terça-feira, 31 de março de 2009

EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 31/03/2009



Quem é Jesus?
Jo 8,21-30

Jesus disse outra vez:
- Eu vou embora, e vocês vão me procurar, porém morrerão sem o perdão dos seus pecados. Para onde eu vou vocês não podem ir.
Os líderes judeus disseram:
- Ele diz que nós não podemos ir para onde ele vai! Será que ele vai se matar?
Jesus continuou:
- Vocês são daqui debaixo, e eu sou lá de cima. Vocês são deste mundo, mas eu não sou deste mundo. Por isso eu disse que vocês vão morrer sem o perdão dos seus pecados. De fato, morrerão sem o perdão dos seus pecados se não crerem que "EU SOU QUEM SOU".
- Quem é você? - perguntaram a Jesus.
Ele respondeu:
- Desde o começo eu disse quem sou. Existem muitas coisas a respeito de vocês das quais eu preciso falar e as quais eu preciso julgar. Porém quem me enviou é verdadeiro, e eu digo ao mundo somente o que ele me disse.
Eles não entenderam que ele estava falando a respeito do Pai. Por isso Jesus disse:
- Quando vocês levantarem o Filho do Homem, saberão que "EU SOU QUEM SOU". E saberão também que não faço nada por minha conta, mas falo somente o que o meu Pai me ensinou. Quem me enviou está comigo e não me deixou sozinho, pois faço sempre o que lhe agrada.
Quando Jesus disse isso, muitos creram nele.

Comentário do Evangelho

O caminho de Jesus

Esta fala de Jesus se dá em Jerusalém, por ocasião da festa das Tendas. Os judeus acabavam de celebrar o dia da Reconciliação (Yon Kippur). Porém, contraditoriamente, procuravam matar Jesus. Jesus inverte a questão: são eles que morrerão em seus pecados, se não acreditarem nele. Por outro lado, Jesus não fala em sua própria morte, mas na sua exaltação (ser elevado). Ele sempre faz o que é do agrado do Pai e participa de sua vida eterna. Estas palavras suscitaram a fé de muitos. É este o caminho para que, seguindo Jesus, participemos também de sua vida eterna.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009


Sugestão de uma cantora famosa para a promoção de uma cultura de paz...


Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinham da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças.

Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.

Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente, esqueceu, morrendo tuberculosa.

Estes episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres?
Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba. Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens.

E, com isso, Barbies de facaria, provocaram em muitas outras mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de auto-estima. Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composto de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo. Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência.

As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência. É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz.

E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas. São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.

"Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é só bunda."


Rita Lee

segunda-feira, 30 de março de 2009

Feitos um para o outro

Presto meu tributo de padre católico ao comerciante judeu Girz Aronson,

dono da cadeia de lojas G. Aronson.


Não tive o prazer de conhecê-lo, mas ouço seus amigos falarem dele com o maior respeito. Respeito que aumentou quando do episódio de seu seqüestro em fins de setembro de 1998. Seu comportamento e o que ele disse mostram a estatura moral desse venerável ancião, cuja vida tem sido trabalhar e servir os amigos. Aos 82 anos, Girz Aronson, seqüestrado e ainda traumatizado pelo sofrimento, tinha algo a dizer e o disse aos jornalistas e ao povo brasileiro:

"Tive muito medo, mas o que me deu forças foi eu pensar o tempo todo na minha mulher".


Casar deve ser isso!

Ele sofria a brutalidade do seqüestro e o tempo todo, em vez de pensar em si, pensava nela, que estava sem ele, e no sofrimento que ela poderia estar passando ou poderia vir a passar.

Amor, quando é amor, raciocina desse jeito. Quando o casal é um para o outro, na dor dele ele pensa na dor dela. Torturado, ele ainda pensa na dor dela. E é nesse amor que ele sente forças para esperar. Para chegar aos 82 anos com esses sentimentos, deve ter havido muitos dias de ternura. Olho para os casais de outras religiões e louvo a Deus também por eles. Este amor deve ter sido alicerçado na fé. Felizes os casais que, na dor, pensam mais no outro do que em si mesmo.Quando o amor é verdadeiro, é exatamente isto que acontece.

Ele pensa: "Se alguém tem que sofrer, sofra eu, ela nunca!".

Ela pensa o mesmo: "Prefiro que seja eu do que ele".

E os filhos dizem: "Deus, poupe meus pais!"

E eles: "Senhor, poupe nossos filhos!".

Não há nada mais bonito do que uma família que ama a esse ponto. Não diga que elas não existem. Padres, pastores e médicos sabem que existem!


Pe. Zezinho, scj


Que Deus abençoe as futuras esposas.



EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 30/03/2009



Jesus perdoa
Jo 8,1-11

Depois todos foram para casa, mas Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada ele voltou ao pátio do Templo, e o povo se reuniu em volta dele. Jesus estava sentado, ensinando a todos. Aí alguns mestres da Lei e fariseus levaram a Jesus uma mulher que tinha sido apanhada em adultério e a obrigaram a ficar de pé no meio de todos. Eles disseram:
- Mestre, esta mulher foi apanhada no ato de adultério. De acordo com a Lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso?
Eles fizeram essa pergunta para conseguir uma prova contra Jesus, pois queriam acusá-lo. Mas ele se abaixou e começou a escrever no chão com o dedo. Como eles continuaram a fazer a mesma pergunta, Jesus endireitou o corpo e disse a eles:
- Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!
Depois abaixou-se outra vez e continuou a escrever no chão. Quando ouviram isso, todos foram embora, um por um, começando pelos mais velhos. Ficaram só Jesus e a mulher, e ela continuou ali, de pé. Então Jesus endireitou o corpo e disse:
- Mulher, onde estão eles? Não ficou ninguém para condenar você?
- Ninguém, senhor! - respondeu ela.
Jesus disse:
- Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais!

