Uma carreira profissional tem 4 fases. Para quem quiser avaliar se está à frente ou atrás da fase em que deveria estar, aqui vão elas:
A primeira fase vai dos 18 aos 25 anos: é a fase do aprendizado.
Durante esse período, um jovem tem a impressão de que ganha menos do que deveria estar ganhando, e que recebe menos oportunidades do que deveria receber. É verdade. Na fase do aprendizado, a diferença entre o que o jovem ganha e o que deveria estar ganhando, é o que ele paga para aprender.
A segunda fase vai dos 26 aos 34 anos: é a fase da coragem.
O profissional já aprendeu todas as coisas básicas essenciais e sai procurando opções. Ou na empresa ou fora dela. Essa é a fase das grandes mudanças: de empresa, de cidade, de país ou de galáxia. Logo, um jovem de 26 anos, que ainda está procurando uma vaga de estagiário, já ficou para trás. Ele está na fase do aprendizado quando deveria estar na fase da coragem.
A terceira fase vai dos 35 aos 45 anos: é a fase da colheita.
Nesses 10 anos, ocorrem as promoções para cargos melhores e o salário dá um belo salto. Como medida, o salário de alguém com 40 anos deveria ser, no mínimo, 10 vezes maior do que era aos 20 anos.
Dos 46 anos em diante, vem a fase da inércia.
O funil das boas oportunidades fica mais estreito. E poucos passarão por ele. Quem tem mais de 46 anos, evidentemente acredita que tem a mesma energia que tinha aos 25, além de ter mais experiência. É verdade, mas o mercado de trabalho é meio cruel e não reconhece isso. Na fase da inércia, começa a busca pela estabilidade.
Por isso, quando um profissional pergunta: "o que está acontecendo comigo?", a resposta quase sempre é: você deixou uma fase da carreira passar sem aproveitar. Para recuperar o tempo perdido, você terá que saltar uma fase inteira. Não é fácil, mas é possível.
Na vida profissional, nada é impossível. Só vai ficando complicado na medida em que o tempo passa.
Max Gehringer.