segunda-feira, 2 de maio de 2011

Homicídio é causa da morte de quase 40% dos jovens, diz pesquisa



Estudo do Ministério da Justiça considera juventude período de 15 a 24 anos.
Entre 1998 e 2008, 1,8% dos óbitos de adultos foi causado por homicídios.

 Estudo divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Ministério da Justiça mostra que o homicídio é a principal causa de morte de jovens entre 15 e 24 anos no Brasil. Elaborado pelo Instituto Sangari, o estudo “Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil” mostra que entre 1998 e 2008 o homicídio foi a causa da morte de 39,7% dos jovens no Brasil. Na população adulta, 1,8% dos óbitos foi causado por homicídios.

“Os índices nos deixam muito além do que gostaríamos que estivesse ocorrendo”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, que coordenou o estudo, afirmou que a situação no Brasil é “epidêmica”. “A taxa de homicídios entre jovens está três vezes acima da média internacional. Ainda é muito elevada se levarmos em conta o contexto externo”, explicou.

O estudo tem como fonte os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. No mapa, foram adotadas as definições da Organização Pan-Americana de Saúde (OPS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), nas quais o período da juventude vai dos 15 aos 24 anos.
 
Taxa de mortalidade

Segundo o estudo, a taxa de mortalidade da população brasileira caiu de 633 em 100 mil habitantes, em 1980, para 568, em 2004. Apesar disso, a taxa de mortalidade juvenil manteve-se praticamente inalterada ao longo do período, registrando um pequeno aumento. Passou de 128, em 1980, para 133 a cada 100 mil jovens, em 2008.
De acordo com o estudo, as epidemias e doenças infecciosas , principais causas de morte de jovens há cinco décadas, foram gradativamente substituídas por “causas externas”, tais como acidentes de trânsito e homicídios.

O Mapa da Violência também analisou as mortes de jovens causadas por acidentes de trânsito e suicídios. De acordo com o estudo, entre 1998 e 2008, a taxa de mortes no trânsito entre a população jovem foi de 32,4%. Entre a população adulta, a taxa foi de 26,5%.

No período de 1998 a 2008, a taxa de suicídio entre os jovens aumentou 22,6%, passando de 1.454 sucídios, em 1998, para 1.783 , em 2008.

Fonte: G1 Brasil

Somente Deus é o senhor da vida



§2258 "A vida humana é sagrada porque desde sua origem ela encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim; ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente."

Homicídio pecado que clama ao céu
§1867 A tradição catequética lembra também que existem "pecados que bradam ao céu". Bradam ao céu o sangue de Abel, o pecado dos sodomitas; o clamor do povo oprimido no Egito; a queixa do estrangeiro, da viúva e do órfão; a injustiça contra o assalariado.

§2268 O HOMICÍDIO VOLUNTÁRIO O quinto mandamento proscreve como gravemente pecaminoso o homicídio direto e voluntário. O assassino e os que cooperam voluntariamente com o assassinato cometem um pecado que clama ao céu. 

Homicídio em legítima defesa ou Homicídio involuntário

§2269 O quinto mandamento proíbe que se faça algo com a intenção de provocar indiretamente a morte de uma pessoa. A lei moral proíbe expor alguém a um risco mortal sem razão grave, bem como recusar ajuda a uma pessoa em perigo. 

A aceitação pela sociedade humana de condições de miséria que levem à própria morte sem se esforçar por remediar a situação constitui uma injustiça escandalosa e uma falta grave. Todo aquele que em seus negócios se der a práticas usurárias e mercantis que provoquem a fome e a morte de seus irmãos (homens) comete indiretamente um homicídio, que lhe é imputável

O homicídio involuntário não é moralmente imputável. Mas não está isento de falta grave quem, sem razões proporcionais, agiu de maneira a provocar a morte, ainda que sem a intenção de causá-la.


Trechos retirados do Catecismo da Igreja Católica

Como encarar o sofrimento

Na época de Buda, uma mulher chamada Kisagotami sofreu a morte do seu filho único. Sem conseguir aceitar o fato, ela corria de um a outro, em busca de um remédio que restaurasse a vida da criança. Dizia-se que o Buda teria esse medicamento.

Kisagotami foi ao Buda, fez-lhe reverência e apresentou seu pedido:

- Buda pode fazer um remédio que recupere meu filho?

- Sei da existência desse remédio – respondeu o Buda. – Mas, para fazê-lo, preciso ter certos ingredientes.

- Quais são os ingredientes necessários? – perguntou a mulher, aliviada.

- Traga-me um punhado de sementes de mostarda – disse o Buda.

A mulher prometeu obter o ingrediente para ele; mas, quando ela estava saindo, o Buda acrescentou um detalhe:

– Exijo que a semente de mostarda seja retirada de uma casa na qual não tenha havido morte de criança, cônjuge, genitor ou criado.

A mulher concordou e começou a ir de casa em casa à procura da semente de mostarda. Em cada casa, as pessoas concordavam em lhe dar as sementes; mas, quando ela lhes perguntava se havia ocorrido alguma morte naquela residência, não conseguiu encontrar uma casa que não tivesse sido visitada pela morte.

Uma filha nessa aqui, um criado na outra, em outras um marido ou pai haviam morrido. Kisagotami não conseguiu encontrar um lar que fosse imune ao sofrimento da morte. Vendo que não estava só na sua dor, a mãe desapegou-se do corpo inerte do filho e voltou ao Buda, que disse com enorme compaixão:

- Você achava que só você tinha perdido um filho. A lei da morte consiste em não haver permanência entre todas as criaturas vivas.

(Texto retirado do livro “A Arte da Felicidade” de Dalai-Lama e Howard C. Cutler, Ed. Martins Fontes)