domingo, 8 de março de 2009

PROSA E POESIA !

Poema de Maurício Garcia alusivo a Campanha da Fraternidade 2009:


A CANTILENA DA PAZ
*M. C. Garcia

Clamo às musas da paz
Que me oriente agora
Neste meu canto pacífico
Diferente de outrora
Sou menestrel mensageiro
Que aqui a paz implora.

Eis uma nova atitude
De a paz se conquistar
Sócrates, Gandhi e Cristo
É tríade exemplar
Mas hoje, muito mudou
Então, a paz é cantar.

Cante pra corrupção
Aos que promovem a guerra
Cante para todo o mundo
Que vive sobre a terra
Cante sempre com amor
Que todo esse mal se encerra.

Cante para injustiça
Da fome do seu irmão
Cante para a vigarice
Da qual usa o patrão
Pois cante, porque o canto
Transcende em oração.

Meu poema canta a vida
Dos que são discriminados
Dos meninos inocentes
Que vivem abandonados
Sem escola, sem carinho
Sem punição dos culpados.

Cantemos pra que não surja
Entre nós o inimigo
Que possa vir disfarçado
Dizendo-se ser amigo
Meçamos seu coração
Se há ódio – há perigo!

Não darei grito de guerra
Porque eu não sou guerreiro
Faço meu canto de paz
Pois sou poeta altaneiro
Canto mais amor à vida
Como novo justiceiro.

Pois não se deve gritar
Grito é puro horror
Que se cante com beleza
Porque reflete o amor
Para que a humanidade
Supera a sua dor...

Poeta não usa arma
O poeta tem caneta
Escreve com o coração
Com a força de um cometa
Na escrita tem poder
Para salvar o planeta.

Caneta é para a vida
Arma é destruição
Escrevo está metáfora
Em nome da construção
Do bem, de toda justiça
Em forma duma canção.

Todo cuidado é pouco
Dobremos nossa atenção
Do que estamos fazendo
Em nome desta nação
Cantando ou trabalhando
Pela paz e união.

Façamos o nosso hino
Esta bela cantilena
Seja ela a bandeira
E também nosso dilema
Uma forma de oração
No cantar deste poema.

Escrevo como filósofo
Mas, coração de profeta
Quero que este meu canto
Dê à luz a qualquer meta
Voltada em nome da paz
Que traz o homem-poeta.

Pois sou M. C. Garcia
Gente igualmente a vocês
Porém, vivo a refletir
De quando será a vez
De o homem ser ele mesmo
Fugir do seu grande esmo
E deixar desse talvez...

*Poeta e Filósofo


Cantilena sf. 1. Cantiga suave ou monôtona. 2. Fam. Conversação ou repetição enfandonha



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