o choque de interesses.
Há alguns anos (dezoito anos) fizemos todos um pacto que o grupo seria a união de equipes e como tal, pagaríamos o preço de, a todo instante, lutarmos contra o pecado que gera a incompreensão, a falta de respeito e desamor. A nossa união é a custa do diálogo, tolerância, democracia e amor.
É comum, em todo agrupamento humano, as tensões, as chatiações, estorvos e preocupações, no entanto, temos que nos esforçarmos, como cristãos, e medirmos as palavras, controlarmos os nossos temperamentos, "contarmos até dez antes de falar", "esfriar a cabeça" e termos consciência que estamos sob estado de tensão e nestes momentos não controlamos os nossos instintos.
Se por acaso, o pior tiver acontecido, devemos ter a caridade de reconhecer a nossa e as limitações do outro, analisar se, mesmo de maneira transversa, o irmão tinha a intenção de acertar. Depois disso, procurá-lo e, de maneira aberta e respeitosa, falar de suas mágoas, desgostos ou lhe pedir perdão pelos exageros. Assim vivemos a paz e a amizade.
Para os coordenadores e ex-coordenadores aquela conduta é uma obrigação ! Fomos escolhidos como líderes que teríamos ou temos, particularmente, o dever de cuidar da nossa amizade, união e missão. O dever do pastor e apascentar suas ovelhas, guiar, ensinar e doutrinar o amor. Portanto, quando nós, Coordenadores, fomos pressionados a agirmos de "sopetão", a cabo do estresse de nossas ovelhas, pense sempre: Eu tenho a obrigação de ser moderado e zelar pela nossa unidade, amizade e estabilidade deste projeto de amor que é o nosso Grupo Luz do Mundo.
Sejamos todos sóbrios, pelo amor de Deus !
Luiz Teixeira.