sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

EVANGELHO DO DIA

Ano C - Dia: 19/02/2010



Jejum de um coração arrependido

Leitura Orante


Mt 9,14-15



Então os discípulos de João Batista chegaram perto de Jesus e perguntaram:
- Por que é que nós e os fariseus jejuamos muitas vezes, mas os discípulos do senhor não jejuam?
Jesus respondeu:
- Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar tristes enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar! 

Comentário do Evangelho

Um novo tempo

Os discípulos de João Batista questionam Jesus e seus discípulos sobre a não observância do jejum. Estes discípulos de João seguem a mesma prática de observância dos fariseus, os quais se vangloriavam de seguir a tradição de jejuar duas vezes por semana. Esta narrativa exprime as dificuldades resultantes do fato de que grupos de discípulos
de João não se inseriram nas comunidades do movimento de Jesus. João Batista não pretendeu formar seguidores em torno de tais práticas de penitência. Foi até duro com os fariseus observantes, chamando-os de "raça de víboras". O essencial para João era a conversão à prática da justiça. Seguindo uma tendência que se vê com frequência, seus discípulos se apegaram às observâncias religiosas regredindo às práticas dos fariseus.
A afirmação final: "Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então jejuarão" pode indicar uma referência do evangelista em vista da retomada da observância do jejum, também por parte dos discípulos judeo-cristãos, depois
da crucifixão de Jesus. Jesus afirma que sua presença, como que um noivo que se alegra com seus convidados para o casamento, significa um novo tempo em que todos são convidados para a comunhão de vida eterna com o Pai. É tempo de alegria geral. É a festa da vida que estava esmagada e sofrida e que é resgatada por Jesus.

Autor: José Raimundo Oliva
Fonte: paulinas.org

NOSTALGIA

Confraternização de fim de ano.

Com a proximidade dos 20 anos do GLM vem chegando a nossa redação parte da trajetória dos arquivos dos nossos amigos. Aguardem as próximas!

Memória curta

E aí a gente vai largando as chaves, o celular, o papelzinho com o telefone do marceneiro... E nunca sabe onde deixou.
Onde foi mesmo que eu larguei a caneta?
Hum, eu conheço aquele cara não sei de onde...
Como é mesmo o nome dele?

Você é assim também?

Memória fraca, né?
Será que é a idade que vai chegando...
Ou será sabedoria?

Eu gosto de deletar certas coisas da mente.
Se a gente descarta alguns pensamentos, é porque eles não são importantes mesmo.

Outro dia eu esbarrei numa pessoa no shopping.
Olhei, olhei, e senti que aquele rosto era familiar.
Cumprimentei educadamente, mas não parei para conversar.
Acredito que o meu sorriso foi o suficiente pra disfarçar o esquecimento.

Horas depois, em casa, bingo!!!
Lembrei de onde eu conhecia aquela cara.
Foi alguém do passado que me magoou.
A gente brigou e nunca mais se viu.

Senti um alívio danado por não ter lembrado da mágoa naquela hora.

E descobri que memória curta não é coisa da idade, não...
É sabedoria mesmo.
Esquecer um ressentimento é coisa de gente grande.
Gente de bem com a vida.
Gente que não se ocupa de remoer mágoas.

Essa coisa de lembrar só o que é importante e feliz é a tal memória seletiva.
Coisa que todo mundo deveria fazer.

O mesmo com os olhos e ouvidos...
Ouça e veja só o que faz bem pra alma.

Sabedoria pra mim é isso:
Ficar esquecido de episódios tristes.
Surdo de ruídos nocivos.
Cego de visões distorcidas...

Enquanto a memória falha, eu vou ficando melhor como pessoa....
E lembrando só do que vale a pena.
Do que é necessário. Só o essencial.

Confesso que esqueci onde larguei a chave do carro..

Mas eu lembrei de uma coisa ótima:
Não tenho a menor idéia do que me aborreceu ontem...

Porque hoje eu tô muito feliz!

TEXTO: Lena Gino