domingo, 31 de janeiro de 2010

Eu esqueço! NÓS, Não...



Achei uma mensagem bem bacana no site da cantora gospel Nívea Soares e decidi dividir com vocês.

O texto fala sobre o culto ao suicído, prática cada vez mais cumum nos últimos tempos. Quem não lembra do suicídio da jovem potiguar Isabelle Araújo, em outubro do ano passado. Classe média alta, 20 e poucos anos, esbanjando saúde e beleza em seus perfislocalizados nas mais diversas redes sociais... Mas com um detalhe: se definia como uma pessoa depressiva!

Nesta quinta-feira, lendo o Joral de Hoje - edição manhã - me deparei com a foto de uma mulher sentada do lado de fora de uma das janelas do fórum Miguel Seabra Fagundes e a seguinte manchete: "Mãe tenta suicídio após perder guarda do filho na Justiça".

Eu não posso sentir - muito menos julgar - o que se passa na mente de uma pessoa que cojita o suicídio. Mas posso garantir, seja qual for esse motivo, que essa atitude não é o fim. É na verdade o início de muito sofrimento para quem fica aqui. Quem tem que segurar a barra, a desestrutura da família, entre outros desdobramentos.

Costumo dizer lá em casa, quando minha mãe sente-se mal e se recusa a procurar um médico, que seria muito fácil se ela morresse e não deixasse saudades, sofrimento, dor...

Sei que sem minha mãe, nada: minha casa, minha vida, minha cabeça, meu coração será o mesmo. Então apelo para o sentimental e ela acaba percebendo a necessidade de se cuidar, tanto por ela quanto por nós.

É isso que falta aos suicídas. Tomados pelo Egoismo eles esquecem seu próximo. Esquecem o mal que causam aos que precisam enterrá-los. Conjugam o verbo Esquecer apenas na primeira pessoa e nos impedem de fazer o mesmo!


Abraços,
Italo Amorim

Confiram as palavras do Pr. Jorjão:

"Hoje vivemos um tempo de culto ao suicídio. Vemos isso nos filmes e seriados que os nossos adolescentes e jovens estão assistindo. A depressão, a angústia, a rejeição e a vergonha são algumas das causas de suicídios e de tentativas de suicídio.

A rejeição é uma causa das mais fortes de depressão. Hoje vemos milhares de jovens sendo “criados” por babás eletrônicas (TV, vídeo games, internet) por causa da ausência paterna e de referência. E nos filmes e seriados dessa geração se percebe claramente um “culto” à depressão como se fosse um estado de ânimo natural. Eu pude ver um filme recentemente onde a atriz principal por varias vezes declara que deseja entregar sua alma às trevas, e tenta cometer suicídio varias vezes para “chamar a atenção” da pessoa amada (neste caso um vampiro “bonzinho”). Esse filme é um sucesso de bilheteria. Parece um filme romântico “normal”. Mas me preocupa o que está por trás disso, e o que esse filme esta provocando nos nossos jovens. Hoje em dia o vampirismo se tornou algo normal e corriqueiro. Na minha mocidade o vampiro era “o capeta”. Hoje parece que temos “demônios do bem e demônios do mal”.

Mas Jesus disse “venham a mim”. Ele não disse abandonem tudo, fujam, corram. Ele disse “venham”. Ele chama para o descanso. Ele é o único que pode dar o verdadeiro descanso para nossas almas. Eu duvido que um suicida encontre descanso. Nem para ele nem para as pessoas que queridas que ficam chorando e sofrendo.
Nós temos para onde ir meus queridos. Não estamos sozinhos; Jesus esta chamando para um descanso literalmente nos braços Dele. Se você for rejeitado “venha a Mim”. Se ficar envergonhado “venha a Mim”. Se estiver deprimido “venha a Mim”. Angustiado “venha a Mim”. E Eu lhe darei descanso."

* Texto publicado originalmente em 12/01/2010, no niveasoares.org

Um comentário:

Luiz Teixeira disse...

No ano passado, num saudoso "Cinema na Comunidade" em uma saudosa "Campanha da Fraternidade", apresentamos o filme Batismo de Sangue e, na ocasião, quem apreciou a sessão, conheceu a pessoa de FREI TITO, religioso sonhador, mártir, vítima da tortura e da opressão da ditadura.

No filme, sentimos o quanto a tortura é deletéria à saúde física e mental de uma pessoa. Frei Tito, depois de cruéis sessões de tortura e banimento de seu país e do seu povo, entrou em estado de depressão tamanha e ficou tão perturbado que acabou atentanto contra a sua própria vida, vindo a morrer na França.

Na apresentação do filme foi comentado, dentre várias outras coisas, que não se pode condenar a alguém que se suicida, pois a ciência hoje entende que o suicida não tem saúde mental e, portanto, não tem o discernimento completo do que faz. A nossa disposição natural é pela preservação da vida, fugir do perigo, suportar as mais diversas intempéries da vida, que o diga os sobreviventes do Haiti e ,mais recentemente, os turistas ilhados de Machu Pichu‎.

A própria Igreja que antes condenava os suicidas hoje tem um posicionamento diferente, face ao entendimento que os suicidas nada mais são do que filhos de Deus que sofrem de grave doença. Ouvi do nosso próprio Pe. Thiago que ele nunca deixou de rezar missa de sétimo dia para um suicida, por exemplo, porque o nosso Deus que é amor, jamais condenaria um filho seu acometido de grave doença. Sendo assim, não há como classificar um suicida de egoísta, pecador, mesquinho etc.,haja vista a sua incapacidade de se auto determinar.

Acho de uma ignorância cavalar, argumentos medievais e obscurantistas do tipo culto ao suicídio”, filmes que induzem pessoas e depois misturam demônios a vampiros, argumentos característicos de fundamentalistas que misturam tudo. Não conheço estes filmes atuais de vampiros que se apaixonam, mas acho tudo isso ficção de mau gosto, nada mais do que isso. Até porque, filmes de vampiros são apenas filmes que, por sinal, neste estilo, sugiro o Drácula de Bram Stoker que o assisti uma três vezes e nem por isso quis ou quero atacar pescoço de ninguém.

Pelo amor de Deus, a depressão é uma doença como uma outra qualquer que precisa de ajuda médica e que Deus em sua infinita misericórdia auxilia e cura. Tenho medo desta coisa piegas de acreditar que Igreja é divã para depressivos. A religião nos liga a Deus e nos ajuda a ter a clarividência de procurar médicos e especialistas para que o milagre ocorra. Quando vi a cirurgia de cataratas de mãe ser realizada em quinze minutos eu disse: "Obrigado Deus por este Milagre".

Não condeno suicidas, não acho que depressão é opção e acredito que religião e Deus são importantes para termos uma vida saudável em todos os sentidos. Sem dúvida que perder entes queridos é sofrível, independente deles serem suicidas ou não.