CONVIVÊNCIA
Durante uma era remota, quando parte do globo terrestre estava coberta por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiam ao frio intenso e morriam, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi, então, que uma grande manada de porcos-espinho, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a unir-se, a juntar-se, mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhados mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor vital. Questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se, por não suportarem por mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito suas picadas.
Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começarram a morrer congelados!
Os que não morreram voltaram a aproximar-se, pouco a pouco, com jeito, com preocupações. De tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para conviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim suportaram, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram!
Pe. Thiago Theisen
Foi, então, que uma grande manada de porcos-espinho, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a unir-se, a juntar-se, mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhados mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor vital. Questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se, por não suportarem por mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito suas picadas.
Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começarram a morrer congelados!
Os que não morreram voltaram a aproximar-se, pouco a pouco, com jeito, com preocupações. De tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para conviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim suportaram, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram!
Pe. Thiago Theisen
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