4.- Vem Espírito Santo e purifica o coração da Tua Igreja. Coloca verdade entre nós. Ensina-nos a reconhecer os nossos pecados e limitações. Recorda-nos que somos como todos: frágeis, medíocres e pecadores. Liberta-nos da nossa arrogância e falsa segurança. Faz que aprendamos a caminhar entre os homens com mais verdade e humildade.
Perguntas: Na realidade, somos humildes para reconhecer nossas fragilidades e nossos pecados? Atualmente, quais são nossos pecados e quais são nossas falhas mais fortes? Nos sentimos muito superiores aos demais, por exemplo, aos que não são progressistas ou aos que não conhecem nem valorizam a Teologia da Libertação? Desprezamos -quem sabe dissimuladamente- aos que seguem práticas da religiosidade popular? Reconhecemos com humildade a situação atual de nossas comunidades?
5.- Vem Espírito Santo. Ensina-nos a olhar de forma nova a vida, o mundo e, sobretudo, as pessoas. Que aprendamos a olhar como Jesus olhava aos que sofrem, aos que choram, aos que caem, aos que vivem sós e esquecidos. Se muda o nosso olhar, mudará também o coração e o rosto da Tua Igreja. Os discípulos de Jesus, irradiaremos melhor a Sua proximidade, a Sua compreensão e solidariedade para com os mais necessitados. Iremos parecer-nos mais ao nosso Mestre e Senhor.
Perguntas: Com que olhos vemos as pessoas de nossos bairros, em particular os que participam em gangues, bêbados? Com que olhos vemos as mães solteiras e aquelas que tiveram vários ‘companheiros’ e carregam uma fileira de filhos famintos e esfarrapados? Com que olhos vemos as mulheres que caíram na prostituição? Com que olhos vemos os que não veem sentido na religião, nem a vida?
6.- Vem Espírito Santo. Faz de nós uma Igreja de portas abertas, coração compassivo e esperança contagiosa. Que nada nem ninguém nos distraia ou desvie do projeto de Jesus: fazer um mundo mais justo e digno, mais amável e ditoso, abrindo caminhos ao reino de Deus.
Perguntas: Somos as CEBs essa Igreja aberta de coração compassivo que irradia esperança? Em nosso planejamentos e avaliações nos fechamos em nós mesmos? Ou está no centro a paixão de Jesus pelo reino de Deus, por um mundo mais justo, digno e solidário?
José A. Pagola (Eclesalia)
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