quinta-feira, 23 de junho de 2011

ASPAS


"Não ame por beleza,pois um dia ela acaba,
não ame por adimiração, pois um dia posso me decepcionar.
Ame apenas, pois o tempo nunca poderá apagar um amor sem explicação."

Madre Tereza de Calcutá

EVANGELHO DO DIA

Ano A - Dia: 23/06/2011

 
Eu sou o pão vivo que desceu do céu


Jo 6,51-58


"Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo". Os judeus discutiam entre si: "Como é que ele pode dar a sua carne a comer?" Jesus disse: "Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por meio do Pai, assim aquele que de mim se alimenta viverá por meio de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram - e no entanto morreram. Quem se alimenta com este pão viverá para sempre". 

Fonte: Paulinas.org

Corpus Christi, Festa Eucarística


1. A Eucaristia nos enche de enlevo. É o sacramento mais suave para a devoção, o mais belo para a inteligência, o mais santo pelo que encerra. É maior dos milagres, mistério inefável da fé, tesouro que a Igreja recebe de seu Esposo como penhor de amor imenso. É força para dominar as paixões e prevenir faltas graves; alimenta as virtudes, consola os aflitos, fortifica os fracos, educa os costumes, ensina a humildade e simplicidade. É vida da alma, saúde do espírito, vigor da vida, força da concórdia, “coração e centro da liturgia”. (Paulo VI)

2. Cada um de nós na Eucaristia é amado ao extremo, com um amor-entrega, amor ao exagero, amor sem medidas, amor imolado, que nos faz sensíveis aos sofrimentos, misérias e injustiças, nos faz misericordiosos.

3. Jesus eucarístico é o maior bem da Igreja, a melhor catequese, a saciedade das fomes do mundo inteiro. Ele que nos assimila. Somos uma só coisa com Ele, um só espírito (ICor 6,17). A todos os que comungam Jesus diz: sois ossos de meus ossos, carne de minha carne (Gn 2,23). Assim a carne do irmão não é nossa, é do Senhor. O outro é seu tabernáculo. Jesus poderia transformar pedras em pão, preferiu transformar o pão em seu corpo e Pedro em rocha. A Eucaristia prenuncia muitas transformações: a morte em ressurreição; o pão e o vinho no corpo e sangue do Senhor; a criação em novo céu e nova terra e enfim nossa transformação pessoal.

4. Na Eucaristia encontramos Jesus vivo, amigo, confidente, pois os amigos se freqüentam, dedicam tempo um ao outro. O sacrário é um pólo de atração e de irradiação pastoral. O Senhor ali está em ação, pois a Eucaristia é um sacramento dinâmico. É um mistério de presença onde Jesus nos espera e nos procura. Ele está presente mas nós muitas vezes estamos distantes. “Se quereis receber poucas graças fazer poucas visitas a Jesus sacramentado, se ao contrário, quereis muitas graças muitas graças fazei muitas visitas” (Dom Bosco).
 
5. Sem Eucaristia sofremos fome e solidão. Quanto mais eucarísticos, melhores seremos, mais humanos e mais cristificados. Nada mais suave, nem mais eficaz que a Eucaristia para nos conduzir à santidade (João Paulo II). Aquele que céu não pode conter, é nosso inquilino, nosso vizinho, nosso prisioneiro no sacrário, e a mais bela catedral é o coração humano. A procissão de Corpus Christi recorda o êxodo, a saída para a terra prometida, a marcha da liberdade, a peregrinação em direção ao próximo, a caminhada para a missão, a viagem definitiva para a Casa do Pai. A Igreja é o “caminho” (Atos 9,2). O Sacramento do altar nos faz Igreja pé na estrada, Igreja que vai ao povo. Jesus é o companheiro de nossas estradas.

6. A Eucaristia é tesouro espiritual da Igreja, plena manifestação do amor, vida da Igreja, mistério de luz, fonte inesgotável de santidade, mistério de misericórdia e do amor sem limites, remédio de imortalidade, um pedaço do céu na terra, um raio de glória. Nela se dá a transformação do mundo, porque é o sacramento supremo da paz e da unidade, é um tesouro demasiado grande e precioso. Isso gera um grande enlevo. Sua celebração não permite reduções nem instrumentalizações. É estimulo na peregrinação e na dedicação diária ao trabalho, à família, aos irmãos. Sendo a celebração do lava pés, não pode ser celebrada num contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres. Tal celebração seria indigna. A adoração e visita ao Santíssimo Sacramento deve ser estimulada. É bom demorar-se com o Senhor, dedicar tempo ao Amigo, inclinar-se sobre seu peito, deixar-se tocar pelo amor infinito do seu coração. Adoração é atitude de amor. É a primeira das devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós. (João Paulo II)

Dom Orlando Brandes
 

CANTAR E REZAR !