quinta-feira, 9 de outubro de 2008

CHARGES


CRISE AMERICANA



NOTÍCIAS DA ARQUIDIOCESE

Ordenação de dez sacerdotes

O Arcebispo, Dom Matias Patrício de Macêdo, ordenou dez novos padres, dia 07 de outubro de 2008, às 17 horas, na Catedral Metropolitana. Foram ordenados sacerdotes os diáconos: Francisco de Assis Silva, Francisco Calheiros, FSA, Iranildo Virgílio, Jailton Soares, José Daniel, FSA, Irineu Silva, Marcelo Cezarino, Magno Jales, FSA, Marcelo Coutinho e Rogério Barros.

No encerramento da celebração de ordenação, Dom Matias divulgou os lugares onde os novos sacerdotes, do clero da Arquidiocese, irão atuar. O Pe. Francisco Lima irá para a Diocese de Bonfim(BA), onde deverá permanecer, em missão, pois dois anos.

Os demais irão ocupar funções de vigários paroquiais: Pe. Iranildo Virgílio, em Pendências; Pe. Irineu Silva, em Santa Cruz; Pe. Jailton Soares, em Várzea, até o final deste ano e, a partir de janeiro, em Canguaretama; Pe.Rogério Barros, em João Câmara; Pe. Marcelo Cezarino, na Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, em Petrópolis - Natal, e o Pe. Marcelo Coutinho, na Paróquia de Santo Antônio de Pádua, no Parque dos Coqueiros - Natal. Os Filhos de Santana são designados para o trabalho, de acordo as necessidades da Congregação.


No site da Arquidiocese de Natal há fotos da celebração de ordenação, no endereço: www.arquidiocesedenatal.org.br.

Quem sou eu?

O nosso espaço "Quem sou eu?" está ficando muito fácil e nossos prêmios, caríssimos, estão causando uma verdadeira crise financeira em nosso caixa, segundo informações de nossa tesoureira, que está muito aflita com a subida do dólar e da queda da bolsa.

Em tempos de recessão, fomos orientados a parar com a promoção por falta de recursos financeiros, o que seria uma lástima. No entanto, o nosso corpo técnico está a trabalhar no sentido de tornar a nossa brincadeira mais difícil, de maneira que o GLM não pague os prêmios.


Sendo assim, as fotos aparecerão com recursos de fotoshop, manipuladas e meio alteradas para aumentar a dificuldade. Certo da compreensão dos leitores, convocamos a todos a continuarem participando. A foto abaixo já faz parte desta nova política.



PROSA E POESIA !


"A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra".
Paulo Freire


O OUTRO LADO

Como serão as coisas quando não estamos a olhar para elas? Esta pergunta, que cada dia me vem parecendo menos disparatada, fi-la eu muitas vezes em criança, mas só a fazia a mim próprio, não a pais nem professores porque adivinhava que eles sorririam da minha ingenuidade (ou da minha estupidez, segundo alguma opinião mais radical) e me dariam a única resposta que nunca me poderia convencer: “As coisas, quando não olhamos para elas, são iguais ao que parecem quando não estamos a olhar”. Sempre achei que as coisas, quando estavam sozinhas, eram outras coisas. Mais tarde, quando já havia entrado naquele período da adolescência que se caracteriza pela desdenhosa presunção com que julga a infância donde proveio, acreditei ter a resposta definitiva à inquietação metafísica que atormentara os meus tenros anos: pensei que se regulasse uma máquina fotográfica de modo a que ela disparasse automaticamente numa habitação em que não houvesse quaisquer presenças humanas, conseguiria apanhar as coisas desprevenidas, e desta maneira ficar a conhecer o aspecto real que têm. Esqueci-me de que as coisas são mais espertas do que parecem e não se deixam enganar com essa facilidade: elas sabem muito bem que no interior de cada máquina fotográfica há um olho humano escondido… Além disso, ainda que o aparelho, por astúcia, tivesse podido captar a imagem frontal de uma coisa, sempre o outro lado dela ficaria fora do alcance do sistema óptico, mecânico, químico ou digital do registo fotográfico. Aquele lado oculto para onde, no derradeiro instante, ironicamente, a coisa fotografada teria feito passar a sua face secreta, essa irmã gémea da escuridão. Quando numa habitação imersa em total obscuridade acendemos uma luz, a escuridão desaparece. Então não é raro perguntar-nos: “Para onde foi ela?” E a resposta só pode ser uma: “Não foi para nenhum lugar, a escuridão é simplesmente o outro lado da luz, a sua face secreta”. Foi pena que não mo tivessem dito antes, quando eu era criança. Hoje saberia tudo sobre a escuridão e a luz, sobre a luz e a escuridão.

José Saramago - prêmio nobel de literatura

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

ACREDITE SE QUISER !

Catedral vai usar cartão de crédito para pagar dízimo

A catedral de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, vai usar, a partir de segunda-feira, máquinas de cartões de crédito e de débito (com bandeiras Visa e Mastercard) para receber pagamentos de taxas de casamento, batizado e dízimos. Esses serviços só vão funcionar em horário comercial - não durante as celebrações de missa. "A missa tem um sentido eucarístico, não comercial. Isso é apenas um meio de facilitar para os fiéis que não usam dinheiro", diz o padre Francisco Jaber Zanardo Moussa.

