domingo, 6 de setembro de 2009

O estudo dos macacos


Um cientista que estudava macacos, numa ilha da Indonésia, conseguiu ensinar a certa macaca que ela devia lavar as batatas num rio antes de comê-las. Livre da areia e das sujeiras, o alimento ficava mais saboroso.

O cientista não podia imaginar o que terminaria acontecendo. Ficou surpreso ao ver que os outros macacos da ilha começaram a imitá-la.

Até que, um belo dia, quando um número determinado de macacos aprendeu a lavar batatas, os macacos de todas as outras ilhas do arquipélago começaram a fazer o mesmo.

O mais surpreendente, porém, é que estes outros macacos aprenderam sem ter qualquer contato com a ilha onde a experiência estava sendo conduzida.

Existem vários estudos científicos a respeito. A explicação mais comum é que, quando um determinado número de pessoas evolui, toda a raça humana termina evoluindo. Não sabemos quantas pessoas são necessárias, mas sabemos que é assim.

EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 06/09/2009



"Abra-se!"

Leitura Orante



Mc 7,31-37

Jesus saiu da região que fica perto da cidade de Tiro, passou por Sidom e pela região das Dez Cidades e chegou ao lago da Galiléia. Algumas pessoas trouxeram um homem que era surdo e quase não podia falar e pediram a Jesus que pusesse a mão sobre ele. Jesus o tirou do meio da multidão e pôs os dedos nos ouvidos dele. Em seguida cuspiu e colocou um pouco da saliva na língua do homem. Depois olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem:
- "Efatá!" (Isto quer dizer: "Abra-se!")
E naquele momento os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus ordenou a todos que não contassem para ninguém o que tinha acontecido; porém, quanto mais ele ordenava, mais eles falavam do que havia acontecido. E todas as pessoas que o ouviam ficavam muito admiradas e diziam:
- Tudo o que faz ele faz bem; ele até mesmo faz com que os surdos ouçam e os mudos falem!


Comentário do Evangelho

Efatá! Abre-te!

Jesus estivera em contato com as populações da região de Tiro e Sidônia, tradicionalmente repudiadas pelo judaísmo. Agora atravessa a região da Decápole, em contato com a população gentílica, com a presença de gregos e romanos. Jesus, em seu ministério, abole a distinção entre povos impuros, os gentios, e povos puros, os judeus. Neste texto, Jesus cura um homem surdo que mal podia falar. Marcos detalha os gestos bem concretos de Jesus: dedos nos ouvidos, cuspir e tocar a língua com a saliva, e o suspiro ao falar "Efatá!". Dentre os evangelistas, apenas Marcos, por duas vezes, menciona a aplicação direta da saliva por Jesus na cura tanto de um surdo tartamudo, nesta narrativa, como de um cego. O evangelista João mencionará a cura de um cego pela aplicação de lama feita com saliva. Estes gestosrealçam a presença física de Deus entre nós, em Jesus.A surdez e a dificuldade em falar exprimem a inibição das pessoas sujeitas a um poder opressor. Jesus, comunicando-se com elas, remove esta inibição. Aqueles gentios que tiveram a experiência de Jesus enchem-se de admiração e passam a anunciar o que contemplaram. Com esta narrativa, Marcos destaca os gentios como missionários em seu próprio território, de maneira semelhante ao possesso geraseno libertado por Jesus. É a ação missionária em andamento entre os próprios gentios, na adesão a Jesus que veio para libertar e comunicar vida a todos os povos. As histórias de cura, envolvendo as multidões de excluídos, carentes e adoentados, são a expressão da atenção especial de Jesus para com estes pobres, em vista de restaurar-lhes a vida que é característica do Reino de Deus. A proclamação final, "faz os surdos ouvirem e os mudos falarem", indica o cumprimento da profecia atribuída a Isaías aos exilados da Babilônia; porém, agora, não restrita àquele povo que se julgava eleito, mas a todos os povos da terra sem discriminações. Jesus vem libertar as maiorias empobrecidas subjugadas pelas minorias que detêm o poder, resgatando a dignidade e a vida neste mundo.

Fonte: paulinas.com