Comentário do Evangelho

Amor misericordioso de Jesus

Esta passagem do Evangelho é, consensualmente, um acréscimo tardio ao Evangelho de João. E exprime a prática do amor misericordioso de Jesus. Nela, uma mulher é acusada de adultério pelos escribas e fariseus. O adultério implica uma parceria. Assim, neste pecado talvez estivessem envolvidos alguns homens que a acusavam. Após a observação de Jesus, todos renunciam a apedrejá-la. No mal que atinge uma pessoa, pode-se considerar que há, de alguma maneira, responsabilidade de todos. Mais do que as censuras, é o amor misericordioso por alguém que toca o coração e move à conversão.

domingo, 29 de março de 2009

GRUPO LUZ DO MUNDO NO CNLB


Aconteceu em Natal/RN, desde o dia 27/03/09, sexta-feira, e se estendeu até domingo (29/03/09), a III Assembléia Regional do Conselho Nacional do Laicato do Brasil NORDESTE II.

O Grupo Luz do Mundo esteve presente neste importante encontro na pessoa de seu coordenador Geral Luiz Teixeira e Roberto Cunha, representante da Catequese. Foi um encontro muito rico, onde se ressaltou a importância do leigo para a Igreja e do seu compromisso de ser protagonista em sua missão de pregar o evangelho.

Não vai faltar oportunidade de se falar ainda mais neste espaço sobre o Conselho Nacional do Laicato, bem como do Conselho Diocesano dos Leigos, recém criado, o qual Luiz Teixeira e Roberto Cunha também são integrantes.

Quer saber um pouco mais sobre o CNLB? Clique aqui.


CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

Desde o primeiro momento de nosso planejamento para esta quaresma, um sentimento sempre foi muito presente e tocou o nosso coração. Em uma CF que aborda como tema a Segurança Pública e a consequente violência que assola as nossas famílias e comunidade, não poderíamos deixar de falar sobre as DROGAS.

Graças a Deus e a nossa perseverança e fé, tudo deu certo e conseguimos trazer para nossa comunidade o Professor João Maria Mendonça de Moura, Presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes (CONEN) para falar sobre o tema DROGAS E SUA PREVENÇÃO, que fora realizado no último sábado (21/03/09). Foi uma noite muito feliz com a participação de mais de oitenta pessoas da comunidade que nos prestigiaram e sairam um pouco mais conscientes da problemática das drogas. Aprenderam também que a solução deste "câncer" só será possível com prevenção e conscientização das famílias.

Parabéns ao Grupo Luz do Mundo !!

Professor João Maria Mendonça de Moura, Presidente do (CONEN)


Equipe de Ação Social

sábado, 28 de março de 2009

EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 28/03/2009



Messias ou Profeta? O povo se divide
Jo 7,40-53

Muitas pessoas que ouviram essas palavras afirmavam:
- De fato, este homem é o Profeta!
Outros diziam:
- Ele é o Messias!
E ainda outras pessoas perguntavam:
- Mas será que o Messias virá da Galiléia? As Escrituras Sagradas dizem que o Messias será descendente de Davi e vai nascer em Belém, onde Davi morou.
Então o povo se dividiu por causa dele. Alguns queriam prender Jesus, mas ninguém fez isso.
Os líderes judeus não crêem
Os guardas voltaram para o lugar onde estavam os chefes dos sacerdotes e os fariseus, e eles perguntaram:
- Por que vocês não trouxeram aquele homem?
Eles responderam:
- Nunca ninguém falou como ele!
Então os fariseus disseram aos guardas:
- Será que vocês também foram enganados? Por acaso alguma autoridade ou algum fariseu creu nele? Essa gente que não conhece a Lei está amaldiçoada por Deus.
Mas Nicodemos, que era um deles e que certa ocasião havia falado com Jesus, disse:
- De acordo com a nossa Lei não podemos condenar um homem sem ouvi-lo primeiro e descobrir o que ele fez.
- Por acaso você também é da Galiléia? - perguntaram eles. - Estude as Escrituras Sagradas e verá que da Galiléia nunca surgiu nenhum profeta.
Messias ou Profeta? O povo se divide
Muitas pessoas que ouviram essas palavras afirmavam:
- De fato, este homem é o Profeta!
Outros diziam:
- Ele é o Messias!
E ainda outras pessoas perguntavam:
- Mas será que o Messias virá da Galiléia? As Escrituras Sagradas dizem que o Messias será descendente de Davi e vai nascer em Belém, onde Davi morou.
Então o povo se dividiu por causa dele. Alguns queriam prender Jesus, mas ninguém fez isso.
Os líderes judeus não crêem
Os guardas voltaram para o lugar onde estavam os chefes dos sacerdotes e os fariseus, e eles perguntaram:
- Por que vocês não trouxeram aquele homem?
Eles responderam:
- Nunca ninguém falou como ele!
Então os fariseus disseram aos guardas:
- Será que vocês também foram enganados? Por acaso alguma autoridade ou algum fariseu creu nele? Essa gente que não conhece a Lei está amaldiçoada por Deus.
Mas Nicodemos, que era um deles e que certa ocasião havia falado com Jesus, disse:
- De acordo com a nossa Lei não podemos condenar um homem sem ouvi-lo primeiro e descobrir o que ele fez.
- Por acaso você também é da Galiléia? - perguntaram eles. - Estude as Escrituras Sagradas e verá que da Galiléia nunca surgiu nenhum profeta.

