segunda-feira, 16 de junho de 2008

EVANGELHO DO DIA

Ano A - Dia: 16/06/2008


A vingança

Mt 5,38-42

- Vocês ouviram o que foi dito: "Olho por olho, dente por dente." Mas eu lhes digo: não se vinguem dos que fazem mal a vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Se alguém processar você para tomar a sua túnica, deixe que leve também a capa. Se um dos soldados estrangeiros forçá-lo a carregar uma carga um quilômetro, carregue-a dois quilômetros. Se alguém lhe pedir alguma coisa, dê; e, se alguém lhe pedir emprestado, empreste.

Comentário do Evangelho

A lei do talião

Em continuação à série de contraposições que mostram a novidade de Jesus em relação à Lei e aos Profetas, Mateus nos apresenta a contraposição entre a vingança e a mansidão. Com freqüentes referências ao Primeiro Testamento, Mateus dirigia-se às suas comunidades de judeu-cristãos. Segundo a "lei do talião", na tradição de Israel, a vingança exige "vida por vida, olho por olho, dente por dente, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe" (Ex 21,23-25). Essa é a expressão do culto ao espírito vingativo e cruel, com a perpetuação da violência. É o espírito que anima, hoje, os poderosos neoliberais, assentados na matriz ou nas filiais, que praticam a violência branca da injustiça ou a violência ostensiva da guerra, com o poder do dinheiro. Aos oprimidos que buscam a libertação, eles respondem com a violência das armas, não um por um, mas dez por um. A ambição do dinheiro desconhece o amor. A contraposição à lei do talião é expressa, no evangelho, por uma hipérbole literária, simbólica, que significa: renunciar absolutamente ao reagir à violência pela violência. Rompendo com a cadeia de violência, o discípulo deve aplicar-se ao amor sem limites, na construção da paz.

Oração
Pai, não permitas que a violência tome conta do meu coração; antes, torna-me capaz de responder, com gestos de amor, a quem me faz o mal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente é muito difícil não sentirmos às vezes estes sentimentos de vingança e rancor surgirem dentro de nós, mas com certeza temos o dever de podá-los para que eles não cresçam. Comos cristãos temos a obrigação de perdoar, embora esquecer seja uma coisa bem mais complexa e inerente da natureza humana.