sábado, 14 de junho de 2008

LITURGIA

Caros irmãos e leitores: Começamos hoje uma jornada de publicações sobre o tema: LITURGIA. Quão importante é termos a nossa fé iluminada pela nossa capacidade de entendermos o que experimentamos. Quantas celebrações, quanto momentos vividos em nossa comunidade sem termos a clarividência do que vivemos. O espaço "liturgia" contribui para quem queira entender um pouco como se dá, através da liturgia, "a ação de Cristo em nosso meio". APROVEITEM !!

Caros irmãos e amigos,


O que é Liturgia?

Em muitos documentos da nossa Igreja católica, podemos encontrar algumas definições que nos levam a essa resposta. Para isso, vamos entender o que celebramos e o que acreditamos.


Liturgia, palavra de língua grega que significa: ação do povo, ação em favor do povo. É essa ação que reuni o povo, através de sua fé, e em comunhão com toda a Igreja espalhada pelo mundo todo, para celebrar o Mistério Pascal – fazendo memória da morte e ressurreição de Cristo.


Dentro uma perspectiva de proximidade do povo, o Concílio Vaticano II (Sacrossanctum Concilium), definiu Liturgia como: “uma ação sagrada pela qual através de ritos sensíveis se exerce, no Espírito Santo, o múnus sacerdotal de Cristo, na Igreja e pela Igreja, para a santificação do homem e a glorificação de Deus” (cf SC, 7).


Com essa definição, podemos perceber a ação de Cristo em nosso meio, e a revelação do seu mistério. Há uma relação de amor e fé que nos leva à comunicação de Deus. Essa comunicação se faz por Cristo e em Cristo, através dos sinais e símbolos visíveis a todos nós, através dos ritos. Lembramos dos ritos que a nossa liturgia nos remete – Ritos iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos Finais.


É através desses ritos que Deus nos comunica e a sua ação se faz presente em nosso meio. Cristo age e contínua agindo em nosso meio, nos lembrando da nossa missão de batizados; sendo Ele o próprio oferente e oferta, imolado em nosso altar. Sua ação é manifestada em toda a sua Igreja.


Há dois movimentos em cada ação litúrgica: a santificação e a glorificação.


A santificação através de Deus para com o homem: revelando-nos o seu plano de amor, justiça e solidariedade para com todos.


A glorificação através do Homem para com Deus: agradecendo e dando glórias a Deus pelos imensos benefícios oferecidos por Ele a nós povo santo e pecador.


É preciso que a nossa consciência nos ajude a refletir esses dois movimentos, para assim nos impulsionar no projeto da salvação. Esse impulsionar, é despertar o nosso olhar para as misérias, injustiças e contradições que vivem o nosso povo.


É como diz São Bento: Et Ora Labore – Oração e Trabalho. E também a carta de São Tiago: (Tg 1,17) “Assim também é a fé: sem as obras, ela é completamente morta”.


Portanto, quando nos reunimos liturgicamente em assembléia, faz-se a necessidade de levarmos em consideração dois pontos fundamentais da nossa fé: eucaristia e vida. Esses dois pontos andam juntos no nosso dia-a-dia.


Celebremos a ação litúrgica do memorial da paixão e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

José Roberto P. da Cunha -Prof. de Filosofia / Ministério de Crisma

EVANGELHO DO DIA

Ano A - Dia: 14/06/2008


Os juramentos

Mt 5,33-37

- Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: "Não quebre a sua promessa, mas cumpra o que você jurou ao Senhor que ia fazer." Mas eu lhes digo: não jurem de jeito nenhum. Não jurem pelo céu, pois é o trono de Deus; nem pela terra, pois é o estrado onde ele descansa os seus pés; nem por Jerusalém, pois é a cidade do grande Rei. Não jurem nem mesmo pela sua cabeça, pois vocês não podem fazer com que um só fio dos seus cabelos fique branco ou preto. Que o "sim" de vocês seja sim, e o "não", não, pois qualquer coisa a mais que disserem vem do Maligno.


Comentário do Evangelho

A doutrina dos fariseus

No Sermão da Montanha, relatado por Mateus, Jesus põe-se a falar e ensinar as multidões e os discípulos. O sermão termina com a observação de que Jesus "ensinava com autoridade e não como os escribas". Com seu texto, Mateus visa confirmar suas comunidades, predominantemente formadas por judeu-cristãos, na fé em Jesus. É Jesus que ensina com autoridade e não os escribas. A parte inicial do sermão destaca que o cumprimento da Lei e dos Profetas se dá na novidade de Jesus em relação à Lei antiga. Mateus apresenta seis contraposições entre a doutrina dos fariseus e a novidade anunciada por Jesus. A novidade de Jesus é enfatizada pela repetição em cada contraposição: "Ouvistes o que foi dito aos antigos... eu porém vos digo"...
O recurso ao juramento indicava que era comum a falsidade e a dissimulação no convívio social de Israel. A necessidade de jurar significa que, comumente, não há confiança na palavra pronunciada. Jesus propõe a seus discípulos uma nova atitude de vida, um novo relacionamento comunitário fundado na sinceridade. O juramento é desnecessário onde tudo se faz com sinceridade de coração, com amor e respeito ao irmão e a Deus.

Oração

Pai, seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.