Em 1967, Luiz Gonzaga levou Dominguinhos para gravar discos instrumentais de forró em seu selo Cantagalo, no qual ele estrearia como solista e trabalharia também como acompanhante. Como Luiz Gonzaga (que o projetou no show Volta para Curtir, em 1972), Dominguinhos deve a virada em sua carreira ao incentivo e parceria com os baianos já na fase pós-tropicalista (Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso) . O seu leque de parcerias inclui Fausto Nilo (Pedras que Cantam) a Chico Buarque (Tantas Palavras, Xote da Navegação). Com o também pernambucano Nando Cordel, ele fez a toada lenta De Volta pro Aconchego, um estouro na voz de Elba Ramalho, e o forró Isso Aqui Tá Bom Demais, gravado em dupla com Chico Buarque.
A bordo do instrumento que o consagrou, Dominguinhos consegue ser melodioso até o lamento de dor ou incendiar um forró apinhado de dançarinos. Seu fole descende do mestre de todos Luiz Gonzaga, mas ele também é um criador com autonomia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário