Festas juninas é tempo de oração aos santos juninos (São João, São Pedro, São Paulo e Santo Antonio), mas também é de forró, quadrilha, comida de milho e muito mais. Vamos neste espaço lembrar dos mestres do forró a começar por DOMINGUINHOS ! O "homem que urbanizou o forró".
José Domingos de Morais (Garanhuns, 12 de fevereiro de 1941), conhecido como Dominguinhos, é um instrumentista, cantor e compositor brasileiro.
Exímio acordeonista, teve como mestres nomes como Luís Gonzaga e Orlando Silveira. Tem em sua formação musical influências de baião, bossa nova, choro, forró, jazz etc.
A vida de José Domingos mudou quando ele, aos sete anos (1948), foi descoberto pelo Rei do Baião exibindo-se nas feiras e portas de hotéis de sua cidade, Garanhuns, Pernambuco. O rei do baião, no auge, encantou-se com Dominguinhos e prometeu apadrinhá-lo se ele viesse para o Rio, o que só aconteceria em 1954.
Em 1967, Luiz Gonzaga levou Dominguinhos para gravar discos instrumentais de forró em seu selo Cantagalo, no qual ele estrearia como solista e trabalharia também como acompanhante. Como Luiz Gonzaga (que o projetou no show Volta para Curtir, em 1972), Dominguinhos deve a virada em sua carreira ao incentivo e parceria com os baianos já na fase pós-tropicalista (Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso) . O seu leque de parcerias inclui Fausto Nilo (Pedras que Cantam) a Chico Buarque (Tantas Palavras, Xote da Navegação). Com o também pernambucano Nando Cordel, ele fez a toada lenta De Volta pro Aconchego, um estouro na voz de Elba Ramalho, e o forró Isso Aqui Tá Bom Demais, gravado em dupla com Chico Buarque.
A bordo do instrumento que o consagrou, Dominguinhos consegue ser melodioso até o lamento de dor ou incendiar um forró apinhado de dançarinos. Seu fole descende do mestre de todos Luiz Gonzaga, mas ele também é um criador com autonomia.