segunda-feira, 9 de março de 2009

O CASO DA EXCOMUNHÃO PERNAMBUCANA

Como um caso de violência em família se transforma em celeuma em nível nacional, quiçá, internacional. A despeito do hediondo crime cometido contra uma criança de nove anos de idade, o Bispo de Recife e Olinda, Dom José Cardoso Sobrinho excomungou as pessoas que praticaram o aborto na menina de 9 anos de idade estuprada pelo padrasto. O ato do Bispo Católico aumentou ainda mais a dramaticidade e polêmica que envolve aquele caso.

Vozes se insurgiram a favor e contra a excomunhão dentro e fora da Igreja. Como já fora dito, este blog tem o compromisso do debate, do diálogo, do contraditório, de maneira que as pessoas sejam livres para tomarem as suas decisões.

Pesquisamos e publicamos, abaixo, duas maneiras de ver esta celeuma da excomunhão, bem como uma profícua reportagem que vê os dois lados envolvidos. Tirem as suas conclusões !

Sobre o aborto da menina de 9 anos

A Imprensa tem divulgado que o Sr. Arcebispo de Olinda e Recife, D. José Cardoso Sobrinho excomungou as pessoas que praticaram o aborto na menina de 9 anos de idade estuprada pelo padrasto. Na verdade, o Sr. Arcebispo não aplicou a pena de excomunhão aos que praticaram o aborto, ele apenas avisou que essas pessoas estavam excomungadas pelo “Código de Direito Canônico”, que prevê a excomunhão “latae sententiciae” (cânon 1398), ou seja, automática, para quem pratica o aborto ou colabora com a sua execução.

A Igreja não aceita o aborto em caso algum, nem mesmo em caso de estupro ou má formação congênita, porque o dom da vida só pode ser tirado por Deus. Apenas no caso de legitima defesa da vida, quando não há outra alternativa, pode-se tirar a vida do agressor injusto; nem de longe é o caso ocorrido com a menina. Jamais um feto pode ser taxado de agressor.


Os médicos poderiam ter tratado da menina com tudo o que a medicina tem de recursos, mas jamais matar as crianças. Se a criança no ventre da mãe vier a morrer por efeito secundário devido a um tratamento aplicado à mãe, nesse caso não há pecado, pois não se quis voluntariamente matar a criança.


Será que os médicos avaliaram se a menina poderia gerar os filhos e dá-los à luz, mesmo com o auxílio da cesariana? Sabemos que um feto pode sobreviver hoje fora do útero até com cerca de 400 gramas.


O aborto é uma violência inaudita que a Igreja considera um pecado gravíssimo, a ser punido com a pena máxima de excomunhão; brada justiça ao céu.


Um erro não justifica cometer outro; quem deveria ser punido é o estuprador e não as crianças gêmeas; o juiz deve punir o réu culpado e não as vitimas; dessa forma a Justiça age às avessas.


Prof. Felipe Aquino- Canção Nova






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