LEITURA ORANTE

Preparo-me para a Leitura Orante rezando:
Vem Santo Espírito, amor do Pai e do Filho.
Toca a minha mente, a minha vontade, o meu coração.
Abre-me à coragem da verdade.
Dá-me a força para deixar-me tocar
e renovar profundamente por Jesus, Palavra do Pai. Amém.

O Pecado da gula

Imagem de Destaque
A virtude oposta à gula é a temperança


Gula é comer além do necessário para se alimentar. Para alguns, o prazer de comer passou a ser um fim em si mesmo; esse é o erro. E se frustram quando a refeição não é “suculenta e variada”.

Escrevendo aos filipenses, São Paulo se refere àqueles cujo “deus é o ventre” (cf. Fil. 3,19), isto é, o alimento. Se a Igreja nos aponta a gula como um vício capital é porque ela gera outros males: preguiça, comodismo, paixões, doenças, etc... Podemos comer e beber com moderação e gosto, mas não podemos fazer da comida um meio só de prazer; isso desvirtua a alimentação.

Um corpo “pesado” debilita o espírito. Santo Agostinho dizia que temia não a impureza da comida, mas a do apetite. Ele escreve uma página sábia sobre isso: “Vós me ensinastes a ingerir os alimentos como se tratasse de remédios”. Santa Catarina de Sena dizia que o “estômago cheio prejudica a mente”. E Santo Ambrósio afirmava que: “Aquele que submete o seu próprio corpo e governa sua alma, sem se deixar submergir pelas paixões, é seu próprio senhor: pode ser chamado rei, porque é capaz de reger a sua própria pessoa”. E o líder pacifista indiano Gandhi afirmava que “a verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é impossível sem o rigoroso controle da gula. Todos os demais sentidos estarão, automaticamente, sujeitos ao controle quando a gula estiver sob controle”.

A virtude oposta à gula é a temperança: evitar todos os excessos no comer e no beber. Para destruir as raízes da gula é preciso submeter o corpo à mortificação. E esta haverá de ser sob a ação do Espírito Santo, nosso Santificador. São Paulo ensinou aos Gálatas e aos Romanos que somente o Espírito pode destruir em nós as paixões. “Conduzi-vos pelo Espírito Santo e não satisfareis o desejo da carne” (Gál. 5,16). “Se viverdes segundo a carne, morrereis, mas, se pelo Espírito fizerdes morrer as obras do corpo, vivereis” (Rom. 8,12). A ação poderosa do Espírito Santo, aliada à nossa vontade, vem em auxílio da nossa fraqueza e nos dá a graça de superar os vícios.

Como remédio contra a gula a Igreja propõe também o jejum; não como um valor em si mesmo, mas como um instrumento para dominar a paixão. Mas Santa Catarina de Sena ensina que “a mortificação deve ser feita de acordo com a necessidade e na exata medida das forças pessoais.” Visto que não se pode impor a todos a mesma mortificação como uma norma rígida, já que nem todos são iguais.

Não é possível querer levar uma vida pura sem sacrifício. O corpo foi nos dado para servir e não para gozar; o prazer egoísta passa e deixa gosto de morte; o sacrifício gera a vida. Não foi à toa que Cristo jejuou quarenta dias, no deserto da Judéia, antes de enfrentar as ciladas terríveis do Tentador, que queria afastá-Lo do caminho traçado por Deus para Ele seguir a fim de salvar a humanidade.


Felipe Aquino

sexta-feira, 27 de março de 2009

EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 27/03/2009



Queriam prender Jesus
Jo 7,1-2.10.25-30

Depois disso, Jesus começou a andar pela Galiléia; ele não queria andar pela Judéia, pois os líderes judeus dali estavam querendo matá-lo. Aconteceu que a festa dos judeus chamada Festa das Barracas estava perto. Depois que os seus irmãos foram à festa, Jesus também foi, mas fez isso em segredo e não publicamente. Algumas pessoas que moravam em Jerusalém perguntavam:
- Não é este o homem que estão querendo matar? Vejam! Ele está falando em público, e ninguém diz nada contra ele! Será que as autoridades sabem mesmo que ele é o Messias? No entanto, quando o Messias vier, ninguém saberá de onde ele é; e nós sabemos de onde este homem vem.
Quando estava ensinando no pátio do Templo, Jesus disse bem alto:
- Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não o conhecem. Mas eu o conheço porque venho dele e fui mandado por ele.
Então quiseram prender Jesus, mas ninguém fez isso porque a sua hora ainda não tinha chegado.


LEITURA ORANTE
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:

Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.

Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tende piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
De início, leio o Evangelho do dia em Jo 7,1-2.10.25-30.
Procuro compreendê-lo melhor. Jesus está no Templo e é a primeira vez que, segundo João, ele ensina. É um ensinamento novo, diferente. E pergunta se o conhecem mesmo. Se sabem de onde ele é.. Jesus lhes fala daquele que o enviou. A Boa-Notícia de Jesus causava impacto no povo pois comunicava "um novo ensinamento! Dado com autoridade! "Ele ensina como quem tem autoridade e não como os escribas e dos fariseus" (Mc 1,22). Qual a diferença? Os escribas, quando ensinavam, diziam as sentenças das autoridades da época. Jesus nunca citava doutores, mas ensinava com autoridade, ou seja, sua palavra vinha do coração para o coração do povo. Contra esta postura de Jesus, irritadas, as autoridades querem prendê-lo.

