quinta-feira, 9 de setembro de 2010

CHAMADO AO DISCERNIMENTO

A campanha eleitoral já vai a meio caminho. E pelo visto, vai mal! Pois na verdade, não era isto que se esperava. Sobretudo, não se queria ver de novo a reincidência do clima de acusações entre candidatos, a pretexto de episódios obscuros, lançados à opinião pública com o evidente intento de servirem de pretexto para desestabilizar candidaturas adversárias. 

Uma campanha eleitoral tem a função constitucional de permitir que os candidatos devidamente inscritos no pleito, possam apresentar suas propostas de governo, ou suas plataformas de atuação nos parlamentos.

Para isto deveria servir, sobretudo, o horário gratuito por rádio e televisão. O tempo disponível, para esta apresentação, seria sempre escasso, e por isto, aproveitado ao máximo para detalhar as idéias, e assim convencer os eleitores a apoiá-las através do voto.

Esta a tarefa atribuída à campanha eleitoral. Infelizmente não é isto que está predominando. Se olhamos as últimas campanhas, o panorama se repete. Em vez de clareza e objetividade em descrever problemas e apresentar propostas de soluções, são jogados para a opinião pública episódios com a evidente intenção de fazer deles pretexto para desestabilizar candidaturas adversárias. 

Salta aos olhos que se faz necessária uma mudança radical na legislação eleitoral. Sobretudo para excluir, de vez, o vezo das acusações mútuas, ou o deboche da própria missão da política, que são as duas pechas que mais estão depreciando a campanha eleitoral deste ano.

Simplesmente, deveria se colocar com rigor a linha de procedimento. Cada candidato só poderia usar o tempo disponível para apresentar suas propostas, podendo mostrar por que, na sua opinião, são melhores de outras propostas, que também poderiam ser citadas para ressaltar as diferenças. Mas sempre em termos de propostas, para as quais se pede o apoio dos eleitores.

O tempo de campanha é a melhor época para perceber os aprimoramentos que deveriam ser feitos em nossa legislação política.

Pois o que se constata é constrangedor. A prática consegue anular as boas intenções das próprias leis que já tentaram melhorar nossa democracia. Conseguiu-se, por exemplo, uma lei para coibir a compra de votos. Mas o que se observa é que só consegue fazer campanha quem tem dinheiro. Na prática, os votos continuam sendo comprados.

Aprovou-se a lei da "ficha limpa", mas para frustrar suas intenções só falta o Supremo Tribunal Federal declarar que ela não se aplica para estas eleições.

Em todo o caso, temos nas mãos o melhor dos instrumentos da democracia, que é o voto. Com ele, podemos mostrar que já não queremos mais candidatos que esperam se eleger inventando acusações contra os seus adversários políticos.

Enquanto isto, já podemos nos mobilizar para exigir uma reforma política que comece por disciplinar melhor as campanhas eleitorais, para banir de vez os episódios que vêm marcando as últimas campanhas realizadas no Brasil.

Dom Demétrio Valentini   
Bispo de Jales (SP) e Presidente da Cáritas Brasileira

A IMPRENSA MOSTRA O SEU LADO ?

Vejam as manchetes desta quinta-feira, 9 de setembro de 2010, nos três principais jornais do país.

Folha de S. Paulo:
“Escândalo da Receita – Investigada consultou dados do genro de Serra”.

O Estado de S. Paulo:
“Genro de Serra teve sigilo fiscal violado”.

O Globo:
“Serra reage e diz que Lula serve à estratégia `caixa-preta´do PT”.

Parece uma gincana, não há outro assunto no mundo. É como se todos os jornais tivessem o mesmo pauteiro e o mesmo editor. Embora se refira a casos de violação fiscal ocorridos no ano passado, a notícia é requentada dia a dia com algum ”fato novo” que justifique a manutenção da rubrica “escândalo da receita”.
Até algumas semanas atrás, antes da disparada da candidata Dilma Roussef em todas as pesquisas, abrindo larga vantagem sobre José Serra, que chega a 33 pontos no último tracking do Vox Populi/Band/iG, a nossa velha mídia ainda procurava, de alguma forma, manter as aparências de neutralidade com aquela história de jornalismo “isento”, “apartidário”, “independente”.

Agora, que parece não ter mais jeito de virar o placar nas pesquisas com bom-mocismo, resolveram abrir o jogo e rasgar a fantasia, sem nenhum pudor. Das manchetes ao noticiário, passando pelos editoriais e colunas, a ordem é desconstruir a pessoa e a candidatura de Dilma, e bater sem piedade no governo Lula.
Aonde querem chegar? Quem eles ainda pensam que enganam? A julgar pela maioria dos comentários publicados neste Balaio, leitores e telespectadores já estão vacinados, sabem quem é quem e o que está em jogo.

