Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, mais de 15 milhões de brasileiros sofrem de algum problema auditivo. O que poderia ser um problema simples de ser resolvido vem ganhando espaço nas discussões da área. Estima-se que apenas 40% dos afetados reconheçam a doença e um número ainda menor procura atendimento médico. Entre os motivos estão a falta de informação e o preconceito, já que muitas pessoas escondem os sintomas.
A seriedade do problema levou a Sociedade a promover campanha na internet incentivando o uso consciente dos aparelhos. Utilizando uma linguagem jovem e uma roupagem descontraída, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva enfoca os mais diversos temas, como a saúde auditiva do idoso e dos jovens, o som alto, surdez ocupacional, perda auditiva induzida por ruído (Pair), a obrigatoriedade do teste da orelhinha e o uso incorreto dos fones de ouvido.
A auxiliar de escritório Kênia Amorim Almeida, 24 anos, adora ouvir música sempre que pode. “Aproveito a hora do almoço e, às vezes, fico uma hora e meia, direto, ouvindo música. Também ouço muito quando estou em casa e quando saio para pedalar”, conta. Um hábito constante que ela mantém há aproximadamente dois anos. “E gosto do som estonteante, no último”, revela.
De acordo com a fonoaudióloga Ana Lúcia Sallum, os problemas estão exatamente nesse hábito. “A exposição dos adolescentes a sons e ruídos cada vez mais intensos, e por períodos prolongados, leva a uma redução gradativa da sensibilidade auditiva, ligada ao nervo auditivo. É preciso conscientizar os jovens sobre a importância do uso moderado”, ressalta.
Fonte: Jornal da Manhã.
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