2. Meditação(Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Acolho o ensinamento novo de Jesus ou prefiro permanecer nos meus tradicionais conceitos? Posso admitir que pouco me interesso por conhecer melhor Jesus e aceitar a sua proposta? Ou prefiro deixar como está? Faço um exame de consciência..

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Senhor, ilumina-me com a tua Palavra e mostra-me o Caminho a seguir.
Fortalece-me a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo,
para viver como discípulo missionário a dinâmica do Reino de Deus.
Senhor Jesus, dá-me o mesmo vigor que inflamou o Apóstolo Paulo, e impulsiona-me, através de novos métodos, a sair de mim mesmo ao encontro dos irmãos.

4. Contemplação(Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Quero hoje viver com o olhar de Jesus e descobrir, a cada instante, a sua proposta nova para cada situação.

IMAGEM É TUDO

Capela de São Marcos

Centro pastoral São Marcos

fotos: Gercino jr

quinta-feira, 26 de março de 2009

EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 26/03/2009



Jesus fala com a autoridade do Pai
Jo 5,31-47

- Se eu dou testemunho a favor de mim mesmo, então o que digo não tem valor. Mas existe outro que testemunha a meu favor, e eu sei que o que ele diz a respeito de mim é verdade. Vocês mandaram fazer perguntas a João, e o testemunho que ele deu é verdadeiro. Eu não preciso que ninguém dê testemunho a meu favor, mas digo essas coisas para que vocês sejam salvos.
- João era como uma lamparina que estava acesa e brilhava, e por algum tempo vocês se alegraram com a luz dele. Mas eu tenho um testemunho a meu favor ainda mais forte do que o que João deu: são as coisas que eu faço, as quais o meu Pai me mandou fazer. Elas dão testemunho a favor de mim e provam que o Pai me enviou. Também o Pai, que me enviou, testemunha a meu favor. Vocês nunca ouviram a voz dele, nem viram o seu rosto. As palavras dele não estão no coração de vocês porque vocês não crêem naquele que ele enviou. Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor. Mas vocês não querem vir para mim a fim de ter vida.
- Eu não procuro ser elogiado pelas pessoas. Quanto a vocês, eu os conheço e sei que não amam a Deus com sinceridade. Eu vim com a autoridade do meu Pai, e vocês não me recebem. Quando alguém vem com a sua própria autoridade, esse vocês recebem. Como é que vocês podem crer, se aceitam ser elogiados pelos outros e não tentam conseguir os elogios que somente o único Deus pode dar? Não pensem que sou eu que vou acusá-los diante do Pai; quem vai acusá-los é Moisés, que é aquele em quem vocês confiam. Se vocês acreditassem em Moisés, acreditariam também em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas, se vocês não acreditam no que ele escreveu, como vão acreditar no que eu digo?


LEITURA ORANTE


Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Espírito santificador, a ti consagro a minha vontade:
Ajuda-me a dizer sim ao Projeto de Deus para a minha vida.

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio com atenção o Evangelho de hoje: Jo 5,31-47.
Neste texto que li predomina a palavra testemunho. São três testemunhas:
1ª João Batista deu testemunho da verdade.
2ª O Pai dá testemunho de Jesus.
3ª As Sagradas Escrituras que dão testemunho de Jesus.
Essas três testemunhas a favor de Jesus foram recusadas pelas autoridades religiosas que utilizavam a religião e a Bíblia para manter seus privilégios e prestígio.

2. Meditação(Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Como me coloco diante destas testemunhas? Acolho-as ou rejeito porque são exigentes suas propostas e prefiro os privilégios, a vida mais fácil, menos austera? Faço meu exame de consciência.

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Faço agora minha oração com toda a Igreja do Brasil que vive a Campanha da Fraternidade:

Oração da CF 2009
Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus,
que nos abrigais à sombra de vossas asas,
defendeis e protegeis a todos nós, vossa família,
como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos
Nesse tempo em que nos chamais à conversão,
à esmola, ao jejum, à oração e à penitência,
pedimos perdão pela violência e pelo ódio
que geram medo e insegurança.
Senhor, que a vossa graça venha até nós
e transforme nosso coração.
Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo,
para que a Campanha da Fraternidade
seja um forte instrumento de conversão.
Sejam criadas as condições necessárias
para que todos vivamos em segurança,
na paz e na justiça que desejais. Amém

4. Contemplação(Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Quero olhar o mundo, as pessoas, a vida com o olhar de Jesus, o coração de Jesus, seus gestos e palavras.

VISITA

Visita realizada dia 22/03/2009 na Casa de Idosos Jesus Misericordioso, em Nova Natal, pelo Ministério de Visitas


Kleiba admirando o tocador (rsrs) e cantor...



Aniversariante do dia

Hora do lanche


quarta-feira, 25 de março de 2009

Sempre vejo anunciados cursos de oratória...

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar.

Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma". Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma". Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.

Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem.

Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades. Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado". Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou". Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia e que de tão linda nos faz chorar.

Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.


Rubem Alves

EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 25/03/2009



Anunciação do Senhor

Lc 1,26-38

Quando Isabel estava no sexto mês de gravidez, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. O anjo levava uma mensagem para uma virgem que tinha casamento contratado com um homem chamado José, descendente do rei Davi. Ela se chamava Maria. O anjo veio e disse:
- Que a paz esteja com você, Maria! Você é muito abençoada. O Senhor está com você.
Porém Maria, quando ouviu o que o anjo disse, ficou sem saber o que pensar. E, admirada, ficou pensando no que ele queria dizer. Então o anjo continuou:
- Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará.
Então Maria disse para o anjo:
- Isso não é possível, pois eu sou virgem!
O anjo respondeu:
- O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez. Porque para Deus nada é impossível.
Maria respondeu:
- Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer!
E o anjo foi embora.


