"Eleitor deve ouvir voz da consciência e da vergonha"
Um comentário:
Anônimo
disse...
Transcrevo artigo que achei muito lúcido e que nos serve para analisarmos o que se passa em Natal/RN e, assim sim, fazer a escolha com nossa consciência:
Confiram:
Na algaravia que foi o Primeiro Turno, com tantas candidaturas, algumas pitorescas e hilárias, na realidade desserviços à Democracia, certas nuances políticas podem ter passado despercebidas dos eleitores. Ocupado e sem tempo para fazer uma leitura depurada do processo político, o eleitor ainda foi mal informado por parte da mídia, colunistas, blogueiros e apresentadores de Tv. A maioria, favorável a uma candidatura e com um ódio de classe irracional. Próprio daqueles que ascenderam socialmente ou mudaram de ideologia e perderam a generosidade e a compostura.
A polarização desenhada desde os primeiros momentos da campanha, permitiu ver claramente o que representam as candidaturas de Micarla de Souza e Fátima Bezerra. De um lado, forças mais conservadoras e oligárquicas, algumas geradas e oriundas da Ditadura Militar. Reforçada pela malta de candidatos midiáticos e populistas e vereadores envolvidos em “nebulosas transações”.
Do outro, um conjunto de forças de passado democrático, alinhado com parte da antiga esquerda. Todos da base de apoio ao Governo Lula. Essa esquerda, repaginada, assumiu com ênfase a defesa das causas sociais e o desenvolvimento sustentável da cidade, a partir de propostas possíveis, sem a demagogia e os ilusionismos do marketing.
Ainda no primeiro turno, é possível enxergar que Natal enfrenta o risco de voltar ao passado e a práticas reprováveis como o populismo e o assistencialismo, que pensávamos estar em tardio declínio. É preciso também chamar atenção para os desdobramentos - já em 2010 - de uma eventual vitória de Micarla de Souza. Nesse caso sairiam fortalecidas as candidaturas de Agripino, Robinson, João Maia e Rosalba Rosado. Esse grupo contaria com o peso eleitoral de Mossoró, onde é certa a vitória de Fafá Rosado, apoiada por Agripino e Rosalba. A oligarquia Rosado, hoje restrita a Mossoró, ganhará a oportunidade de se estadualizar.
Embora muitos ponderem que não existem diferenças ideológicas e de métodos políticos substanciais entre as duas principais coligações em luta nesta eleição, há pelo menos uma nuance que merece ser lembrada: Historicamente, o grupo agripinista é mais conservador e sempre transitou entre o centro e à direita, enquanto o outro grupo tem atuação mais entre o centro e esquerda.
Outro aspecto que merece reflexão é o que se pode esperar, em linhas gerais, das gestões de Fátima e Micarla. Enquanto a primeira deixou claro que adotará uma linha realista, de continuidade da atual administração, da qual recebe apoio e sinaliza com avanços; a segunda promete, num voluntarismo assustador e que remete a Collor, atabalhoadas mudanças e reinventar a roda, silenciando sobre que ações pretende desenvolver ou se dará continuidade àqueles projetos da atual gestão aprovados pela população.
Caberá ao eleitor pesar esses prós e contras para tomar a melhor decisão. Por isso, a importância do Segundo Turno, quando tudo ficará mais calmo e claro. Sem a zoada do Primeiro Turno, o eleitor terá condições de saber com nitidez quem está melhor preparada, quem tem o melhor programa, quem significa o avanço e o retrocesso para a nossa cidade.
Um comentário:
Transcrevo artigo que achei muito lúcido e que nos serve para analisarmos o que se passa em Natal/RN e, assim sim, fazer a escolha com nossa consciência:
Confiram:
Na algaravia que foi o Primeiro Turno, com tantas candidaturas, algumas pitorescas e hilárias, na realidade desserviços à Democracia, certas nuances políticas podem ter passado despercebidas dos eleitores. Ocupado e sem tempo para fazer uma leitura depurada do processo político, o eleitor ainda foi mal informado por parte da mídia, colunistas, blogueiros e apresentadores de Tv. A maioria, favorável a uma candidatura e com um ódio de classe irracional. Próprio daqueles que ascenderam socialmente ou mudaram de ideologia e perderam a generosidade e a compostura.
A polarização desenhada desde os primeiros momentos da campanha, permitiu ver claramente o que representam as candidaturas de Micarla de Souza e Fátima Bezerra. De um lado, forças mais conservadoras e oligárquicas, algumas geradas e oriundas da Ditadura Militar. Reforçada pela malta de candidatos midiáticos e populistas e vereadores envolvidos em “nebulosas transações”.
Do outro, um conjunto de forças de passado democrático, alinhado com parte da antiga esquerda. Todos da base de apoio ao Governo Lula. Essa esquerda, repaginada, assumiu com ênfase a defesa das causas sociais e o desenvolvimento sustentável da cidade, a partir de propostas possíveis, sem a demagogia e os ilusionismos do marketing.
Ainda no primeiro turno, é possível enxergar que Natal enfrenta o risco de voltar ao passado e a práticas reprováveis como o populismo e o assistencialismo, que pensávamos estar em tardio declínio. É preciso também chamar atenção para os desdobramentos - já em 2010 - de uma eventual vitória de Micarla de Souza. Nesse caso sairiam fortalecidas as candidaturas de Agripino, Robinson, João Maia e Rosalba Rosado. Esse grupo contaria com o peso eleitoral de Mossoró, onde é certa a vitória de Fafá Rosado, apoiada por Agripino e Rosalba. A oligarquia Rosado, hoje restrita a Mossoró, ganhará a oportunidade de se estadualizar.
Embora muitos ponderem que não existem diferenças ideológicas e de métodos
políticos substanciais entre as duas principais coligações em luta nesta eleição, há pelo menos uma nuance que merece ser lembrada: Historicamente, o grupo agripinista é mais conservador e sempre transitou entre o centro e à direita, enquanto o outro grupo tem atuação mais entre o centro e esquerda.
Outro aspecto que merece reflexão é o que se pode esperar, em linhas gerais, das gestões de Fátima e Micarla. Enquanto a primeira deixou claro que adotará uma linha realista, de continuidade da atual administração, da qual recebe apoio e sinaliza com avanços; a segunda promete, num voluntarismo assustador e que remete a Collor, atabalhoadas mudanças e reinventar a roda, silenciando sobre que ações pretende desenvolver ou se dará continuidade àqueles projetos da atual gestão aprovados pela população.
Caberá ao eleitor pesar esses prós e contras para tomar a melhor decisão. Por isso, a importância do Segundo Turno, quando tudo ficará mais calmo e claro. Sem a zoada do Primeiro Turno, o eleitor terá condições de saber com nitidez quem está melhor preparada, quem tem o melhor programa, quem significa o avanço e o retrocesso para a nossa cidade.
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