O Brasil assumiu a terceira posição no ranking mundial de vendas de computadores. Entre abril e junho deste ano, o Brasil vendeu 95 mil computadores a mais que o Japão, ultrapassando o país asiático. Foram vendidos no segundo trimestre 3,86 milhões de terminais, o que representou um aumento de 12,5% em comparação ao mesmo período de 2010. Deste total, 51,5% foram de notebooks e 48,5% de desktops. Os dados fazem parte do estudo Brazil Quarterly PC Tracker, realizado pela IDC Brasil. O Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Segundo o analista de mercado da IDC Brasil Martim Juacida, essa não foi a primeira vez que o Brasil ultrapassou o Japão nas vendas de computadores. A diferença é que desta vez a tendência é que o Brasil se mantenha neste posto. "Não foram apenas os problemas enfrentados pelo Japão, mas também o aumento da renda e da demanda dos consumidores, principalmente os domésticos, que garantiram essa posição ao Brasil", disse.
Juacida destacou que os consumidores brasileiros ainda passam pelo estágio de aquisição dos primeiros computadores, ao contrário de mercado mais desenvolvidos. "No Brasil, não é apenas a troca (de máquinas) que puxa as vendas, pois ainda temos muitas residência sem computadores", ressaltou.
Ele acrescentou que o crescimento econômico também favorece as vendas ao segmento corporativo. "As empresas têm aproveitado o cenário de estabilidade para renovar seus parques de PCs neste primeiro semestre do ano. A expectativa é a mesma para os seis últimos de 2011", disse.
No primeiro semestre, as vendas de PCs somaram 7,4 milhões de unidades, significando uma alta de 16% sobre o mesmo período do ano passado.
Entre abril e junho, as vendas de notebooks avançaram 26,7% frente ao mesmo período do ano passado e 10,5% frente ao primeiro trimestre. Já os desktops registraram aumentos de 0,5% e 5,6% no segundo trimestre em relação, respectivamente, ao mesmo período de 2010 e ante o primeiro.
"Com o dólar estável, os fabricantes têm conseguido manter seus preços em queda, gerando forte demanda, principalmente, no segmento doméstico", afirma Juacida. Do total das vendas no Brasil no segundo trimestre, 69,5% foram destinados ao segmento doméstico, 25,8% ao corporativo e 4,7% a governo e educação. Segundo o IDC, as vendas domésticas subiram 22,4% e as corporativas 8% no segundo trimestre em relação a igual período de 2010.
O recorde anterior de venda de computadores no Brasil foi registrado no primeiro trimestre deste ano, quando o País comercializou mais de 3,6 milhões de computadores, sedo 50,5% notebooks e 49,5% desktops.
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