sábado, 26 de julho de 2008

LITURGIA

CNBB coloca limites aos “comentários” na Missa

Nota da Comissão de Liturgia sobre os Folhetos Litúrgicos

Nota da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia aos redatores dos “folhetos litúrgicos” a respeito das monições (comentários) antes da Liturgia da Palavra.


A COMISSÃO Episcopal Pastoral para a Liturgia (CEPL) realizou, nos dias 02 e 03 de julho de 2007, em Aparecida, São Paulo um encontro com os responsáveis pelos “folhetos litúrgicos” do Brasil.

O assunto estudado e debatido pelos participantes, com a ajuda de nossos assessores, foram os “comentários” apresentados nos folhetos litúrgicos em diversos momentos da celebração.

Com o pleno consenso dos participantes do referido encontro, a CEPL faz um apelo a todos os responsáveis pelos folhetos litúrgicos para que se apresente apenas um comentário para introduzir a Liturgia da Palavra, com a finalidade de preparar e dispor os fiéis a ouvirem atentamente as três leituras (1a. leitura, 2a. leitura e Evangelho). Assim não mais se teria, separadamente, um comentário para cada uma das leituras.

Optamos por essa decisão, para darmos mais valor à Palavra proclamada. Esta não pode ser interrompida ou intercalada com comentários e explicações que quebram sua unidade e o ritmo da celebração. A explicação e a atualização da Palavra devem ser feitas em seu local próprio, a homilia.

A assembléia litúrgica não é apenas destinatária da ação litúrgica, mas é protagonista, povo sacerdotal, não dependendo de “palavras de ordem” para participar. A liturgia não é apenas “palavra” mas uma ação ritual-simbólico-sacramental. Por isso, muito mais do que um “comentário”, é a atitude do leitor, do salmista, do diácono ou do presidente da assembléia que vai ajudar para que a Palavra seja ouvida e acolhida. Neste contexto, para uma frutuosa proclamação e acolhida da Palavra, adquirem muita importância o ambão, sua localização e sua ornamentação; um bom microfone; a veste litúrgica própria dos leitores, um refrão orante.

Na celebração litúrgica, as “introduções” prestam o serviço de “iniciar”, despertar, dispor a assembléia para a escuta atenta da Palavra. Para usarmos um termo dos Meios de Comunicação Social, estas “introduções” poderiam ser comparadas às “chamadas” que anunciam e preparam a assembléia para a escuta do Senhor.

Um comentário:

Simone Moreira disse...

Gostei bastante deste artigo, ainda não tinha lido nada semelhante sobre este assunto.
Parabéns Luiz pela informação oferecida, é sempre bom estar bem informado, ainda mais sobre assuntos de extrema importância para nós que fazemos parte da equipe de Liturgia da comunidade.