sexta-feira, 2 de abril de 2010

Compaixão e comunhão: duas chaves para ler o mistério da paixão de Jesus



Ao aproximar-se a celebração da Páscoa é de se esperar que o melhor de nossa atenção se volte para o mistério da Paixão de Jesus, na qual a Revelação cristã diz que se revelou nossa salvação definitiva. 

No entanto, em nossa cultura de hoje, que valoriza o bem-estar, o prazer, o ter, pode ainda encontrar na contemplação de um Crucificado  a chave para entender sua própria vida?  Mais ainda: a Revelação do Deus Todo Poderoso e Criador, que nunca ninguém viu, pode ser visto e contemplado na figura des-figurada do pobre carpinteiro de Nazaré, entregue à justiça dos homens e por ela injustamente condenado, torturado e morto?  

Com palavras radicais e impressionantes, o apóstolo Paulo descreve o mistério que o fascinou no caminho de Damasco e mudou sua vida, convertendo-o de perseguidor em perseguido: o mistério do abaixamento e humilhação do Verbo de Deus até as últimas consequências.  Trata-se do famoso hino cristológico que está no 2º capítulo da Carta aos Filipenses: