O primeiro passo é saber quem ele é, qual o seu projeto e que compromisso assumir para conseguir seguir o seu trajeto. Sabemos não ser uma via tão fácil, sem consequências exigentes para a vida. Tanto é verdade, que muitas pessoas preferem ficar no ostracismo, no anonimato e fechadas em seu mundo.
O Mestre Jesus é rejeitado quando os desafios são apresentados de forma clara. O caminho é de renúncia, de sofrimento e de coragem. O seguimento supõe opção de vida, um ato propriamente de fé e de certeza da evidência dos frutos daí conquistados. A verdadeira felicidade passa pela conquista, nas dificuldades.
O projeto do Mestre é de salvação. Está na sua base a capacidade do serviço, da doação da própria vida por amor a um fim. Isto se torna sinal de esperança e de conquista do sentido profundo da vida. Como disse Jesus: “Se alguém quer vir após mim, tome sua cruz, cada dia, e siga-me” (Lc 9, 23). É passo de fidelidade.
A falta de fidelidade desabona a vida de muitas pessoas. Podemos falar de fidelidade cristã, partidária, profissional, política, amizade etc. Entram em jogo os interesses individuais, sem abertura para o comunitário, sacrificando os objetivos concretos do bem comum, que são para o bem de todos.
O mundo precisa passar por uma conversão radical para agir conforme as propostas do bem. Sem isto não teremos verdadeira esperança e vamos continuar vivendo as situações de morte, que têm crucificado tantas pessoas. Não é este o caminho querido pelo Mestre.
Estamos num momento de desconfiança, de insegurança e de medo. Parece que o sentido real da responsabilidade pessoal está em crise. É o mundo da violência e do medo. Temos medo dos estranhos, dos marginalizados, dos presos, dos políticos etc.
É fundamental defender a vida do povo. Foi este o caminho do Mestre, mas que deve ser praticado pelos seus seguidores. Esta tarefa está nas mãos das autoridades, dos pais, dos políticos, dos governantes e da responsabilidade de toda a sociedade.
Dom Paulo Mendes Peixoto