segunda-feira, 27 de outubro de 2008

"O QUE É AMAR A DEUS?"

Graças à preocupação de um fariseu que queria saber qual o maior dos mandamentos, ficamos sabendo que Jesus colocou os dois primeiros mandamentos – amar a Deus e amar o próximo – em pé de igualdade. Esses dois mandamentos não se opõem; ao contrário, complementam-se. Jesus lhes atribui idêntica importância. Eles são a síntese de um código de leis – toda a lei e os profetas dependem deles.

Ficamos sabendo que não precisamos nos afastar das pessoas para amar e nos encontrar com Deus. Ao contrário, o amor a Deus faz com que nos aproximemos das pessoas, e o amor ao próximo faz com que nos relacionemos com Deus. Amar a Deus é o primeiro mandamento, amar as pessoas é o segundo e semelhante ao primeiro.

A maior parte das pessoas sabe o que significa amar o próximo, mas quantas sabem o que é amar a Deus? Há quem pense que é cumprir a prática de devoções, oferecer-lhe sacrifícios e orações...; Nossa oração não tem como objetivo dar algo a Deus, mas faz com que nos mantenhamos dispostos a cumprir sua vontade. mas será que Deus necessita isso de nós? Jesus une os dois mandamentos para nos mostrar que a forma mais concreta e visível de chegar a Deus é através das pessoas. São João nos questiona: quem não ama o irmão que vê, como pode amar a Deus que não vê?

Amar, como nos propõe o evangelho, não é algo fácil, pois não é apenas um sentimento que temos pelo outro, mas é uma atitude de compromisso com ele. Amar é uma arte que devemos aprender e aperfeiçoar ao longo da vida. Amar faz parte da natureza humana.

O evangelho convida a amar o próximo. Portanto, convida a amar alguém bem concreto, que vive ao nosso lado, perto de nós, e não alguém abstrato, imaginário que vive na estratosfera. Nem sempre é fácil amar quem convive 24 horas por dia ao nosso lado, que vive sob o mesmo teto, que vê o mundo sob outro ponto de vista, que é antipático...

Jesus nos ensinou também a nos fazer próximos dos pobres. A exemplo dele que se aproximava do povo simples e necessitado, devemos nos tornar próximos daqueles que têm necessidades, que sofrem, que são esquecidos pela sociedade...


Padre Nilo Luza, ssp

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