sábado, 11 de outubro de 2008

Saiédi SaoB

Gosto das idéias expostas com calma, gosto! Não quero aquelas impostas por gritos, por olhares, por ironia, por menosprezo, por arrogância.

Gosto das idéias que, mesmo equivocadas, são discutidas, gosto! Não quero aquelas que devem ser aceitas de qualquer forma, sem diálogo, por serem “certas”.

Gosto das idéias que me envolvem, que me aproximam delas por sua mescla de racionalidade e subjetividade, gosto! Não quero aquelas somente objetivas, que não conseguem ver o outro e outras situações, mas apenas a si – talvez revelando quem é aquele(a) que as criou.

Gosto das idéias não obrigatoriamente originais, mas que, com o crivo da criatividade, parecem ser pioneiras, pela sua pertinência, pela sua funcionalidade, pela sua verdade, gosto!

Gosto das idéias que são fontes de transformação, gosto! Essas são incríveis: atuam independentes de vontades e tempo. Podem metamorfosear o seu alvo no mesmo instante ou não, mas o mudam... normalmente para melhor.

Gosto das idéias curtidas com a alegria da descoberta, da associação, dos bons sustos do prazer criativo, gosto! Elas fazem tanto bem. Querem saltar da garganta sem permissão, quão grande é sua força.

Gosto, enfim, das idéias que são cheias de boa vontade, que exalam sinceridade, sem as obscurescências que as limitam, gosto! Essas são livres para agir, e, por isso, agem, voam, alcançam seu fim.


Antonio Carlos
2008

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