Comentário do Evangelho

O projeto de Deus é simples


Esta narrativa de Lucas, com a anunciação do anjo e a concepção do Filho de Deus no ventre de Maria, a partir do seu "Faça-se em mim segundo a tua palavra", realça o realismo da encarnação em plena corporeidade. Deus, ao fazer-se humano, torna-nos divinos. O acontecimento se dá em uma casa simples da desconhecida cidade de Nazaré, na periférica Galiléia. A protagonista é uma jovem e pobre adolescente. Estes são os grandes sinais de que o projeto de Deus é fazer-se presente no mundo de maneira simples e humilde, em comunicação e comunhão com os pequenos e marginalizados. São descartadas quaisquer aspirações de ostentação, grandeza e poder.


GRUPO LUZ DO MUNDO NA MÍDIA

Nunca o nosso trabalho foi tão reconhecido e repercutido na imprensa falada, escrita e na internet. Graças a Deus, a nossa rede de amigos cada vez mais aumenta e isto explica os espaços concedidos.

No entanto, este reconhecimento só é e está sendo possível, porque nesta quaresma nos dedicamos ao trabalho, ao chamado da Igreja e nos doamos. Obrigado Senhor Jesus por temos fé e saúde.

Jornal SEMEANDO da paróquia

Grupo Luz do Mundo inicia ações da CF 2009

Após divulgar o tema em todas as capelas da Paróquia de Santa Maria Mãe, Zona Norte da capital, o grupo realiza uma palestra para abrir oficialmente a programação da Campanha da Fraternidade 2009

O Grupo católico Luz do Mundo realiza no próximo sábado (07), a abertura oficial das ações da Campanha da Fraternidade 2009, com uma palestra coordenada pelo Diácono João Emanuel. O evento acontece a partir das 19h, no Centro Pastoral, ao lado da Igreja de São Marcos, no Conjunto Panatis II, Zona Norte de Natal e é aberto ao público.

Além da palestra inaugural, o grupo ainda preparou uma diversificada programação, que vai desde encontros de reflexão a exibições de filmes e visitas às casas, no intuito de chamar a atenção da população.

Este ano a Campanha da Fraternidade discute a violência e tem como tema "FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA - A paz é fruto da justiça" (Is 32, 17).

(Publicação no site RN NOTÍCIAS e apresentação no YOUTUBE com mais de cem vizualizações)


Jovens atuam no Panatis II

O Grupo de Jovens Luz do Mundo, da Capela de São Marcos, no Panatis II, em Natal, vem desenvolvendo atividades, no período da Quaresma. Neste domingo, 22, os jovens realizam visitas às famílias. No dia 28, promovem sessão de cinema, no Quilômetro 08 e, no dia 29, realizarão um gesto concreto, de acordo com a Campanha da Fraternidade. O grupo já havia realizado outras atividades nos primeiros finais de semana do mês de março.

(publicação no jornal A ORDEM da Arquidiocese de Natal/RN)



Luiz Teixeira e Roberto Cunha
Entrevista concedida ao programa do Diácono Aroldo na Rádio Rural de Natal sobre os nossos trabalhos nesta Quaresma.


terça-feira, 24 de março de 2009

PLANEJAMENTO DA EQUIPE DE EVENTOS


Neste último final de semana a equipe de eventos esteve reunida em uma casa de praia na Redinha Nova, para realizar o planejamento das atividades de eventos do GLM 2009.1. No encontro foram discutidos assuntos sobre cesta da páscoa, passeio cultural, festa junina e retiro do grupo. O momento também serviu para realizar dinâmicas e reflexões para todos os integrantes da equipe.
( Confira as fotos no link de eventos )

EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 24/03/2009



A cura de um paralítico
Jo 5,1-16

Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus foi até Jerusalém. Ali existe um tanque que tem cinco entradas e que fica perto do Portão das Ovelhas. Em hebraico esse tanque se chama "Betezata". Perto das entradas estavam deitados muitos doentes: cegos, aleijados e paralíticos. [Esperavam o movimento da água, porque de vez em quando um anjo do Senhor descia e agitava a água. O primeiro doente que entrava no tanque depois disso sarava de qualquer doença.] Entre eles havia um homem que era doente fazia trinta e oito anos. Jesus viu o homem deitado e, sabendo que fazia todo esse tempo que ele era doente, perguntou:
- Você quer ficar curado?
Ele respondeu:
- Senhor, eu não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim.
Então Jesus disse:
- Levante-se, pegue a sua cama e ande!
No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou a cama e começou a andar. Isso aconteceu no sábado. Por isso os líderes judeus disseram a ele:
- Hoje é sábado, e a nossa Lei não permite que você carregue a sua cama neste dia.
Ele respondeu:
- O homem que me curou me disse: "Pegue a sua cama e ande."
Eles perguntaram:
- Quem é o homem que mandou você fazer isso?
Mas ele não sabia quem tinha sido, pois Jesus havia ido embora por causa da multidão que estava ali.
Mais tarde Jesus encontrou o homem no pátio do Templo e disse a ele:
- Escute! Você agora está curado. Não peque mais, para que não aconteça com você uma coisa ainda pior.
O homem saiu dali e foi dizer aos líderes judeus que quem o havia curado tinha sido Jesus. Então eles começaram a perseguir Jesus porque ele havia feito essa cura no sábado.
Então Jesus disse a eles:
- O meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho.
E, porque ele disse isso, os líderes judeus ficaram ainda com mais vontade de matá-lo. Pois, além de não obedecer à lei do sábado, ele afirmava que Deus era o seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a Deus.

