Eu conheço muita gente que namora e aparenta ser feliz. São beijinhos pra cá e beijinhos pra lá. Um chama o outro de painho, filhinho, morzinho, benzinho... Tantos “inhos e mais inhos”. Sinceramente, às vezes eu fico chateado quando esses INHOS são repetidos demasiadamente no intervalo de poucos minutos. Acho que tudo em exagero perde o sentido e a beleza. Compreendo que quando estamos ao lado de quem gostamos sentimos vontade de demonstrarmos o nosso carinho e a nossa alegria em ter aquela pessoa com a gente. Mas, devemos usar a nossa consciência diante dos outros.
Lógico que nunca manifesto o meu incômodo com a maneira de tratamento que vejo entre alguns casais de namorados. Apesar de ser uma pessoa sincera, não tenho coragem de falar que não estou gostando de vê-los com aquela melação toda na tentativa de demonstrar o seu sentimento.
Sempre que me deparo com cenas assim fico me perguntando se aquele casal se ama de verdade. Compreendo e, posso está errado, que existe em ambos o desejo das pessoas verem que o “amor” mora no coração daqueles dois. Quando na verdade, dentro de casa, a história é outra. Há desentendimentos, trocas de acusações, mentiras, infidelidades... desilusões. Mas, diante dos outros, o casal tem a intenção de mostrar que está tudo bem. Eu não acredito em um casal que se trata com muitos INHOS. Creio mais naquele casal que se trata com respeito, com seriedade e que não fica preocupado em demonstrar o tempo todo para os outros o tamanho do seu amor.
É tão bom amar em silêncio e andar de mãos dadas com um sorriso no rosto, um ar de felicidade e a certeza em mente do amor no coração. Faz-se necessário mais alguma coisa?
Sabe agora me lembrei de uma passagem na Bíblia que diz mais ou menos o seguinte: Se queres orar entra em teu quarto, fecha a porta e ora em silêncio...
Então não acho que haja a necessidade de sair por aí dizendo pra todo mundo que ama fulano, sicrano, beltrano enfim. Pergunto: Estou sendo mal educado e grosso?
Já dei flores, já contratei mensagens ao vivo, já escrevi muitas declarações de amor, já disse em público que estava amando, já chorei por amor, já escrevi cartas anônimas de amor por muito tempo e enviei pelo correio (S..A), já passei a noite toda enchendo 2000 bolas de aniversário e joguei-as dentro do quarto em que a pessoa dormia na intenção de faze-la feliz quando acordasse no dia seguinte, já liguei de madrugada apenas para dizer que eu estava morrendo de saudades... Já fiz tantas coisas por amor. Mas nunca gostei de ouvir alguém me chamar de Benzinhooo, Morzinhooo, Painhooo, filhinhooo...
Talvez eu seja um idiota. Talvez eu não tenha noção do tamanho de um sentimento. Talvez eu seja ignorante, grosso, imbecil... Talvez. Mas, é que esses diminutivos todos me deixa irritado porque no fundo, talvez, o verdadeiro amor passe bem longe do coração que se diz apaixonado. Desculpem-me. Essa é apenas uma opinião de alguém insignificante.
Se esse texto incomodou você, ignore-o. Mas não deixe de ser minha amiga ou o meu amigo. Só senti vontade de dizer em palavras escritas algo que penso e sinto diante de comportamentos “sentimentais demais”.
2 comentários:
Parabéns mais uma vez pelo texto!
Você não pensa só, também concordo.
Conheço a realidade de muitos casais q são exatamente assim. Acredito que as grandes provas de amor estão na prática do perdão, da tolerância e do respeito. Essa coisa de viver de aparência realmente é horrível! Fica pra quem gosta.
Obrigado Leandra... Nós conhecemos tantos casais assim, né???
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