terça-feira, 12 de agosto de 2008

A esperança é como um embrião


        Em um desses dias da minha existência, deparei-me a conversar com uma pessoa amiga, a quem muito zelo, e muito estimo. Dentre as várias “coisas” que confabulamos, uma me deixou especialmente triste, e um tanto quanto decepcionado: ela decidiu desistir de um de seus objetivos (o qual não posso revelar aqui) “simplesmente” porque achava que o caminho seria muito difícil, e precisava de mais pessoas para caminhar, pois “três andorinhas não fazem verão” – e a partir deste dia as três andorinhas se tornaram duas – infelizmente.
        Diante do fato, me pus a imaginar se alguém com o mesmo pensamento do parágrafo anterior, que tivesse fome (FOME mesmo, e não apenas vontade de comer), encontrasse uma laranja em seu caminho... Provavelmente, a chuparia por completo, comeria o bagaço e a parte branca da casca, olharia as sementes, e as jogaria fora, “simplesmente” por não conceber que daquelas minúsculas partículas poderia nascer e crescer uma frondosa laranjeira,. Seria também impossível, para esse alguém, acreditar que a humanidade começou por apenas um homem e uma mulher, e, sendo assim, se sua mão tivesse o poder divino da criação, os seres humanos não existiriam. Mais difícil ainda perceber que esse texto começou com somente uma palavra, e se essa falta de percepção permanecesse, eu estaria mudo, e você, amigo leitor, não poderia dialogar com minhas idéias, mesmo sem minha presença física ao seu lado. Do mesmo modo, que uma cidade começa, geralmente, de uma viela. Que um rio imenso, como o “Velho Chico”, surja de uma “insignificante” nascente. E, ainda, que nós começamos a viver a partir de um microscópico embrião, fruto da junção de um espermatozóide e um óvulo, ambos apoucados em tamanho.
        É ... Como embrião ... !
        A esperança é como um embrião: deve ser alimentada, bem tratada, acariciada, para que cresça e desenvolva, até se tornar adulta e amadurecida, superando todos os obstáculos, todas as dificuldades, que, sem exceção, surgem. Pois, se fraquejar, definhará e morrerá; findando aí a possibilidade de atingir o seu auge, de tornar-se um agente de mudança, prosperidade, alegria – ou não.
        Não podemos deixar a esperança e a perseverança em segundo ou terceiro plano, fugindo às nossas responsabilidades, que, muitas vezes, são produtos de nossos objetivos, tolhendo-nos de alcançar o topo do monte.
        "Como podemos alcançá-lo se somos covardes?”. Não se pode ser covarde, apenas pode-se estar momentaneamente neste infeliz estado. Deus é nossa maior fonte de força, de energia, de amor... Nesses momentos de “covardia”, por assim dizer, ore buscando sintonizar o seu espírito ao Espírito de Deus, assim, “alimentando, bem tratando, acariciando” a sua esperança, base de nossa vida. Então verás que ao conseguir chegar a teu objetivo, terás um momento divino, aqui mesmo na terra.
       Ah! Utilize sua esperança e sua perseverança sempre para boas coisas, pois elas funcionam do mesmo jeito para as más (veja só os vingativos...).

PorAntonio Carlos Galvão Jr.
tonigalvao@yahoo.com.br
(22-09-2000)

 

Um comentário:

Simone Moreira disse...

Poxa Antônio, você está de parabéns pelo excelente artigo!!!!
Como suas palavras serviram de profunda reflexão neste exato minuto em que me encontro diante delas.
Que a esperança seja sempre constante em nossas vidas, pois ela é que nos anima, nos encoraja e nos faz crer no amanhã. Não fiquemos parados esperando que os sonhos passem por nós, sem que façamos algo de melhor para que eles aconteçam.
As lamentações não nos acrescentam em nada, que tenhamos coragem de abraçar todas as oportunidades de fazer o bem.

Um grande abraço!!!!!!