Comentário do Evangelho

Jesus é fonte de vida

Nestas últimas semanas da quaresma, a liturgia faz a leitura seqüencial do Evangelho de João. João narra cinco viagens de Jesus a Jerusalém, em ocasiões de festas do templo. Na leitura de hoje, temos a segunda viagem.
João faz um contraste entre esta festa religiosa e o grande número de doentes marginalizados reunidos em um setor rejeitado, a Porta das Ovelhas, por ser uma área de acesso de comerciantes estrangeiros. Jesus não está na festa, mas entre os marginalizados. Com a cura de um paralítico, Jesus revela ser a fonte do amor e da vida para todos, sem discriminações.Em contradição, os chefes religiosos promotores da festa religiosa perseguem-no por sua prática libertadora e amorosa.



CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

QUARESMA: REDESCOBRIR O ALTRUÍSMO


Não acontece apenas no Brasil. O mundo inteiro anda de portas fechadas, cadeados, fechaduras, alarmes, guardas, muros com cacos de vidro, cães ferozes no pátio para se defender dos ladrões, dos assaltantes e dos assassinos. Eles invadem, roubam e, às vezes, seqüestram e matam. Voltou o banditismo com o seu poder de amedrontar. Voltou a violência organizada com lucros de trilhões de dólares. Não nos esqueçamos da violência estatal e suas guerras cuidadosamente arquitetadas. Refloresce o egoísmo, agoniza o altruísmo!

Mas é bom que todos saibam que guerras estratégicas por petróleo e hegemonia, assaltos, seqüestros e roubos silenciosos não são as únicas formas de violência que assustam o povo. Há o preço exorbitante, a exploração, o desvio de verbas, os bilhões em contas secretas, a filha seduzida, o filho drogado, o ponto de pó na esquina, o estupro, a ameaça de morte para quem falar, os pais que espancam, a babá que maltrata...

A insegurança determina a vida de bilhões de pessoas, milhões delas no Brasil. Quem não tem o conceito de pessoa, coisifica-se e coisifica os outros. Os violentos ou corruptos não se sentem iguais, acham-se mais. Por isso não olham suas vitimas como pessoas. Viram alvo e presa. É a lei da selva. Sentem-se leões ou hienas. Quando podem, atacam.

A Campanha da Fraternidade com o seu tema, que suponho já seja de todos conhecido: Fraternidade e Segurança Pública e seu Lema: A paz é fruto da justiça, entra de cheio no conceito de pessoa, de justiça, direitos humanos, paz e convivência. Seria maravilhoso se alguns dos nossos deputados e senadores que se consideram cristãos passassem uma lei que tornasse obrigatório o ensino da paz e da convivência nas escolas: do primeiro ano do primário ao ultimo ano de faculdade.

Sugerimos a matéria Subsídios para a Convivência ou Educação para a Paz. Há tanto que ensinar, que os doze a quinze anos de escola mal bastariam para formar um cidadão, que amanhã vai servir no comércio, na escola, nas ruas, na indústria ou num parlamento. Terá se formado na escola do “nós, o povo” e aprendido qual o lugar do “eu em meu povo”.

A Igreja do Brasil esta propondo exatamente isso: que nos reeduquemos para os outros; que o nosso “eu” se encaixe e não esmague; que não crucifiquemos e, sim, que tiremos da cruz; que ninguém se ache mais do que o povo e que cada brasileiro tenha recebido em família, na escola, nas igrejas, na mídia e nos outdoors suficiente motivação para ser mais pessoa, mais respeitador das pessoas, menos individualista, e menos egoísta. Queremos ou não queremos um Brasil menos violento?


Pe. Zezinho, scj


sábado, 21 de março de 2009

EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 21/03/2009



Parábola do fariseu e do cobrador de impostos

Lc 18,9-14

Jesus também contou esta parábola para os que achavam que eram muito bons e desprezavam os outros:
- Dois homens foram ao Templo para orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos. O fariseu ficou de pé e orou sozinho, assim: "Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho."
- Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: "Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!"
E Jesus terminou, dizendo:
- Eu afirmo a vocês que foi este homem, e não o outro, que voltou para casa em paz com Deus. Porque quem se engrandece será humilhado, e quem se humilha será engrandecido.

Comentário do Evangelho

Humildade: atitude fundamental para a oração e para a vida

Jesus dirige sua parábola a "alguns que
confi avam na sua própria justiça e desprezavam
os outros". Pelo contexto, entre estes
estão os fariseus. A parábola, que é exclusiva
de Lucas, destaca a humildade como atitude
fundamental para a oração e para a vida.
Pródigo em gestos externos, o fariseu
agradece por estar cumprindo as observâncias
religiosas e legais. Proclama-se como
um "separado", ou seja, perfeito diante dos
demais que são pecadores, excluídos por seus
critérios religiosos. É uma atitude tipicamente
hipócrita. Falta o ato fundamental de amor
ao irmão. E não reconhece a fragilidade de
sua condição humana, que o identificaria
com aqueles que ele despreza. O publicano,
reconhecendo sua fragilidade, volta-se para
Deus buscando nele o apoio e o sentido de
sua vida.
A humildade é um ato de consciência
essencial para nossa solidariedade à comunidade
e à humanidade em geral.


CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009


Senhor Jesus Cristo, obrigado por nos dá saúde, paz e capacidade de juntos com os nossos amigos vivermos a utopia.

No sábado passado (14/03/2009) realizamos, como evento alusivo a CF, o cinema na comunidade, projeto que instituimos há mais de quatro anos. Desta feita projetamos o filme BATISMO DE SANGUE, obra baseada do livro de Frei Betto.

O filme nos transporta a um passado recente de nossa história e nos dá muitas lições como a valorização da democracia, a opção da mudança social através da paz e dá necessidade de termos corajem e fé para mudarmos o quadro de injustiça que nos assola.

Um dos personagens do filme é o FREI BETTO, o qual nos dá uma aula de como devemos viver a virtude da ESPERANÇA :

"A esperança é o caminhar na fé para o seu objeto. A fé nos dá a certeza de que Jesus venceu a morte; a esperança, o alento de que venceremos os sinais de morte: a injustiça, o opressão, o preconceito etc. Esse processo não é contínuo, pois somos prisioneiros da finitude, embora trazendo a Infinitude em nossos corações. Por isso, o caminhar é entrecortado de dúvidas e dores, conquistas e alegrias, mas sabe que, se trilha as sendas do amor, tem Deus como guia."




CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

Presença da Igreja na sociedade

A campanha da fraternidade deste ano, lançada pela Igreja, e acolhida com muito interesse pela Sociedade, mostra com evidência como é possível um convívio tranqüilo, e um relacionamento positivo, entre estas duas instâncias da realidade, a Igreja e a Sociedade.


Mas a questão é muito mais complexa. Fatos cotidianos, com sempre maior freqüência, mostram o outro lado da medalha, apontando para diferenças e tensões no relacionamento entre Igreja e Sociedade.


Não é possível, em breves linhas, esgotar este assunto, que levanta muitos enfoques que mereceriam ser considerados. A intenção é fazer breves acenos, convidando a refletir sobre um tema que desafia nossa atenção e provoca nossa capacidade de análise.


Em primeiro lugar, uma clara constatação se impõe. Por suas instituições, a Igreja marca uma presença densa e consistente na sociedade. Ela é um sujeito social, multifacetado, e exercendo uma larga influência na sociedade. Basta conferir a diversidade de expressões sociais que a Igreja incorpora. Seja na forma que assume sua personalidade jurídica, identificando-se como Dioceses, Paróquias e Comunidades. Seja em entidades derivadas de sua atividade, em forma de escolas, hospitais, e uma infinidade de outras iniciativas de caráter social.


Colocando estas realidades numa dimensão história, aqui no Brasil mais ainda a Igreja adquiriu direito de cidadania, pois de muitas maneiras ela colaborou para definir a própria identidade nacional. Muitas fronteiras, concretamente, foram desenhadas pela presença da Igreja, que precedeu a própria chegada do Estado brasileiro.


Enganam-se, portanto, os que pretendem reduzir a Igreja a uma instância meramente subjetiva, sem consistência social, como alguns pensam, em decorrência de sua visão da religião como se ela fosse uma realidade desprovida de racionalidade, sem legitimidade para nuclear pessoas, e sem direito de atuação social.


Assim pensavam os positivistas, que julgavam a religião como sintoma de atraso cultural. Ao contrário, o mundo hoje está assistindo a um refluxo da dimensão religiosa, que está incomodando os seguidores retardatários de Augusto Comte.


Na convivência entre Igreja e Sociedade, uma das tarefas que a Igreja se propõe é testemunhar valores que gozam de uma consistência ética indiscutível, deixando-a bem à vontade para propô-los a toda a sociedade. Como por exemplo a inviolabilidade da vida humana, a dignidade de todas as pessoas, os direitos humanos, a justiça para todos como base para a convivência pacífica. E assim por diante. A Igreja faz destes valores bandeiras que justificam sua presença e sua atuação na sociedade.


Na medida em que se deduz destes valores outros postulados, nem sempre evidentes, ou carentes de aceitação unânime na sociedade, a Igreja se defronta com resistências, diante das quais ela precisa ter uma postura de maturidade e de respeito pela diversidade de opiniões existentes na sociedade.


Inclusive para não perder sua capacidade de diálogo com a sociedade, a Igreja é chamada a ter coerência com seus princípios, e afirmá-los de acordo com o valor que eles possuem, e simultaneamente respeitar as opiniões divergentes na sociedade. Inclusive porque uma coisa é afirmar os princípios, outra é ver quanto eles podem ser aplicados nas condições concretas em que as pessoas vivem. Uma postura fundamentalista, que só afirma os princípios e não é capaz de perceber os condicionamentos da realidade que impedem de vivê-los plenamente, é prejudicial à Igreja, e pode comprometer sua credibilidade na sociedade.


O bom senso sugere à Igreja que seja coerente, e ao mesmo tempo se coloque como servidora da sociedade, facilitando assim que sua colaboração possa ser valorizada. E sugere à sociedade que seja autêntica na sua proposta de estruturação autônoma, mas que permaneça aberta à contribuição que a Igreja pode lhe dar.

Assim ganham, tanto a Igreja como a Sociedade. E talvez se superem os extremismos, que só acirram posições inconseqüentes.


