O Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko (foto à direita), ressaltou em seu discurso de saudação ao Papa Bento XVI esta sexta-feira 20 de maio, que "a Igreja não se identifica com nenhum sistema nem partido político algum" mas "aprecia muito a obra de quantos se dedicam ao serviço do bem comum e assumem o peso destas responsabilidades".
Em seu discurso perante o Santo Padre no marco da 24ª assembléia plenária deste dicastério, o Cardeal assinalou que a Igreja "vê nesta nobre vocação" dos fiéis leigos na política "uma alta expressão da caridade", como assinala a constituição do Concílio Vaticano II, Gaudium et spes.
O Cardeal Rylko disse também que "os cristãos leigos empenhados na vida pública devem receber a formação necessária para poder testemunhar sua fé em Jesus Cristo com valorosa coerência porque, permanecendo fiéis a si mesmos, à própria identidade batismal, é como poderão fazer que a política verdadeiramente renasça".
Ao comentar o chamado do Santo Padre para acompanhar as novas gerações de políticos católicos, o Cardeal indicou que "hoje é verdadeiramente urgente restituir à política a alma que é própria sua, recuperando o significado do serviço ao bem comum, reconstruindo uma sensibilidade moral e uma sólida base de valores compartilhados, promovendo sobre tudo o conceito de uma laicidade verdadeiramente aberta, não hostil a Deus nem temerosa de deixá-lo entrar na vida pública".
O Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos sublinhou que a tarefa é grande "porque se trata de defender à pessoa humana, sua dignidade, sua vocação transcendente e seus direitos inalienáveis, enraizados na lei natural e por isso não negociáveis" como explicou mais de uma vez o Papa Bento.
Ao finalizar seu discurso, o Cardeal Rylko anunciou que o Congresso de Leigos Católicos da Ásia se realizará entre os dias 31 de agosto e 5 de setembro deste ano.
FONTE: ACIDIGITAL