Como os números das pesquisas não reagem às doses cavalares de fatos negativos, apesar de o país da mídia viver uma interminável crise do fim do mundo, só posso acreditar que se trata de uma estratégia Jim Jones. Bater em Dilma e no PT, tudo bem, estão todos de acordo. Só não descobriram ainda como alavancar a campanha da oposição. Promovem debates e sabatinas quase todo dia para dar uma fôrça, mas até agora não teve jeito.   

Um forasteiro que tenha chegado ao Brasil esta semana, e procurasse saber pelos jornais e no Jornal Nacional da TV Globo o que está acontecendo por aqui, a 24 dias da eleição presidencial, poderia imaginar que desembarcou no país errado, em algum lugar estranho e perigoso, na região mais pobre e menos democrática do continente africano.

Sob o título “O país de Lula: esgoto em baixa, consumo em alta”, o jornal O Globo, que se supera a cada dia, pinça números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2009), divulgada esta semana pelo IBGE, para concluir na chamada de capa: “O desemprego subiu na crise, mas o brasileiro comprou mais DVDs e máquinas de lavar”.

Sem explicar como um país de  desempregados investe em eletrodomésticos, o jornal esqueceu de dizer que os empregos perdidos na crise do ano passado já foram recuperados, com folga, em 2010 _ o que explica a teimosia das pesquisas em manter os índices de aprovação do governo Lula em torno de 80%.

Para publicar o título “O presidente Lula passou dos limites”, com direito a chamada na capa, o venerando Estadão, por sua vez, redescobriu o cientista político José Álvaro Moisés, tão conhecido que se viu obrigado a publicar uma nota “Quem é” para o leitor saber de quem se trata. Entre seus títulos acadêmicos e experiências em “teoria democrática e comportamento político”, porém, o jornal só omitiu o fato de que o professor e cientista Moisés foi sub-ministro da Cultura no governo Fernando Henrique Cardoso.

Já a Folha, que resolveu publicar um caderno especial de eleições a partir desta semana, entre tentativas de fazer humor político misturado com jornalismo sério, tem se dedicado a investigar o passado da ex-ministra Dilma Rousseff, desde os seus antepassados búlgaros, que ela nem conheceu. Até agora, estranhamente, não se interessou em fazer matérias sobre o passado dos outros candidatos, como se todo mundo tivesse a obrigação de já conhecer as histórias deles.
 Critérios são critérios, eles dirão, ninguém tem nada com isso. A liberdade de imprensa deles, aquela que defendem com tanto fervor, está acima de tudo _ dos fatos, das leis, da isonomia e do direito da sociedade de ser informada com um mínimo de honestidade sobre o que está acontecendo.


Ricardo Kotscho,
Repórter e Jornalista

CATÓLICOS VOLTEM PARA CASA !


Independência ou Morte? Dúvida cruel !

É sempre assim..., em ano de eleição aparece de tudo, principalmente, candidatos com projetos avançados que só surgem próximo das eleições. Leiam o artigo abaixo a respeito da proposta do Deputado Nelter Queiroz de "proclamar a independência da Zona Norte". Salvo engano, não se tem notícia que o nobre deputado, tampouco, outros  parlamentares  tenham proposto projeto semelhante.

Também, mais de quatrocentos mil moradores ! Daqui a pouco vão propor que a Zona Norte passe a se chamar Zona Sul e todos os problemas se resolverão. Cuidado eleitor !!

Deputado do RN propõe desmembramento da Zona Norte de Natal em município

O deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB) apresentou um projeto de lei que propõe o desmembramento da Zona Norte de Natal e cria um novo município. O projeto foi apresentado na sessão desta quarta-feira na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

A proposta é de que a Zona Norte da capital vire o município chamado Governador Aluísio Alves. “ É uma homenagem justa ao povo da Zona Norte e à Aluísio Alves. É uma luta que tem que começar”, disse o deputado.

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

CANDIDATO A DEPUTADO - Filho de governadora envolvido em escândalo


Candidato Lauro Maia, filho da ex-governadora Wilma de Farias. Ele concorre  a uma vaga na Assembleia Legislativa, apesar de estar muito enrolado em processo criminal, onde é acusado pelo crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa. Haja dinheiro para pagar advogados !

O filho da mamãe, digo, da então Governadora, ficou nacionalmente conhecido porque foi preso na Operação Hígia deflagrada pela Polícia Federal.  Ele foi acusado de receber R$ 75 mil por mês por trabalhar como “catalisador dos contratos celebrados entre o Estado do Rio Grande do Norte e as empresas investigadas”. Que saber mais? Clique aqui.


 
Filho da Governadora preso.  Repercussão nacional !  Ele (Laura Maia) não é considerado ainda  ficha suja, mas você tem coragem de contratá-lo para fazer leis e fiscalizar o executivo? Rapaz, vai resolver os teus problemas com a Justiça e depois tenta ganhar uma eleição...