Dom Luiz Demétrio Valentini


sexta-feira, 20 de março de 2009

EVANGELHO DO DIA

Ano B - Dia: 20/03/2009



O maior mandamento
Mc 12,28b-34

Um mestre da Lei que estava ali ouviu a discussão. Viu que Jesus tinha dado uma boa resposta e por isso perguntou:
- Qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei?
Jesus respondeu:
- É este: "Escute, povo de Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças." E o segundo mais importante é este: "Ame os outros como você ama a você mesmo." Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.
Então o mestre da Lei disse a Jesus:
- Muito bem, Mestre! O senhor disse a verdade. Ele é o único Deus, e não existe outro além dele. Devemos amar a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa mente e com todas as nossas forças e também devemos amar os outros como amamos a nós mesmos. Pois é melhor obedecer a estes dois mandamentos do que trazer animais para serem queimados no altar e oferecer outros sacrifícios a Deus.
Jesus viu que o mestre da Lei tinha respondido com sabedoria e disse:
- Você não está longe do Reino de Deus.
Depois disso ninguém tinha coragem de fazer mais perguntas a Jesus.

Comentário do Evangelho

Aderir ao amor de Deus é aderir ao amor solidário

Os escribas eram intelectuais, minuciosos
conhecedores dos textos da Lei. Este que
se aproxima de Jesus chega a chamá-lo de
"rabi", título que era dado a si próprio pelos
seus alunos. Ele chega a afirmar que o amor
a Deus e ao próximo supera todos os holocaustos
e sacrifícios. Este escriba, por seu
interesse, não está longe do Reino de Deus.
Pelos detalhes, esta narrativa assemelha-se
à cena do jovem rico (Mc 10,17-22), ao qual
apenas faltou dar tudo aos pobres e seguir
Jesus. Ao escriba faltava romper seus laços
com as doutrinas e observâncias legais. A
expressão de nossa adesão ao amor de Deus
não é o culto religioso (observância do sábado,
cumprimento de liturgias e observâncias em
geral), mas sim o amor concreto e solidário
ao próximo.

Amo meus amigos


Eu conheço um monte de gente por quem tenho muita amizade, muita estima e muito carinho. São pessoas que admiro por vários motivos, entre eles sinceridade, respeito, educação, inteligência, humildade. Enfim, qualidades e defeitos que todos os seres humanos têm. Não saberia viver se essas pessoas não existissem em minha ida. Nem sempre as tenho perto de mim, mas, sei que se eu precisar delas poderei contar sem medo algum.

A amizade é um sentimento que precisa ser cultivada sempre. Isso não significa que devemos ficar o tempo todo dizendo pro outro: Eu gosto de você. Mas significa que num dia qualquer você pode demonstrar algum afeto que deixe aquela pessoa feliz. Não é preciso dizer muita coisa se você não tem facilidade de expressar os seus sentimentos. Dê atenção, empreste seus ouvidos, concorde ou discorde de alguma coisa, vá a algum lugar quando for convidado ou convide a pessoa pra sair com você na intenção de conversar. Sei lá. Existem tantas maneiras de mostrar a sua amizade a alguém. Tudo depende da gente.

Outro dia uma amiga me disse que ama e fica muito feliz quando alguém passa em seu orkut e deixa um recadinho, mesmco que seja de apenas duas palavrinhas, tipo: te adoro. Então ela tem certeza que não foi esquecida. Por causa disso o seu dia se torna muito lindo.

Realmente é muito legal quando lembram de nós. No meu caso também fico de bem com o dia e agradeço pelo carinho. Quem não gosta de saber que em algum cantinho tem um pensamento voltado pra você?

De vez enquanto, eu envio mensagens de amizade para alguém que há tempos não me comunico. Às vezes recebo respostas e outras vezes, não. Mas não tem problemas. O meu objetivo não é ser retribuído. É, somente, fazer aquela pessoa lembrar que ela ainda mora em meu coração e que eu penso nela. Penso porque um dia ela passou em minha vida e não passou apenas por passar. Me fez sorrir, me fez feliz, me ajudou a expulsar a tristeza, me trouxe alegria e carinho. Foi alguém me ouviu, foi ouvida, conversou, chorou, não deixou as minhas lágrimas caírem e mesmo quando não conseguiu evitar que elas caíssem enxugou-as com palavras e com sua atenção.

Sou muito grato a muita gente que em algum momento atendeu aos meus pedidos de socorro. Pessoas que sentaram comigo e me emprestaram seu tempo, sua simpatia e sua sensibilidade.

Tantas vezes eu corri ao encontro de alguém que acreditei ser sincera e nunca me decepcionei. Graças a Deus ainda as tenho do meu lado mesmo morando em outros lugares e até em outros países. Por isso acredito em sentimentos. Por isso acredito também em sonhos e amo a liberdade.

E você, também tem alguém especial em sua vida? Claro que tem, né? Todos nós temos um anjinho que gosta da gente. Então, vamos fazermos o seguinte: vamos cuidar dessa pessoa com todo nosso carinho. Vamos procurar essa pessoa e dizer pra ela que gostamos imensamente dela. Vamos convidar ela pra ir ao cinema depois comer uma pizza, passear, conversar ou simplesmente vamos dar um telefonema pra ela e dizer: só liguei pra dizer que você é muito especial pra mim. Tive outra idéia. Essa é bem diferente. Vamos escrever um bilhetinho num papel bem simples com as seguintes palavras: “Estou vindo aqui através desse papel só pra dizer que você é uma das pessoas mais lindas que conheço. Nunca esqueci o quanto foi e é minha amiga. O seu lugarzinho continua guardado em meu coração. Gosto de você demais”.

Aí a gente envia pelo correio ao invés de enviar por e-mail. Acho vamos emocionar. O que você me diz?


Meu carinho a todos vocês.

João do amor