O padre, que estuda Administração, fez uma "pesquisa de mercado" para verificar a necessidade de mudanças no atendimento aos fiéis, dai a adoção das máquinas de cartões. Também é uma forma de evitar furtos de dízimos, tradicionalmente depositados em uma caixa de ferro, com cadeado. "Os cartões são um meio mais seguro. A contribui ção do dízimo já cai na conta da igreja." A taxa administrativa mensal cobrada da catedral pelo uso das máquinas de cartões será de R$ 19, e não os R$ 89 cobrados de estabelecimentos comerciais.

Entre 4 mil e 4,5 mil fiéis frequentam a catedral nos finais de semana: cerca de 600 por missa. A igreja tem 800 contribuintes regulares, segundo Moussa. Ele não revela o valor arrecadado, mas a receita não cobre os gastos - rifas e festas são promovidas para reforçar o caixa. A taxa de casamento custa R$ 350 (com efeito civil) e R$ 210 (só no religioso). A de batizado sai por R$ 42.

Na missa das 19 horas deste domingo, o padre Moussa dará a sua benção a toda estrutura da nova secretaria da catedral, que custou R$ 52 mil. Haverá novos guichês de atendimento e um sistema de senha para que os fiéis não fiquem em fila. A antiga secretaria será transformada, em breve, em loja de artigos religiosos. Serão vendidos terços, velas, bíblias, imagens de santos e livros. Em fevereiro de 2009, o padre Moussa dará início a outro projeto: a construção de um novo prédio, um centro de catequese, estimado em R$ 1 milhão.

FONTE: Tribuna do Norte
http://www.tribunadonorte.com.br

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Brasil - Superar a desigualdade!


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD 2007) na última semana de setembro com dados que mostram a situação social brasileira, particularmente sobre a situação da desigualdade.

Segundo o órgão, os mais ricos ainda têm renda 30 vezes maior do que os mais pobres, sendo que o Índice de Gini para o Brasil, indicador mundial para o assunto, em 2007, era de 0,528.

Mostra também que os 10% da população ocupada com os mais baixos rendimentos detinham 1,1% do total dos rendimentos de trabalho, enquanto os 10% com os maiores rendimentos recebiam 43,2%.

Outro dado indica que a renda per capita mensal dos 10% mais pobres era de R$ 84; a dos 10% mais ricos de R$ 1.100 e a do 1% mais ricos de R$ 4.000.

Em outros termos, a concentração da renda per capita permanece elevada já que a fatia de renda dos 10% mais ricos representava cerca de 40% da renda total, ao mesmo tempo em que a fatia da metade mais pobre era de 15%; e que os 20% mais pobres tinham renda mensal de cerca de U$ 1,2 mil, enquanto a média de renda per capita no país era de U$ 8,4 mil.

Estudos feitos por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) informam que a desigualdade na distribuição de renda no Brasil está em queda permanente e constante, tendo recuado 7% nos últimos seis anos, uma das mais aceleradas do mundo. Segundo estes estudos, considerando que o Brasil não teve redução da desigualdade durante os 24 anos anteriores aos últimos seis, teria que prosseguir mais 18 anos no ritmo atual para chegar a níveis aceitáveis em comparação com a média mundial.

Todavia, segundo pesquisadores do assunto, a composição destes dados não inclui rendas obtidas de juros, aluguéis e lucros, medindo somente a renda resultante do trabalho. Segundo eles, a renda do trabalho representa cerca de 40% do PIB (ou seja, a maior parte da renda não entra no cálculo da desigualdade, justamente aquela apropriada pelos mais ricos). Isso leva os estudiosos a dizer que as quedas na desigualdade apontadas podem não ser reais, sendo que alguns até especulam sobre possíveis aumentos na desigualdade, dado o avanço que estas rendas não incluídas nos cálculos representam nos últimos anos.

Diante desses dados, pode-se considerar que o crescimento econômico é sim importante, assim como o aumento real do salário mínimo e os programas de transferência de renda, apontados pelos especialistas como fatores determinantes para a redução da desigualdade. À parte das discussões técnicas, que são bem-vindas, o que se pode notar é que o Brasil ainda continua sendo um dos países com os maiores índices de desigualdade do mundo.

Isto significa dizer que a justiça social é uma tarefa que está no centro da agenda nacional. E, se está no centro dos desafios do país, está também na agenda local, constituindo-se numa das principais tarefas também dos atuais e dos novos gestores públicos municipais.

Paulo César Carbonari

PROSA E POESIA


PASSA UMA BORBOLETA


Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.

(Fernando Pessoa)

HUMOR !


Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia...


> D - Delegado
> L - Ladrão



> D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer, sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!

> L - Não era para mim não. Era para vender.

> D - Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

> L - Mas eu vendia mais caro.

> D - Mais caro?

> L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.

> D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.

> L - Os ovos das minhas eu pintava.

> D - Que grande pilantra...

> Mas já havia um certo respeito no tom do delegado.

> D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...

> L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um
oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio.

> D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?

> L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada.

Depois perguntou:

> D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?

> L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.

> D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

> L - Às vezes. Sabe como é.

> D - Não sei não, excelência. Me explique.

> L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.

> D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

> L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

> D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...


Luis Fernando Veríssimo.